sexta-feira, 10 de junho de 2011

O NOSSO JULGAMENTO E O PODER DE LIMPAR PORTUGAL!

Assumindo eu a posição de promover a responsabilização dos políticos eleitos, pelos resultados negativos da governação e pelas condutas contrárias ao dever de servir o Bem comum, proponho que se usem os actuais instrumentos eleitorais, disponibilizados pelo regime partidocrático dos directórios elitistas!

Portugal, desde 1974, foi criando uma dívida pública a um ritmo constante, sobretudo acelerada com o uso dos fundos europeus, que serviu essencialmente para estabelecer uma nova burguesia política, controlada pelos aparelhos partidários governativos e instalada no Estado e instituições semi-públicas, entretanto criadas para alojar os chamados "boys" do regime, de modo a agilizar-se a canalização dos impostos para os grupos construtores das obras públicas!

Os directórios governativos alternantes criaram um autêntico sistema de lavagem do dinheiro público, extorquido ao povo eleitor, para alimentar uma classe corrupta de gananciosos, escandalosamente pagos, deixando-nos endividar irreversivelmente, por terem transmitido a ideia que estávamos a viver num oásis financeiro!

Nada fizeram para impedir o endividamento dos privados, a um nível superior ao do endividamento público, porque estavam entretidos na corrupção político-económica, exercitada pelo roubo e furto, para acumularem riqueza em grupos e pessoas escolhidas!

Resultado, temos uma dívida externa de mais de 500 000 000 000 de Euros, uma dívida pública de mais de 150 000 000 000 de Euros, as reservas de ouro do BdPortugal baixaram de 860 toneladas para 350 toneladas e só conseguimos produzir uma riqueza bruta anual de cerca de 160 000 000 000 de Euros (as estatísticas nacionais dão-nos um PIB = 164 000 000 000 de euros, mas as estatísticas internacionais dão-nos o valor de cerca de 247 000 000 000 de euros e representa o valor do rendimento nacional - salários e lucros)!

Quando já não podíamos fazer obra com os recursos financeiros do Estado, desenvolveram a estratégia das parcerias público-privadas, iniciada no mandato de Cavaco e Silva e que o actual governo usou em larga escala; resultado, os privados financiavam a construção e recebiam uma comparticipação pública anual na exploração da obra, calculada com base em utilizações muito acima das reais. Ou seja, um grupo económico constrói uma estrada ou um hospital e passa a receber do Estado por uma utilização que nunca acontecerá, mas garante um lucro dilatado! Os tais arranjos entre "boys" políticos e grupos económicos privilegiados, onde têm lugar os governantes que lhes deram a ganhar as parcerias!

A comunicação social, instrumentalizada por esses grupos económicos, convence os eleitores de que devem abster-se, para que os actuais partidos da governação só se confrontem com os votos dos eleitores que favoreceram com uma obra, um subsídio, ou um emprego; ou seja, está garantido o nível de votos religiosos e os que não se sentem favorecidos abstêm-se, para não influenciar os resultados das eleições!

Portanto, a posição esclarecida e o dever de informar os justos e sérios, conduz-me a aconselhar os eleitores insatisfeitos, que partilham do ideal de mudança para a democracia, a votarem massivamente nestas próximas eleições legislativas, para fazermos justiça popular contra a imoralidade, a corrupção e a desonestidade da elite dirigente. Pedimos o especial favor de serem mais espertos do que os imbecis que dirigem o País!

Votem e muito nas alternativas ao poder actual do triunvirato governativo de Portugal, que nos conduziram ao pior desastre governativo nacional, desde sempre! Mesmo que tenham de votar em ideologias contrárias ao vosso ideal, votem útil e inteligente, para higienizarmos o regime por um mandato e obrigarmos à regeneração ideológica dos partidos em que se acreditou; porque estão sempre a tempo de substituírem os que não se portarem correctamente com o povo que os sustenta!

Democracia é o poder do povo, das bases que elegem, contratam e pagam as cúpulas académicas, que só têm de respeitar os seus patrões e os verdadeiros accionistas de Portugal, que são os contribuintes e dão sentido à existência de um Estado servidor do povo. Logo, os funcionários públicos, onde se incluem políticos, só podem existir, enquanto respeitarem os interesses lícitos e comuns dos contribuintes privados!

Se não actuarem agora vão contribuir para o desastre final de Portugal, quando tivermos de pagar o terceiro financiamento de resgate internacional! Votem, pela purga do Estado, ou calem-se para sempre e sejam julgados pelos vossos filhos e netos, como cúmplices do estado do País que vão deixar-lhes e como obreiros da miséria a que os estão a condenar!

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