segunda-feira, 25 de abril de 2011


Dívida

Portugal é o terceiro país com maior risco de bancarrota do mundo

Eudora Ribeiro
25/04/11 17:45




Os indicadores de risco da dívida de Portugal devem continuar a tendência de subida.



Investidores em dívida pública acreditam que é mais arriscado investir em obrigações nacionais do que em dívida do Líbano ou Cazaquistão.

Investir em dívida pública do Líbano ou do Cazaquistão parece um paraíso quando a alternativa é aplicar dinheiro em Portugal, que é hoje, à luz dos mercados, o terceiro país do mundo com maior risco de bancarrota.

Tal como Grécia e Irlanda, Portugal também pediu socorro externo. E, tal como acontece na Grécia e na Irlanda, a percepção de risco para com Portugal continua a agravar-se até níveis impróprios para consumo. Prova dessa degradação é que os ‘credit default swaps' (CDS) sobre dívida nacional a cinco anos - uma espécie de seguro contra o incumprimento do País -, subiram até aos 656 mil pontos base, um valor recorde. Só há dois países dos 57 com dados disponíveis com pior ‘score': a Grécia e a Venezuela. Daí que nações como o Líbano (356 pontos) e o Cazaquistão (143 pontos) pareçam hoje destinos sem risco em comparação com Portugal, segundo este critério.

E (quase) tudo por causa da eventual reestruturação da dívida grega, ou seja, da eventual confissão pública de que, mesmo auxiliada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e os parceiros europeu, Atenas será incapaz de pagar os seus compromissos a tempo e horas. Irlanda e Portugal poderão sofrer do mesmo mal que é recomendado por alguns peritos e descartado por quase todos os políticos. "O espectro de uma reestruturação está presente, por isso é que as ‘yields' estão nos níveis actuais. O que está a ser descontado no mercado é uma reestruturação da dívida da Grécia, Irlanda e de Portugal", sublinhou Luís Filipe Garcia, da IMF, ao Diário Económico.

De facto, nos últimos dias, as ‘yields' sobre obrigações do Tesouro português a 2, 3 e 5 anos superaram a barreira inimaginável dos 11% no mercado secundário. Isto apesar de Portugal ter conseguido colocar mil milhões de euros em títulos de curto prazo com forte procura no mercado primário, e apesar também de estar iminente o fecho das negociações sobre o resgate patrocinado por Bruxelas e FMI.

Contudo, os níveis dos juros da dívida de Portugal mantêm-se longe das 'yields' gregas, que já estão nos 23% no prazo a dois anos.

No futuro próximo não se esperam mudanças em termos de risco. "Até existir um acordo com a EU e o FMI, o mais provável é as coisas continuarem a piorar. Depois do acordo, o que a história nos diz, olhando para os casos da Grécia e da Irlanda, é que os indicadores de risco não têm descido". Por isso, conclui Filipe Garcia, "não se vislumbram melhorias nem a curto nem a médio prazo", mesmo depois do acordo com o FMI que, "quanto melhor for para Portugal, pior será para a dívida".

OTELO SARAIVA CARVALHO



informação
25Abr2011


Se soubesse como o País ia ficar, não fazia a revolução de Abril, diz Otelo
por Agência Lusa, Publicado em 13 de Abril de 2011

Otelo Saraiva de Carvalho

Otelo Saraiva de Carvalho ouve todos os dias populares dizerem-lhe que o que faz falta é uma nova revolução, mas, 37 anos depois, garante que, se soubesse como o país ia ficar, não teria realizado o 25 de abril.

Aos 75 anos, Otelo mantém a boa disposição e fala da revolução dos cravos como se esta tivesse acontecido há dois dias.

Recorda os propósitos, enumera nomes, sabe de cor as funções de cada um dos intervenientes, é rigoroso nas memórias, embora reconheça que ainda hoje vai sabendo de contributos de anónimos que revelam, tantas décadas depois, o papel que desempenharam no golpe que deitou por terra uma ditadura de 28 anos.

Essa permanente atualização tem justificado, entre outros propósitos, a sua obra literária, como o mais recente "O dia inicial", que conta a história do 25 de abril "hora a hora".

Apesar de estar associado ao movimento dos "capitães de abril" e aceitar o papel que a história lhe atribuiu nesta revolução, Otelo não esconde algum desânimo. Ele, que se assume como um "otimista por natureza".

"Sou um otimista por natureza, mas é muito difícil encarar o futuro com otimismo. O nosso país não tem recursos naturais e a única riqueza que tem é o seu povo", disse, em entrevista à Agência Lusa.

Otelo lamenta as "enormes diferenças de carácter salarial" que existem na sociedade portuguesa e vai desfiando nomes de personalidades públicas, cujo vencimento o indigna.

"Não posso aceitar essas diferenças. A mim, chocam-me. Então e os outros? Os que se levantam às 05:00 para ir trabalhar na fábrica e na lavoura e chegam ao fim do mês com uma miséria de ordenado?", questiona, sem esconder o desânimo.

Para este eterno capitão de abril, o que mais o desilude é "questões que considerava muito importantes no programa político do Movimento das Forças Armadas (MFA) não terem sido cumpridas".

Uma delas, que considera "crucial", era a criação de um sistema que elevasse rapidamente o nível social, económico e cultural de todo um povo que viveu 48 anos debaixo de uma ditadura".

"Este povo, que viveu 48 anos sob uma ditadura militar e fascista merecia mais do que dois milhões de portugueses a viverem em estado de pobreza", adiantou.

25 ABRIL

25.4.11

25 de Abril
Comemoração da Desgraça

Alguns interrogavam-se sobre o que foi sido feito do 25 de Abril. Hoje, a maioria ainda não conhece a resposta para além dos slogans que ficaram embutidos nas pobres mioleiras dum povo imensamente atrasado, mas os que se interrogam são agora a maioria.

