quinta-feira, 17 de maio de 2012
As maravilhas do crescimento e do emprego
17 Maio, 2012 – 16:56
Cada lisboeta pagou 500 euros de impostos directos em 2011, mas só recebeu obras camarárias no valor de 80 euros. - Os 420 euros em falta foram consumidos pelas políticas do emprego: A Câmara Municipal da capital conta com cerca de 300 departamentos e divisões e 53 freguesias, (…) e 12 mil trabalhadores» Quanto ao crescimento que justificou tudo isto acabou por fazer crescer o endividamento de tal modo que agora nem há dinheiro para o alcatrão: Lisboa reduziu para menos de metade investimento na reparação de buracos .
MISÉRIA DE DEMOCRACIA
AUMENTA A CHANTAGEM SOBRE OS GREGOS
Esta “democracia” de miséria para um número cada vez maior de cidadãos é também, sem subterfúgios, abertamente, uma miséria de democracia.
O que se está a passar com a Grécia destruirá sem margem para defesa a tal “democracia representativa” de que estas hipócritas sociedades capitalistas tanto se vangloriavam.
É o Presidente da Comissão Europeia que vergonhosamente chantageia os gregos todos os dias com ameaças sucessivas, tudo fazendo, em nome do capital financeiro, para cercear a livre expressão da sua vontade; é o BCE que tem a suprema desfaçatez de negar financiamentos aos bancos gregos com base no argumento da escassez de capitais próprios, quando toda a gente sabe que prodigaliza rios de dinheiro a bancos tecnicamente falidos; bancos que, apesar de serem os grandes responsáveis pela presente situação, têm recebido dinheiro às enxurradas, e que, não obstante todas essas benesses, continuam falidos e incapazes de financiar a economia real.
Se os bancos gregos não podem ser financiados por que podem sê-lo os espanhóis? É o BCE a exorbitar das suas funções para chantagear os gregos e obrigá-los a votar segundo os ditames do capital financeiro.
Há uns meses impediram-nos de fazer um referendum; agora querem decidir do resultado das eleições!
Que democracia é esta? Não lhes basta o terrorismo ideológico debitado por centenas de televisões e de jornais que, de Talin a Lisboa e de Helsínquia a Malta, diariamente, de manhã à noite, distorcem a realidade, chantageiam, assustam e criam um clima onde só há lugar para uma “verdade” e uma “doutrina”? Não, não lhes basta. É ainda necessário pôr em campo as instituições europeias e própria máquina governamental alemã para condicionar a vontade do povo grego.
Se Hollande fosse realmente diferente dos outros teria aqui a propósito desta pouca vergonha uma excelente ocasião para o demonstrar. Infelizmente, os gregos sabem que apenas podem contar com eles próprios e com a solidariedade inorgânica de todos aqueles que compreendem a sua luta. Institucionalmente , porém, estão sozinhos…
Que ninguém tenha dúvidas: esta “democracia” é a mesma que no Chile derrubou Allende. Como os tempos são outros e os “inimigos” mais fáceis de abater (presumivelmente…) usa outras armas, mas os objectivos são sempre os mesmos: impedir a autodeterminação do povo.
Crise na zona euro
Corrida aos depósitos na Grécia alarma outras capitais europeias
17.05.2012 - 09:01 Por PÚBLICO
Falta de confiança leva gregos a levantar depósitos (Foto: Yannis Behrakis/ Reuters)
Os depositantes gregos levantaram 1200 milhões de euros das contas bancárias, em apenas dois dias, de acordo com estimativas banqueiros em Atenas. Os valores são citados pelo jornal inglês Financial Times, que não identifica as suas fontes e que refere que responsáveis da banca na Grécia e na zona euro rejeitam a ideia de que se tenha instalado uma corrida aos depósitos.
Arquivado processo do médico que espiava em WC
Por Redação O Ministério Público mandou arquivar o processo do médico luso-brasileiro que confessou ter instalado uma microcâmera no WC do serviço de Neurocirurgia do Hospital de Viseu.
Com esta decisão, neurocirurgião Guilherme Machado, de 36 anos, não vai a tribunal para ser julgado, saindo impune do caso, depois de já confessado que tinha colocado uma parte do equipamento no local.
O suspeito estava indiciado pelo crime de devassa da vida privada por meio informático, punível com pena de prisão até um ano ou multa até 240 dias. Mas não irá cumprir qualquer pena.
Em julho de 2011, foi descoberta uma pequena câmara numa casa de banho do hospital de Viseu. O funcionário que encontrou o material suspeitou de um engenho explosivo e a PSP foi chamada ao local, acabando por apreender a máquina.
Pouco depois, o médico confessou que tinha colocado a câmera no WC e foi constituído arguido a 31 de agosto. O MP arquiva agora o caso, porque segundo os exames da Unidade de Telecomunicações e Informática (UTI) da PJ «não se apurou que o arguido tenha captado ou gravado imagens de qualquer pessoa ou do espaço íntimo onde foi encontrado o equipamento apreendido».
Tendo em conta a análise do material, o MP considerou que não se verificou «a consumação do crime de devassa de vida privada por meio de informática, que exige a existência de um ficheiro automatizado».