quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O secretário-geral da CGTP considerou hoje que as privatizações anunciadas pelo Governo fazem parte de "um roubo organizado".

"O que está no memorando da 'troika' como uma necessidade imediata é um negócio, é um roubo organizado", disse Manuel Carvalho da Silva referindo-se às privatizações anunciadas pelo executivo.

O sindicalista falava no final de uma tribuna pública contra as privatizações, promovida pela CGTP na baixa lisboeta.

"Fazer privatizações agora é vender a preço de saldo", afirmou Carvalho da Silva acrescentando que o valor das privatizações previstas ascende a cerca de 7 mil milhões de euros, o que dará apenas para cobrir os juros de um ano do empréstimo da dívida portuguesa.

O líder da Intersindical lembrou ainda o importante papel que as empresas públicas tiveram no desenvolvimento do país prestando serviços à população do interior que de outra forma nunca lhe teriam acesso.

"Algumas das empresas que vão ser privatizadas é que levaram a energia eléctrica a muitas aldeias do interior do país, os transportes ou a distribuição do correio", salientou.
Segundo o sindicalista, a privatização das empresas públicas vai fazer o Estado perder o dinheiro dos impostos que elas pagam e contribuir para desertificação do país sem resolver os problemas económicos do país.

Durante a tribuna pública contra as privatizações, dezenas de sindicalistas ou membros de comissões de trabalhadores deixaram o seu testemunho sobre a situação das empresas onde trabalham.

Carvalho da Silva pegou numa dessas intervenções para lembrar "o Estado não mete dinheiro na TAP desde 1997, embora se fale nisso todos os dias".

Os participantes da tribuna aprovaram uma resolução em que prometem lutar contra as privatizações e dinamizar uma petição para entregar na Assembleia da República.


Relatório

Portugal entre os países mais endividados do mundo

Luís Leitão
21/09/11 00:05

País está entre as sete economias que apresentará uma dívida pública superior a 100% do PIB.

A dívida directa do Estado contabilizou 168.888 milhões de euros no final de Agosto, segundo revela hoje o Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP) no seu relatório mensal de Setembro. Trata-se de um valor equivalente a 16 mil euros por português ou 98% da riqueza gerada em Portugal no ano passado. E segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) este rácio não deverá baixar até, pelo menos, 2016.

De acordo com estimativas dos especialistas do FMI, publicadas ontem no relatório "Global Fiscal", Portugal será um dos sete países do mundo que este ano apresentará uma dívida pública superior a 100% do PIB com um rácio de endividamento de 106% da riqueza gerada no país. "É um reflexo de como o país seguiu políticas erradas nos últimos anos. É preciso perceber que só chegámos a esta situação de endividamento externo e crescimento anémico há mais de dez anos, porque seguimos o modelo económico errado", justifica o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira. Mas as más notícias não ficam por aqui.

Segundo os cálculos do FMI, a dívida pública continuará a ser superior ao PIB até, pelos menos 2016. Numa situação parecida à portuguesa só estão os EUA, a Irlanda e a Itália, que dentro de cinco anos deverão apresentar um ‘stock' de dívida equivalente a 115% do PIB. Mas, mesmo assim, longe do quadro negro da Grécia e do Japão que, de acordo com as estimativas dos especialistas, apresentarão, em 2016, uma dívida pública equivalente a 163% e 253% do PIB. "Estamos numa crise bastante grande, mas nem tudo vai mal na economia portuguesa porque temos as exportações a crescer a 6% ou 7% ao ano, num ambiente de grande concorrência a nível externo, com uma moeda bastante forte, e mesmo assim, as nossas exportações, inclusive em sectores até agora considerados tradicionais, como os têxteis e calçado a crescer a taxas recorde", salienta Santos Pereira.

NOTA:- AINDA HÁ QUEM DIGA MAL DO SOCIALISMO, TRABALHARAM BEM E DEPRESSA

JÁ QUE ERAMOS UM PAIS CREDOR E EM 3 DECADAS, SÓ TEMOS DIVIDAS E BURACOS

E QUEREM AGORA DESVIAR AS ATENÇÕES PARA A MADEIRA….SÃO MUITO ENGRAÇADOS A FALAREM PARA ATRAZADOS MENTAIS.

Quinta-feira, Setembro 22, 2011

Corrupção em Portugal? É só treta…








O vice-presidente da associação Transparência e Integridade, Paulo Morais, afirmou hoje que grande parte dos impostos que os portugueses pagam estão a "derreter" em mecanismos de corrupção.