As máfias políticas e as hostes de incompetentes e vigaristas que as apoiam apropriaram-se da Abrilada. Locupletaram-se com salários indecorosos e privilégios injuriosos, simultaneamente retirando ao povo as possíveis vantagens nunca alcançadas e afastando-o duma democracia de que sempre falaram (como acontece apenas nos países em que ela não existe). Convenceram os ignorantes que a democracia era este regabofe dominado por jornaleiros e politiqueiros em que a expressão é vedada ao povo, completamente afastado do poder por uma constituição vergonhosamente arquitectada com essa ronha.

Os slogans passaram um pouco à história e praticamente só um sobrevive, mas a intoxicação levada a cabo pela desinformação sistemática das bandas de jornaleiros que outra préstimo não têm que não seja o de manipularem as notícias, encená-las e contar apenas parte delas para enganar as pessoas e impedi-las de formar a sua própria opinião.

Os caixotes de lixo que são os noticiários são uma propaganda aos partidos, logros e notícias editadas para inserir ideias erradas. Duram frequentemente mais de uma hora! Caso único num país democrático. Metade desse tempo é o normal por toda a Europa. Em Portugal, este tempo extra é utilizado para apoiar as máfias políticas ou apresentar reportagens a ouvir turistas a elogiar a trampa nacional, coisa em que os doutrinados acreditam piamente.

Na véspera da Abrilada, a RTP apresentou uns quadros a que chamou comparativos do antes e do depois de 1974. Os outros canais de impostores também mencionaram comparações idênticas. Este o quadro foi apresentado com o mais baixo propósito de enganar as pessoas. Uma autêntica burla. As comparações eram todas subjectivas, sem excepção, donde, impossivelmente comparáveis.

Uma dessas comparações, os rascas vigaristas intitularam-na de Salário Mínimo. Trata-se duma dupla vigarice. Primeiro não havia salário mínimo em Portugal e nem todos os países o tinham nem têm. Nenhum salário, em qualquer país, em qualquer parte do mundo pode ser comparado de tal maneira crua. Além disso, na década de 1960, um salário de hoje €20 chegava perfeitamente para alimentação variada, renda, roupa, transportes, férias, tudo. Um general do exército ganhava Esc.: 11.000$00. Como comparar da forma que os falsários apresentaram? A clara intenção destes idiotas maliciosos só pode ser a de enganar e embrutecer quem lhes der ouvidos.

Outra comparação enganadora foi acerca do número de crianças mortas à nascença. As comparações foram todas falsas sobretudo por terem sido apresentadas for do contexto.

Portugal nunca foi um país rico, embora sempre se tivesse vivido muito melhor do que em Espanha até às conquistas, extermínios e genocídios (links ao fundo da página) completos dos castelhanos para roubarem outros povos, enriquecendo à custa da desgraça que espalharam pelo mundo que hoje ainda os odeia. Contudo, ao fim da Segunda Guerra Mundial, Portugal estava bem melhor do que a maioria dos países europeus a todos os níveis. Não era milagre, a guerra em que Portugal não entrou tinha-os destruído quase por completo. Foi a partir daí que a Suíça, por também não ter entrado, começou a desenvolver-se com o dinheiro que os nazis e os judeus deixaram nos seus bancos, deixando de ser o país onde poder comer um caldo à noite já era bem bom.

Desde então, todos os países progrediram, inclusivamente os da Cortina de Ferro, embora num grau bem inferior. Portugal também. Após 1974, quando o ritmo de crescimento dos outros países tinha atingido velocidade de cruzeiro, Portugal também continuou a progredir, mas sempre menos do que os outros, o que em simples aritmética se traduz em atraso. Por isso, quando os corruptos e os trafulhas nos falam em grande avanço, mentem descaradamente. Só um lerdo pode acreditar que nos últimos dez anos Portugal se atrasou os efectivos 30 (segundo o Eurostat de há já mais de 2 anos) desde a Abrilada. Tudo arquitectado para sustentar parasitas, ladrões e outras sanguessugas à custa dos mamões que sustentam o regime aprovando-os e votando neles.

Foram estas corjas de salteadores e apoiantes que levaram o país `falência e terceira intervenção do FMI. Isto não aconteceu em nenhum outro país. O que significa que estas corjas são bem piores que as dos outros ou que os portugueses são mais estúpidos por o permitirem, ou ambas as coisas.

Os oficiais de Abril confessam-se todos desiludidos pelo caminho que esta canalha deu ao país. Ainda que sem o apoio geral, Otelo Saraiva de Carvalho chegou mesmo a dizer, há menos de duas semanas [I Online], «que se soubesse como o país ia ficar, não teria realizado o 25 de Abril». Diz ainda que «ouve todos os dias populares dizerem-lhe que o que faz falta é uma nova revolução». O que faz falta é enforcarem os traidores e emprisionarem os seus apoiantes, em lugar dois pilha-galinhas que enchem as prisões.

Que è que se comemora, então, hoje, se não a ganância satisfeita dum punhado de malandros à custa da miséria geral nacional?

Comemora-se a vitória das associaciassões de criminosos que formam as oligarquias políticos.

Comemora-se a glória dos incompetentes embusteiros que mentem descaradamente, desinformam, que os protegem e embrutecem a população, possibilitando assim a miséria e a desgraça que se conhecem

Impostos

Fisco aumenta IVA às escondidas

Primeiro foram os tapetes de relva, agora chegou a vez de a água oxigenada deixar a taxa reduzida para passar a pagar a taxa normal de 23%.