terça-feira, 4 de janeiro de 2011

CIGANOS COM CASAS NOVAS GRÁTIS

CIGANOS COM CASAS NOVAS GRÁTIS
Famalicão: Habitações antigas vão ser demolidas

Comunidade cigana com casas novas

A comunidade cigana de Famalicão foi ontem realojada em casas novas, após terem vivido mais de 30 anos em barracas. O sentimento geral é de alegria, mas os moradores ainda não esqueceram a demora na atribuição das habitações.
Por:Ana Sofia Coelho


O dia foi de expectativa na Urbanização das Bétulas, a nova morada de cerca de trinta famílias de etnia cigana. Antes, os 150 moradores faziam vida nas barracas, junto da estação de comboios da cidade, onde imperava a insalubridade.
"Estamos muito felizes. Na outra casa faltava-nos a casa de banho", contou ao CM Maria do Amparo Monteiro, 66 anos. A mulher viveu com os 12 filhos na antiga casa durante 30 anos e aponta as faltas de condições como ‘responsáveis' pelo estado de saúde debilitado do marido.
A filha do casal vai mais longe. "As casas já deviam ter sido dadas há muito tempo. Houve pessoas que faleceram por doença por estarem ali", acusa Luciana Dias.

Os novos inquilinos estiveram durante todo o dia em mudanças. A urbanização é composta por três blocos com 30 habitações (três T1, oito T2, treze T3 e seis T4), naquilo que foi um investimento municipal de 2,8 milhões de euros. As antigas casas vão ser demolidas para nascer ali um ‘transfer' rodoferroviário.

TIROTEIO CIGANOS E NEGROS

Segunda-feira, 3 de Janeiro de 2011

Estoril: Confrontos entre comunidade cigana e africana acabam com três feridos

Tiroteio em bairro

O Bairro Novo do Pinhal, antigo Fim do Mundo, no Estoril, Cascais, acordou ontem ao som de um forte tiroteio, que resultou em três pessoas feridas a tiro. Este episódio surge após dois dias de enorme tensão entre as comunidades cigana e africana que residem naquele local problemático.

Ontem, bastou uma moto mal estacionada para várias pessoas iniciarem um tiroteio: um jovem africano foi atingido junto à orelha, outro de raspão, enquanto um idoso cigano foi baleado na zona abdominal. Receberam todos alta ainda ontem.

Há dois dias, a viatura de um homem africano foi incendiada e, na mesma hora, ficou prometida a vingança. Ontem, pouco depois das 10h00, numa rua com um nome emblemático para a comunidade africana, Martin Luther King, foi feito o ajuste de contas. Um jovem tinha acabado de estacionar uma mota, quando um outro pediu para a desviar, de modo a que pudesse parar o carro. Um simples ‘não' levou a uma acesa troca de palavras entre os membros das duas comunidades, que rapidamente acorreram ao local em grande número, muitos deles crianças.

Das palavras facilmente se passou às agressões, até que se ouviram os primeiros tiros, o que lançou o pânico entre os presentes. Durante minutos viveu-se um ambiente tenso, que só terminou após a chegada de um forte contingente da PSP de Cascais. Quando a reportagem do Correio da Manhã chegou, encontravam-se cerca de 25 agentes no local, alguns de uma Equipa de Intervenção Rápida (12 homens fortemente armados), outros à paisana e alguns de patrulha.

Antes da chegada das autoridades, os suspeitos puseram-se em fuga, não tendo a PSP efectuado qualquer detenção. A polícia manteve-se no local durante algum tempo e os ânimos serenaram.

Fonte: CM


A JUSTIÇA E OS CIGANOS

Da Justiça...