Antes de divulgar o texto das declarações de Paulo Morais à Lusa, permitam-me que por uma questão de memória (recente) me interrogue se não terá sido por pensar como pensa que, no passado dia 7 de Junho, Paulo Morais foi “despedido” de colunista do Jornal de Notícias.

“O JN necessita de voltar a ter um grande foco nas razões de proximidade que fizeram dele mais que um jornal, o sítio onde as pessoas encontravam refúgio e ganhavam voz para os grandes desafios e trabalheiras do quotidiano”, escreveu o director do JN na carta (modelo único para todos os colaboradores mandados à vida) a Paulo Morais, acrescentando: “há uma nova aposta que vale a pena ser vivida em nome de um jornalismo e de um jornal mais próximo das nossas gentes sem deixar de olhar todos os horizontes”.

Creio que falar de corrupção, tema de eleição de Paulo Morais, não é de facto um factor de proximidade. Ou é demasiado de proximidade. Seja como for, o resultado foi o mesmo.

"Grande parte dos cerca de 80 mil milhões de euros que o Estado gasta por ano é derretido em mecanismos de perfeita corrupção, alguns dos quais são bem conhecidos", diz Paulo Morais, vice-presidente da associação Transparência e Integridade, em entrevista à agência Lusa.

Segundo Paulo Morais, "bastará focar o aspecto das parcerias público-privadas", nomeadamente a renegociação com as concessionárias das antigas SCUT, que fez com que os portugueses passassem a pagar duplamente mais: em portagens e em impostos para pagar auto-estradas que vão ficar ainda mais caras.

O ex-vice-presidente da Câmara do Porto classificou o exemplo das SCUT "claramente um caso de prejuízo com dolo do Estado português por parte de um conluio entre quem negoceia em nome do Estado e os concessionários que obtiveram a concessão".

"Através de um mecanismo pomposa e eufemísticamente chamado de disponibilidade diária das estradas, garantir rentabilidades da ordem dos 14, 15% dos concessionários sobre preços que, por sua vez, já eram elevados, independentemente do tráfego, é perfeitamente inadmissível", considerou.

Para Paulo Morais, a eventual cessação das novas condições acordadas para as ex-SCUT "é uma questão que tem de ser tratada com urgência, porque por cada mês que passa são milhões de euros que o povo português perde para pagar a uns senhores que conseguiram, à custa da conivência de pessoas no Estado, garantir rendas verdadeiramente obscenas".

O vice-presidente da secção portuguesa da Transparência Internacional voltou a acusar a classe política portuguesa de se ter transformado numa "mega central de negócios", onde reina a promiscuidade entre pessoas que, alternadamente, são titulares de cargos públicos e administradores de grupos empresariais fornecedores do Estado.

"Não faz sentido que os portugueses paguem tantos impostos. Não faz sentido que uma pessoa que leva no fim do mês 700 e tal euros para casa custe à sua empresa, por uma questão fiscal, 1.600", defendeu.

Segundo Paulo Morais, a diferença entre o custo real do trabalhador e o salário que recebe vai em parte para serviços que os cidadãos utilizam, mas também "vai muito dele para mecanismos de corrupção".

Orlando Castro

O FIO DA NAVALHA DO KAOS

Um triste passado sempre presente


«Em vez de sair do euro, que não seria uma solução mas um grave desastre, acho que de mais bom senso seria uma redução parcial dos salários nominais ou um aumento dos horários de trabalho», afirmou Mira Amaral, o antigo ministro da Indústria e da Energia de Cavaco Silva, acrescentando que uma «redução da Taxa Social Única» paga pelas empresas também teria os mesmos efeitos.
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Nunca gostei desta gente, sempre me inspiraram repulsa, já enriqueceram sabe-se lá muito bem como, vivem muito bem, não lhes falta nada. O melhor que tinham a fazer era aproveitarem uma relaxada reforma e tentar que nós nos lembrássemos deles o menos possível. Mas não, continuam por aí, sempre insaciáveis a querer sempre mais. Este ainda há bem pouco tempo foi notícia quando conseguiu que o governo ainda lhe pagasse para ficar com um banco livre de encargos, o BPN.
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Podia calar-se para ver se nos esquecíamos disso, mas não ainda vem dar entrevistas a dizer que a solução é reduzir salários ou aumentar os horários de trabalho. Se fosse mas era para o ...Trabalho, fazia muito melhor
ASSALTO EM RIO MOURO ( PANICO)