sexta-feira, 9 de abril de 2010

Já nada sou

Nem alma nem corpo tenho

Sinto-me … Nada

Quando paro e olho á minha volta

Vejo os vermes esmagarem-se

Vejo a mentira e a podridão

Sou um morto entre vivos

Não posso, não aguento

Tanto egoísmo e maldade

Um nojo … só lama, sob uma capa de verniz

De amabilidade e cortesia

Estão bem escondidas as maiores feridas

Que brotam pus sempre que a boca se abre

Pus, pus e mais pus

Que das feridas de dentro das cabeças sai

QUE INGLORIA A MISSÃO DO HOMEM NA TERRA


Luis Ferreira

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