"Há dois meses esfaqueou um homem na rua, em Lanheses, Viana do Castelo, a quem queria roubar dinheiro. O juiz soltou-o, com apresentações periódicas à polícia, mas não parou de assaltar. E anteontem à noite Paulo ‘Cigano’, como é conhecido na aldeia, de 41 anos que o Estado subsidia com o Rendimento Social de Inserção entrou em casa da vizinha Maria de Lurdes Ferreira, de 70 anos, no Lugar de Corredoura, para lhe roubar as poupanças. Acabou por violar e assassinar a mulher à paulada (mais aqui e aqui)".
Viana do Castelo: Homicida tinha sido libertado depois de outros assaltos

Rouba e mata vizinha à paulada
Há dois meses esfaqueou um homem na rua, em Lanheses, Viana do Castelo, a quem queria roubar dinheiro. O juiz soltou-o, com apresentações periódicas à polícia, mas não parou de assaltar.
Por:Fátima Vilaça


E anteontem à noite o homem de 41 anos que o Estado subsidia com o Rendimento Social de Inserção entrou em casa da vizinha Maria de Lurdes Ferreira, de 70 anos, no Lugar de Corredoura, para lhe roubar as poupanças. Acabou por assassinar a mulher à paulada na discussão.


Desta vez foi detido e aguarda julgamento na cadeia, mas a pacata comunidade está chocada e revoltada. "Este crime estava anunciado há muito. Ele não parava de fazer assaltos aqui na freguesia e já tinha vindo pelo menos duas ou três vezes a esta casa para roubar. Não se admite que um homem destes ande por aí à solta", disse ao CM um vizinho de Maria de Lurdes que pediu para não ser identificado por receio de represálias.

"Eles são muito vingativos e aqui ninguém faz nada por medo", referiu, exaltado, outro morador, insurgindo-se contra os actos praticados por vários membros de uma comunidade instalada na freguesia à qual o homicida pertence. O crime ocorreu anteontem à noite, entre as 22h00 e as 23h00, em Corredoura, Lanheses. Paulo ‘Cigano’, como é conhecido na aldeia, saiu alcoolizado do café e tomou a estrada em direcção ao acampamento. Durante o percurso, parou na casa de Maria de Lurdes e decidiu entrar para lhe roubar dinheiro. Mas a mulher terá resistido, e os dois envolveram-se num confronto. Paulo muniu-se de um pau e desferiu vários golpes na cabeça da mulher, até à morte.

Fugiu a pé sem levar nada, deixando a vítima no chão da casa, a esvair-se em sangue. A GNR deteve-o pouco depois, já no acampamento. Ontem, o juiz do Tribunal de Viana decretou a prisão preventiva. O cadáver de Maria de Lurdes é hoje autopsiado no IML de Viana co Castelo. O funeral da mulher é às 15h00 na Igreja de Lanheses.
QUEIXA NA GNR PODERÁ TER MOTIVADO CRIME

Os vizinhos acreditam que a mulher foi morta por ter apresentado queixa por roubo, na GNR, contra o homicida, há cerca de duas semanas. "Ele ameaçou-a de que se ia vingar por ela ter feito queixa dele, quando ele lhe roubou 60 euros", disse ao CM uma vizinha. A mesma mulher contou que na altura do roubo Maria de Lurdes ainda tentou fugir, mas Paulo agrediu-a. "Deu-lhe umas bofetadas e arranhou-a toda. Ainda andava com a cara negra", referiu a amiga.

Mas não foram estas as únicas vezes que Paulo roubou dinheiro a Maria de Lurdes. Há poucos meses, a mulher ficou sem 500 euros. "Ele entrou ali e obrigou-a a dar--lhe o dinheiro todo que ela tinha em casa. Foram 500 euros", adiantou a mesma mulher. Para se proteger, Lurdes mandou colocar grades em todas as janelas da casa.
"A CARA ESTAVA DESFIGURADA. METIA MEDO"
"Nunca se viu nada assim por aqui. Ela estava com a cara tão desfigurada que não se podia sequer olhar para ela. Metia medo", disse ao CM, ainda chocada, Olívia Rio, 74 anos, vizinha e amiga de Maria de Lurdes. A mulher não conseguiu parar de chorar desde que soube da morte trágica da amiga, que passou o Natal em sua casa, já que vivia sozinha. "Quando me contaram fiquei doente. Tive de vir logo para cá", referiu a mulher, inconformada com o crime. "Triste fim ela teve. Não bastava ter-lhe roubado dinheiro das outras vezes, ainda teve de a matar", rematou, com a voz embargada pelas lágrimas.
Viana do Castelo

