sábado, 7 de maio de 2011

SOCRATES.....RECORDISTA

Quarta-feira, 20 de Abril de 2011

Os milionários de Portugal...

O semanário Expresso na sua edição de 9 do corrente mês de Abril, publica as remunerações dos gestores TOP, do País...(2010 e 2009):
Dado o estado calamitoso em que o País dos mais pobres da Comunidade Europeia, se encontra, apenas referenciamos aqueles que maiores remunerações venceram em 2010 e 2009.(Trata-se de remunerações e indemnizações desses anos):
Zeinal Bava (P.T.) 1.400.000,00 Euros e em 2009 - 2.500.000,00 Euros. António Mexia (EDP) 1.057.000,00 Euros e em 2009- 3.100.000,00 Euros. Ângelo Paupério (Sonaecom) 1.010.000,00 Euros e em 2009- 991.000,00 Euros. Rodrigo Costa (ZON) 995.000,00 Euros e em 2009 -1.600.000,00 Euros. Ana Fernandes (EDPR) 824.000,00 e em 2009- 2.400.000,00 Euros. Pedro S.Santos(JM) 770.000,00 Euros e em 2009- 660.000,00 Euros. Jorge Coelho (Mota-Engil) ex-ministro deste governo ... 730.000,00 Euros e em 2009 - 727.000,00 Euros. João Pedro Mello (Brisa) 661.000,00 Euros e em 2009 - 707.000,00 Euros. Henrique Granadeiro(PT) 617.000,00 Euros e em 2009 - 1.600.000,00 Euros.
Não faço referência aos empresários que singraram na vida à sua custa e em cujas empresas têm milhares de trabalhadores, ao seu serviço e que a meu ver nem sequer deviam ser mencionados naquele semanário. É que se têm altos vencimentos é porque trabalharam para isso. Enquanto que outros...só S.Tomé saberá...
O Expresso referencia ainda Rui Pedro Soares,(PT) o homem sombra do primeiro ministro português, no caso "Face Oculta" que recebeu 1.200.000, Euros em 2010, dos quais 648.700,00 Euros correspondentes a uma indemnização, por estar envolvido no citado caso e "ter deixado o mandato a meio" e a F.Soares Carneiro (PT) - 1.800.000,00 Euros, e envolvido igualmente no mesmo caso. Foca ainda o Expresso o nome de Armando Vara (CGD) com uma indemnização de 1.730.000,00 Euros, arguido no caso Face Oculta e que «transitou da vice-presidência do BCP e acabou por não ficar até final do mandato, (teve que interromper depois de ter sido arguido no processo "Face Oculta", onde está acusado de dois crimes de tráfico de influência). Armando Vara suspendeu a actividade ainda em 2009, mas só renunciou ao cargo em Julho de 2010, e assim teve "direito" a receber 822.000,00 Euros nesse ano. Parte deste montante -- (superior ao auferido pelo Presidente do Banco 647.000,00 Euros), foi para cobrir o compromisso de não trabalhar na concorrência até ao final do mandato. Hoje, Armando Vara, ex-ministro adjunto de José Sócrates, é presidente do conselho de administração da Camargo Corrêa África. De remuneração pelos meses que permaneceu em funções no BCP Vara recebeu 260.000,00 Euros, os restantes 562.000,00 Euros correspondem a indemnizações.»
Com vencimentos desta natureza como é que um País pode andar para a frente? Então, segundo consta, acabarão com os subsídios de férias e de Natal aos funcionários públicos aposentados e aos que estão no activo e estes pobres coitados não sofrem quaisquer descontos? Com vencimentos e indemnizações, algumas obscuras, como o negrume do dia mais negro do Inverno e que causam a indignação até aos mortos, e nada descontam? E nada acontece? Admito que alguns deste senhores, merecem bem o que ganham, mas há aqui casos de uma flagrantíssima injustiça que não tem qualquer razão de existir, o que denota, a nosso ver, um extraordinário abuso do Poder, um excessivo proteccionismo e em paralelo, uma declarada deterioração da política das remunerações dos que prestam serviço na função pública. Seria conveniente que se pondere, antes que esta política cause ao País graves perturbações.
Noutros tempos, ninguém podia ter um vencimento superior ao do Presidente do Conselho de Ministros e ao Presidente da República. Hoje creio que nem nos Estados mais avançados do Mundo se remuneram, mesmo os mais aptos de forma semelhante.
Por outro lado é bom que se olhe para estas flagrantes, e graves desigualdades. Os chefes de família deste País a quem foi prometida melhor vida, muitos já estão a recorrer a caridade, aos bancos da fome, um mau prenúncio para o futuro de Portugal. Com FMI ou sem FMI, há que ter estas graves anomalias em atenção. Há que ter um grande espírito de humanidade. Um grande espírito de fraternidade e evitar o que mais grave possa acontecer. O País merece e os seus filhos, especialmente os que estão sem trabalho e sem um mínimo de subsistência, também.
Ao FMI e ao Governo em exercício e ao próximo, é necessário afirmar que não é de bom tom ignorar estas desigualdades: «A ignorância é a escuridão do espírito, e quanto maior é, menos se vê». Uma frase que nós gostaríamos que quer uns, quer outros, não esquecessem.
José de Viseu

jose ilidio pereira de vasconcelos

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