quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O Presente passado

O desemprego já não está nos valores anunciados antes das eleições. Estranho, ou deliberado?
Atingimos os históricos "dois dígitos", isto é, temos finalmente mais do que 10% de desemprego.
O défice já nada tem que ver com os valores anunciados pelo venerável Ministro das Finanças, antes das eleições. Passou, parece que de um momento para o outro, para 8%; pelo menos.
Nunca se falou tanto de ética, ética pessoal, ética empresarial, ética nos negócios. E nunca houve tanta falta dela, não obstante os aparentes hipócritas que dela falam, ignorando-a na sua vida real, usando o seu nome para "tapar ao povo os olhos com uma peneira"...

Todos fingem hoje preocupar-se com uma corrupção que alastra, que é encoberta, e que foi institucionalizada nestes 35 anos de pseudo-democracia pela qual, seja como seja, pretendem lutar, agarrando-se como uma lapa à estrutura doente da nossa Pátria. Uma democracia que lhes deu emprego, vaidade e riqueza, à custa do desabar de uma pátria em ferida.
Parecem hoje todos querer chorar lágrimas de crocodilo. Os Partidos políticos.

O Chefe de Estado. Alguns (des)governantes. O próprio “independente” mas socialista presidente do Tribunal de Contas, que parece agora querer armar-se em arauto da luta contra uma corrupção que foi criada pelos seus "camaradas" de regime!
O Primeiro-Ministro, por honesto que seja, tem a sorte ou o azar de ver o seu nome envolvido em tudo o que é vigarice e porcalhada, neste triste país: desde as moradias de mau gosto algures na Beira cujos projectos diz que assinou e fez, mas dizem que não fez, passando pelo "Caso Cova da Beira", pelo "Caso Freeport", por uma casa de luxo numa das melhores zonas de Lisboa, comprada quase a valores de casa de subúrbio, e agora pelo chamado caso "Face Oculta", para não falar na "falsa" licenciatura, ou melhor, na licenciatura por Fax que leva a que a Ordem dos Engenheiros lhe não reconheça o título. Enfim, licenciou-se na Universidade onde Vara também se terá Diplomado, sabe deus em quê, o que o fez passar a ser tratado por Doutor, Universidade essa já extinta, e que parece que "vendia" cursos "a pataco". Convenhamos que é demais.

O bacharel Pinto de Sousa, tanto tem andado à chuva, que sabe Deus se se não terá molhado...
Estamos envolvidos por uma fauna golpista, mesquinha e destruidora da nossa Pátria. Ou porque corrompem, ou porque são corrompidos, ou pelas duas coisas, ou apenas pelos boatos, porque as suas vidas não são claras e límpidas como deviam ser.
O défice público; as Fundações que dão prejuízo, indo o dinheiro não se sabe bem para onde; dinheiros da segurança Social, e como tal nossos, aplicados em offshores, como se o Povo Português houvesse mandatado esta espécie de trampiqueiros para aplicar os 11% que o estado lhe subtrai mensalmente, em locais pelo menos duvidosos, por onde parece que gostam de se movimentar os Pintos de Sousa e os Dias Loureiro que merecemos.

Mas isto não é de hoje. Começou tudo no dia 25 de Abril de 1974, com os "Capitães de Abril" a ser promovidos de medíocres a ilustres gestores da Pátria que viriam a destruir; começou com os Mário Soares, Melo Antunes e Almeida Santos que merecemos, a, nos acordos de Alvor, cometerem o CRIME MAIOR da descolonização, entregando de mão beijada, sem qualquer mandato do povo português, e o mais rápida e desastradamente possível, o nosso Ultramar ao inimigo, aos terroristas comunistas que em África matavam portugueses de todas as cores e credos. Começou no dia 25 de Abril de 1974, quando pouco tempo depois "ilustres" figuras como Silva Lopes, (hoje muito preocupado com o estado a que o País chegou), lançaram a trágica nacionalização da banca; e depois dos seguros, e depois, a reforma agrária; e depois... e depois...
Todos estes senhores, inclusive aqueles de entre eles que já morreram, são cúmplices do estado a que a Pátria chegou. Encontram-se alojados em tudo quanto é partido político democrático, em tudo o que é um bom lugar de gestor público, ou sociedade com fins lucrativos (para o próprio). Receberam um prémio por terem feito chegar a Pátria ao estado a que chegou. Triste e infame prémio, esse que receberam!
Portugal está nesta crise asfixiante de moral, de valores e económica, porque todos estes senhores o conduziram para o abismo. E agora, querem arvorar-se em salvadores de uma Pátria que traíram. Fingindo-se preocupados com as consequências do mal que provocaram.
Estamos saturados de ver estas espécies de Mários Soares, todas com belíssimas vidas, alguns quem sabe se milionários, com dinheiros por vezes difíceis de justificar, a arvorar-se em "Senadores", com lugares chorudos onde apenas com a sua incompetência ou má-fé sugam a Pátria, provocando em empresas públicas, no governo ou noutros lugares, o aumento do défice.
Portugal, é todo ele uma espécie de "Face Oculta". É um País de corruptos, e de corruptores. Os corruptos, acabam por ser aqueles (poucos) que votam nas eleições, em troca de um sonho que lhes é vendido pelo marketing político. Segundo este ponto de vista, quase todo o Portuguesinho tem o seu quê de corrupto. Os corruptores, são todos esses políticos (também corruptos) que ao ganhar as eleições distribuem lugares por amigos que mais tarde ou mais cedo se vêm envolvidos em casos de corrupção (as excepções confirmam a regra), e que fazem da nossa pátria uma espécie de alma em sangue.

