terça-feira, 7 de junho de 2011

AFASTADO DA POLÍTICA O PRIMEIRO-MINISTRO QUE DESMANTELOU PORTUGAL EM 6 ANOS

com olhos vermelhos, emocionado, Sócrates teve de largar o poder que o deixou "cego"

Seis anos, dois meses e 24 dias depois de ter chegado a primeiro-ministro, José Sócrates demitiu-se, depois de uma pesada derrota nas urnas. Sócrates garantiu ainda que não tenciona ocupar cargos políticos nos próximos tempos. Nem mesmo o lugar de deputado para o qual foi eleito. O PS vai agora - anunciou o líder socialista - realizar um congresso extraordinário, que será marcado em conselho nacional. Na sua intervenção, Sócrates desejou que este processo decorra "tão depressa quanto possível" e apelou a que os próximos tempos sejam de diálogo e de compromissos. "Nunca o país precisou tanto de diálogo e isso não muda com os resultados destas eleições", disse. José Sócrates assumiu alguns erros na sua governação. Era visível o desconforto dos socialistas com o resultado eleitoral. E o descontentamento foi sendo mais visível a cada pergunta dos jornalistas. Sempre que uma questão não agradava, os militantes apuparam em alto e bom som. A pergunta mais assobiada foi quando uma jornalista questionou Sócrates sobre se receia que esta derrota possa acelerar os processos judiciais em que está envolvido. Sócrates disse não perceber a questão e afirmou apenas que respeitará a separação de poderes (político e judicial).

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