sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

ANGOLA 1966-69

« EU ESTAVA NOS COMANDOS E ISSO SIGNIFICA QUE ATACÁVAMOS POR EMBOSCADA.
O SILENCIO E A RAPIDEZ DAS ACÇÕES ERAM SAGRADOS.
UM DIA, FOMOS RESGATAR A POPULAÇÃO DE UMA ALDEIA QUE TINHA SIDO RAPTADA PELOS TERRORISTAS. ESCONDEMO-NOS NA COPA DAS ÁRVORES E EM MENOS DE UM MINUTO DEMOS CABO DOS TERRORISTAS, SEM DISPARAR UM ÚNICO TIRO. SABIAMOS QUE O INIMIGO ANDAVA POR PERTO E, QUANDO COMEÇAMOS A BATER EM RETIRADA COM OS CIVIS, HAVIA ESTE BÉBÉ QUE NÃO SE CALAVA COM A FOME. BERRAVA NAS COSTAS DA MÃE E POR ISSO DENUNCIAVA-NOS. O ALFERES VIROU-SE PARA MIM E DISSE-ME PARA TRATAR DO PROBLEMA. EU TINHA UM FILHO DA IDADE DELE, COM 6 MESES, POR ISSO PEDI PARA SER OUTRA PESSOA A FAZÊ-LO. NINGUEM QUERIA, CLARO. ENTÃO APONTEI A FACA DE MATO AO CORAÇÃO DA CRIANÇA, VIREI A CARA E ENTERREI A ARMA COM UM GOLPE PROFUNDO.»

V.B.Angola 1966-69

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