Polícia deteve presumível violador e homicida de idosa
por Lusa30 Dezembro 2010

O presumível autor de violação e homicídio de uma idosa em Lanheses, Viana do Castelo, registado na noite de quarta-feira, já foi detido e deverá ser presente a tribunal esta quinta-feira, informou fonte da GNR.
Segundo a fonte, trata-se de um indivíduo residente naquela freguesia e já "fortemente indiciado" pelas autoridades policiais. O detido é o mesmo indivíduo que em Outubro esfaqueou um transeunte junto a uma caixa multibanco em Lanheses, adiantou. As autoridades policiais informaram entretanto que o suspeito tem 42 anos e antecedentes criminais por roubo e furtos.
A detenção resultou de uma acção conjunta do Núcleo de Investigação Criminal de Viana do Castelo, o Posto de Lanheses e a Policia Judiciária de Braga. Uma idosa foi na quarta feira à noite encontrada morta, em casa, em Lanheses, Viana do Castelo, informou fonte da Polícia Judiciária, que acrescentou que, segundo os primeiros indícios, tratar-se-á de um homicídio.

Há ainda suspeitas de violação e segundo as autoridades apresentava sinais de ter sido agredida na cabeça, tendo sido chamada uma equipa do INEM. Segundo outra fonte, a idosa, com cerca de 70 anos, vivia sozinha e já tinha sido assaltada diversas vezes, alegadamente sempre pelo mesmo indivíduo, que normalmente usava de violência.

CORRUPTOS E LADRÕES


Entrevista

"Corrupção tornou País mais pobre"

Maria José Morgado concorda com petição lançada pelo CM. “É preciso mais rigor no controlo da riqueza”, afirma.

Por:Tânia Laranjo

Correio da Manhã – Concorda com a petição lançada pelo ‘CM’?

Maria José Morgado – Concordo. Corresponde às recomendações da Convenção da ONU e, além disso, responde à exigência de maior rigor no controlo da riqueza dos titulares de cargos políticos e no controlo das contas públicas.

– A ausência da criminalização do enriquecimento ilícito prejudica o combate ao fenómeno?

– Ninguém pode dar respostas a isso. O que temos de definir é se queremos ter maior capacidade de ataque à corrupção, ou se queremos um combate mais fraco. Aí escolhemos ter institutos com menor força.

– Nesse caso será importante combater o enriquecimento.

– É muito importante o confisco dos bens ilegitimamente adquiridos, mas também criar mecanismos que facilitem a prova de aquisição por interposta pessoa, tendo em conta a camuflagem que é oferecida pela quantidade de off-shores que existem.

– A proliferação de off-shores acabou por ser o maior entrave no combate ao fenómeno?

– É um muro em que batemos se não soubermos obter a cooperação internacional. E é preciso ter atenção que muitas vezes os off-shores estão no nosso País. São meras caixas postais, em Lisboa ou arredores.

– A distinção entre corrupção para acto ilícito e para acto lícito na sua opinião faz sentido?

– Não se justifica, mas a questão volta a ser o que queremos de política criminal. Se queremos a política tradicional mantemos, se não teremos de alterar.

– Na sua opinião, a corrupção tem minado o País?

– A corrupção enfraqueceu-nos nos últimos 25 anos. Tornou o País mais pobre, aumentou os custos dos serviços públicos, enfraqueceu o Estado. Toda a criminalidade usa a corrupção. A fraude, o terrorismo, o crime organizado andam de mãos dadas com a corrupção.

– Ainda é possível mudar este estado de coisas?

– A justiça penal não faz tudo. Esta é uma guerra prolongada, se não desistirmos melhoramos.