sábado, 14 de maio de 2011

CARTA ABERTA ÁS MULHERES PORTUGUESAS


CARTA ABERTA ÁS MULHERES PORTUGUESAS


É este estado social que os nefandos neoliberais pretendem destruir....!!!!!!

CARTA ABERTA ÀS MULHERES PORTUGUESAS

Se Vossa Excelência, minha Senhora, quer ter um filho e não consegue, deverá dirigir-se à Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, e solicitar ajuda. Pela módica quantia de 350 euros, o Estado Social, ou o Serviço Nacional de Saúde, tomará as providências médicas necessárias a proporcionar a hipótese da desejada gravidez.

Tome em devida conta que não é garantido que consiga engravidar. Só é garantido que terá que pagar os 350 euros.
Se, pelo contrário, Vossa Excelência está grávida, mas não quer ter a criança, deverá igualmente dirigir-se ao supracitado estabelecimento público e solicitar que lhe façam um abortinho.
Neste caso, não só o "tratamento" lhe será gratuitamente facultado pelo Serviço Nacional de Saúde mediante a utilização do dinheiro dos impostos dos seus generosos concidadãos, como lhe será ainda oferecida a soma de 200 euros, a título de subsídio de maternidade.

Neste caso, não só está garantido o resultado do "tratamento", como é certo que ganhará honradamente os seus 200 euros, provenientes da mesma origem.

Se é este o seu caso, tome nota, sem se deixar impressionar, que (ainda!) há quem proteste contra este estado de coisas!
Não ligue. Trata-se de gente ordinária, movida por interesses ocultos, inimiga dos direitos humanos consagrados na Constituição da República e nas cartilhas de vários tipos de socialismo, ou até, quem sabe?, de nefandos neo-liberais.
Se está no primeiro caso, queira fazer o favor de compreender que se trata de uma questão de justiça e da defesa dos inalienáveis direitos da mulher, finalmente liberta das grilhetas com que o machismo, o fascismo, o imperialismo, o capitalismo de casino, a Santa Madre Igreja e outros atrasados mentais têm garrotado a sua sacrossanta liberdade.
Se perceber a alta escala de valores em que as práticas do Estado Social se integram, então pagará gostosamente os 350 euros para aumentar as suas possibilidades de ter um filho, ao mesmo tempo que compreenderá, sem margem para dúvidas, a admirável justiça do socialismo vigente.

Pode haver ainda quem alegue que, com os cerca de 6 milhões de euros que o Estado Social gasta por ano em abortos, se poderia facultar gratuitamente a umas 28.000 mulheres como você os tratamentos de fertilidade que tanto deseja.
Não ligue. Trata-se de um raciocínio economicista, que não tem em atenção os legítimos interesses das mulheres portuguesas.
Deixe-se de fantasias e pense, com acendrada humanidade, que vale mais a pena uns truca-trucas descuidados, a 200 euros de lucro, do que dar largas, com o seu marido, a desejos tão mórbidos, desajustados e fora do tempo como essa história medieval de querer ter um filho.

Não seja injusta: vote PS!
21.4.11
António Borges de Carvalho
Posted by Jose Martins a

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