Violações em massa no Congo
Inserido em 25-08-2010 18:46


“Capacetes azuis” da ONU não conseguiram travar ataque levado a cabo por rebeldes contra várias aldeias do Norte do país.

Cerca de duzentas mulheres e alguns bebés foram repetidamente violadas por rebeldes na República Democrática do Congo, a poucos quilómetros dos “capacetes azuis” da ONU.
As violações ocorreram durante quatro dias, entre 30 de Julho e o passado dia 4 de Agosto.
O caso indignou o secretário-geral das Nações Unidas, que tem no país a sua mais numerosa missão de paz. Ban ki-Moon já enviou representantes ao Congo e pediu ao Governo uma investigação.
O chefe da missão no Congo, Roger Meece, deu hoje uma conferência de imprensa onde explicou que só teve conhecimento do caso através de uma organização não-governamental (ONG) médica, há cerca de uma semana.
“É possível que os habitantes destas aldeias temessem represálias se contassem à missão da ONU. Também pode acontecer que tivessem vergonha do que aconteceu. São hipóteses, mas só posso especular sobre as possíveis razões”, declarou Roger Meece.
As violações de perto de duzentas mulheres e algumas crianças ocorreram em várias aldeias numa província do Norte do Congo.
O país já foi considerado pelas Nações Unidas como a capital mundial das violações, que são uma autêntica arma de guerra. Um dos objectivos da missão da ONU é, precisamente, evitar a prática de violações por parte dos rebeldes armados que lutam contra o Governo.