O Chefe de fila deste sistema tem um nome: Mário Soares.
Mário Soares, esse "Senador" do sistema, que nunca explicou, (se bem que o tivesse prometido para quando saísse de Chefe de Estado), o que era verdade e o que era mentira das graves acusações que lhe foram feitas por Rui Mateus no seu livro Contos proibidos-Memórias de um PS desconhecido (Publicações Dom Quixote, Lisboa, 1996). Trata-se aparentemente de um livro de ajuste de contas, que em boa hora comprei, e que li interessadamente, tendo-me feito corroborar opiniões que já tinha, mas apenas por desconfiança ou vagos indícios… Vejamos quem é o livreiro que tem a coragem de voltar a editar este livro, que consta alguns fizeram desaparecer na altura própria, e que agora parece circular pela net digitalizado. Ou será que "quem se mete com Márioo Soares “leva”"?...
O Chefe de Fila deste sistema, tem assim um nome: Mário Soares, que foi cabeça de cartaz desta fatídica e medíocre tourada a que se chamou de "Descolonização Exemplar", e que em termos de facto e de direito, devia haver sido preso quando foi apresentada a QUEIXA CRIME CONTRA OS RESPONSÁVEIS PELA DESCOLONIZAÇÃO, em 28 de Dezembro de 1979, apenas 4 anos e alguns meses após a Revolução, se vivessemos num verdadeiro estado de Direito.
O Chefe de fila de tudo isto, tem também o nome de Mário Soares, quando na célebre manifestação da Fonte Luminosa, se aproveitou da boa fé de milhares de Portugueses apenas para se autopromover, já que o perigo não era apenas o partido Comunista, mas era também ele, como espécie de mentor deste regime de ideias corrompidas, Laico, Republicano e Socialista, do Aborto, dos Gays e das Lésbicas, do Divórcio, da pedofilia, da destruição da família, futuramente da eutanásia, das uniões de facto (que ele com a sua habitual deselegância assumiu em publico na televisão, há pouco tempo, ter vivido com a “santa” Maria Barroso, engravidando-a antes de casar), e sabe Deus de que mais, assim como daquilo que conduziu a todas as vítimas morais da revolução (sem esquecer aqueles que por causa dele, e só dele, morreram de fome e da guerra civil em África, e hoje são vítimas da cleptocracia institucionalizada).

O chefe de fila de tudo isto é mais uma vez o Mário Soares (da Fundação com o seu nome), que obriga o Estado a pagar-lhe uma renda mensal por um Gabinete que aí teria de qualquer modo, e que justifica por haver sido Chefe de Estado. Ou que se instalou onde se instalou, com a complacência de um político medíocre e apagado de seu nome João (também) Soares, que era Presidente da Câmara Municipal de Lisboa quando a Fundação MS começou a crescer, e a "ganhar espaço" aí para os lados de São Bento.
O chefe de fila de tudo isto tem o mesmo nome, Mário Soares, quando Portugal com o seu contributo indirecto e o do já falecido socialista Sotomaior Cardia, iniciou o despautério em que colocaram uma educação que vivia em ordem, e que passou a formar analfabetos em Portugal, que passaram a viver numa espécie de anarquia, e que têm sido capazes, sem qualquer pejo, de destruir o país que lhes viu abrir os olhos.

