domingo, 17 de julho de 2011


Governo

Passos esclarece que desvio nas contas supera dois mil milhões

Catarina Duarte com Lusa
17/07/11 18:25



O Governo apresenta novo pacote de cortes na despesa até ao final de Agosto.

O Governo vai apresentar até ao final do mês de Agosto um conjunto de medidas de contenção da despesa, anunciou ontem o primeiro-ministro. O novo pacote de cortes será necessário para colmatar o "desvio colossal" nas contas públicas detectado pelo Executivo e que Passos Coelho ontem precisou: trata-se de um desvio "um pouco superior a cerca de dois mil milhões de euros", explicou.

Fica assim esclarecida a dúvida levantada na reunião do Conselho Nacional do PSD da semana passada, à porta fechada. Passos Coelho terá falado num "desvio colossal" nas contas públicas. Recorde-se que durante a apresentação do programa do Governo no Parlamento, o primeiro-ministro tinha já afirmado que o seu Executivo tinha identificado "um desvio de mais de dois mil milhões".

Para tapar o buraco, o Governo contará com a verba arrecadada através da sobretaxa extraordinária de IRS - que permitirá ao Estado encaixar 840 milhões de euros este ano e cerca de 185 milhões no próximo - e o restante valor "terá que ser corrigido do lado da despesa", explicou o chefe do Governo. Isto para conseguir cumprir a meta do défice para 5,9% este ano. "Há muito próximo de dois mil milhões de euros que precisam de ser absorvidos do lado da receita e do lado da despesa para que até ao final do ano o objectivo que ficou fixado para o défice seja cumprido e será cumprido", frisou Passos Coelho, à margem da festa de verão do PSD de Vila Real.

Sobre os pormenores das medidas de corte na despesa, Passos Coelho disse apenas que "serão públicas nos próximos 30 dias na medida em que o próprio Governo precisa, quer em razão dos trabalhos de preparatórios do novo Orçamento para 2012, quer na medida em que precisa de reestruturar o sector público para poder fazer poupanças adicionais", avançando ainda que haverá alterações na administração pública e empresas públicas, quer ao nível salarial, da redução de despesas, do controlo e da redução dos consumos intermédios. Será ainda adoptado, nos próximos dois meses, um novo regime para a contratação e nomeação pública. O governante anunciou ainda que o Executivo está a preparar tudo para a primeira vaga de privatizações.

As áreas sociais também serão alvo de mudanças. "Estamos a ultimar tudo o que envolve transformações nas áreas sociais mais prementes: saúde, educação e Segurança Social", disse o primeiro-ministro, lembrando, contudo, que estes são "os processos mais delicados que temos pela frente. Há um limite para cortar, não se pode cortar cegamente", frisou. E deixou a promessa de que o "Estado vai poupar sem por em causa a sua função social".

Passos Coelho falou ainda da reunião de quinta-feira, em Bruxelas, entre os chefes de Estado e de Governo da zona Euro, onde espera que seja encontrada uma "resposta mais robusta para toda a Europa".

Obama:

"Não somos a Grécia nem Portugal"

Vai ficar como uma das frases da semana. O presidente norte-americano tentou desdramatizar a situação do país em risco de entrar em default restrito no princípio de agosto. Apelou a que o teto de endividamento seja aumentado pela 40ª vez desde 1980

Jorge Nascimento Rodrigues (www.expresso.pt)

10:00 Sábado, 16 de julho de 2011


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O Presidente dos Estados Unidos Barack Obama, afirmou perante um auditório, creio que do seu partido, que a economia do país estava firme e que os USA não são PORTUGAL.
Efectivamente assim é. Das poucas verdades que os políticos norte-americanos dizem, uma vez por outra vão dizendo as Verdades. Portugal pela sua dimensão, não tem comparação com os Estados Unidos da América, assim como os Estados Unidos não se podem comparar em História, com o nosso País. Gostaria de lembrar aqui que Portugal teve a sua origem numa zanga entre Afonso Henriques e sua Mãe, que originou a sua disposição de separar o território, do país que então a progenitora governava e que tornou possível não só a sua independência, como o inicio de uma Nação que todos amamos apesar da sua pequena dimensão. E não só. Portugal através dos Séculos foi-se tornando numa grande Nação, espalhando-se pelo Mundo, dando o Conhecimento, se outras qualidades não houvesse, a outros povos, normalmente pela palavra mais do que pela espada. Os Estados Unidos formaram-se como nação, pela conquista devastadora e exterminadora de povos, com uma civilização que em muitos aspectos era muito mais benevolente e sadia com os seus inimigos, do que os bandoleiros europeus, ingleses, irlandeses, franceses, islandeses e finlandeses, que para ali fugiram, da injustiça, da fome e das graves punições que então eram efectuados como prática corrente nos referidos estados, então dominados por reis e senhores cruéis e sádicos. Claro que entre os refugiados havia boa gente, mas a grande maioria seriam criminosos que continuaram as suas práticas genocidas, matando índios e negros.
Não me conformando com o facto de Obama se referir a Portugal como se tratasse de um País sem Rei nem Roque, o que foi uma verdade no tempo em que os socialistas transformaram Portugal numa farsa económica, aqui deixo o meu reparo e desgosto, não só pelas dificuldades que atravessamos e que o sr Obama pelos vistos não quer compreender, como pelo desprezo em que coloca todo um Povo merecedor de maior compreensão e que se libertou do domínio dos povos sob sua jurisdição, com uma descolonização libertadora, sem exterminar esses Povos, como fizeram os seus antepassados europeus americanizados.
Mas é assim. Eu diria tal como o Marquês de Maricá:
«O homem fala, o sábio cala, o tolo discute...». Claro que não é o caso do Sr Obama...
José de Viseu