O chefe de fila de tudo isto tem o mesmo nome, Mário Soares, que contribuiu para a destruição de um correcto sistema de Saúde em Portugal, criando uma espécie de Sistema Nacional de Saúde, assim chamado, em cumplicidade moral com o Maçon António Arnaut, que tornou Portugal um dos países com mais carências e desumanidades nesta área, provocando que em Portugal apenas quem tem algum dinheiro se possa tratar, em caso de doença grave ou não, com um mínimo de dignidade, sem sentir que está a fazer um favor àqueles que o atendem nos estabelecimentos publicos de saúde, ou morrer antes que o chamem para ser tratado...

O presente português, confunde-se com um passado triste de 35 anos (quem sabe se mais 2 ou 3 para trás, com o Marcelismo e a sua Primavera), que propositadamente ou não esquartejou as entranhas da nossa Pátria, baseado em pressupostos de progresso, de justiça, e de humanismo trampicados, e que nos conduziram a um impasse onde não vislumbramos, a continuar este regime, saída para algo que nos possa voltar a fazer levantar a cabeça de homens honrados, e orgulhosos de ser Portugueses.

Vivemos numa espécie de esterco em que vemos passar pelas ruas por onde passamos, gente com mau aspecto e com ar de vigarista, mas ao mesmo tempo importante, montada em carros de muito alta cilindrada, enquanto a Sopa dos Pobres está cheia de gente desesperada, muita dela com essa coisa horrível que se chama de "vergonha de ser pobre".
Ao mesmo tempo que param ao nosso lado nos semáforos os tais veículos de muito alta cilindrada de um lado com os Armandos Varas que nos obrigam a tolerar, param do outro lado montados em carros também de dezenas ou centenas de milhar de euros, primos, amigos, ou sócios dos José Eduardo dos Santos que Mário Soares com os seus camaradas criaram.

Vivemos num desespero, em que sentimos que os nossos braços curtidos por este calor tórrido e nauseabundo da democracia que nos impuseram, não têm já força física nem anímica para remar contra esta maré de esterco em que nos mergulharam.
O défice passou rapidamente para 8% depois das eleições, e ainda não parou, podem crer; o desemprego, ultrapassou os 10%, com tendência para aumentar, como o défice; vive-se de novo o drama dos salários em atraso, das falências das empresas, da pobreza, envergonhada ou não.
Continuamos a ver na televisão ou na rua, estes "Senadores" do regime com o seu ar altivo e "inteligente". O Povo português ou não vota, ou deixa-se ludibriar pelo Marketing político dos partidos que tudo oferecem, para tudo receberem.

Cabe-nos perguntar: e Deus? Onde está esse bondoso Deus, que deixa que tudo ocorra nesta "Terra de Santa Maria"? A resposta quiçá seja fácil: existem algures perdidos pelo mundo países que conseguem vegetar ainda pior do que nós. E Deus permite-o, quiçá em nome da Santificação de um Mundo perdido ou provisoriamente desorientado. Cumpre-nos rezar pela sua salvação. Mas também nos cabe perguntar onde está a virilidade dos nossos marinheiros, dos nossos guerreiros, daqueles que restauraram a nossa Independência e por ela lutaram ao longo da nossa história. Deus dá-nos os meios. Nós temos que os saber e os querer aproveitar.
Os tempos são miseráveis, e de miseráveis. Cabe á reserva moral lusa, esteja onde estiver, reagir, para que Portugal, com a sua enorme costa, se não torne um dia, quando atingir o fundo dos fundos, uma espécie de Somália onde se sobreviva à custa de pirataria real nos mares, que pirataria já existe em Portugal.

Estaremos no "Finis Patriae"? Não sei dizer. Mas acredito que vivemos talvez a crise mais grave e miserável que Portugal viveu, desde que foi fundado nesses tempos idos e voluntariosos do ano de 1143, por El-Rei D. Afonso Henriques, contra tudo e contra todos, com "ganas", heroicidade, brio, e HONRA.
Vivemos uma espécie de crepúsculo azamboante que nos anestesia e nos indispõe, sem que a reserva moral da Pátria, que existe, estou certo, reaja.
Devemos-lhe, ao rei D. Afonso e aos nossos maiores, a redenção. Nem que seja "à porrada" como dizia Rodrigo Emílio, esse grande português do século XX. Por Portugal, e mais nada! António de Oliveira Martins - Lisboa
FONTE:- http://portugalclub.org/

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