sexta-feira, 22 de julho de 2011

REQUIEM POR UMA IMAGEM




Hoje, sobretudo para os jovens, olhar para esta foto pouco diz, para além de mostrar um homem e uma mulher completamente nus. Nomeadamente Maria Sheneider e Marlon Brando.Trata-se de uma imagem que correu mundo e foi extraída de um filme celebérrimo, "O último Tango em Paris", produzido em 1972. Tinha Maria 19 anos e Brando 48.

Antes de prosseguir, um lamento pelo desaparecimento precoce da actriz desta fita, que, tal como o actor comparte nesta peça, desapareceu agora do mundo dos vivos aos 58 anos.

Dizia então que ver este esta imagem hoje quase que nem desperta os nossos sentidos. Mas quem, como eu, teve oportunidade de ver este filme em 1974/75, sabe muito bem o que significou. Foi uma aragem nova que invadiu o nosso país. Foi o ver no ecrã o que não era possível de visionar em lado nenhum, a não ser na intimidade.

É interessante, porque o levantar do véu sobre o erotismo e o porno, na tela e até em revistas, em Portugal, começou exactamente aqui para a maioria da geração de 1940/50. Só quem por lá passou entenderá o que significou este filme.

Poderá parecer da minha parte arrogância, mas assumíamos sem preconceitos que gostávamos mesmo de visionar na tela filmes de mulheres nuas, quantas vezes de duvidosa qualidade.
Apesar de toda a liberdade de escolha, hoje, igualmente a esses tempos, o sexo continua a ser encarado como um tabu e, por outro lado, imaginariamente, muito menos saudável do que há quatro décadas atrás.

Quando vejo hoje o aumento brutal de violações e outras questões inerentes, como esta notícia aqui, fico a pensar que, afinal, a liberdade sexual serviu para muito pouco. Pelo contrário conduziu a um libertinismo indexado a patologias e condenável em todos os campos.

Talvez valha a pena pensar nisto.

LUIS FERNANDES

em viseu

Câmara filmava pessoas
na casa de banho do hospital

Dispositivo confundido com engenho explosivo levou a brigada de minas e armadilhas do PSP ao hospital

A Polícia de Segurança Pública de Viseu está a investigar a existência de uma câmara numa das muitas casas-de-banho que existem no Hospital de São Teotónio. As autoridades estão a tentar identificar o indivíduo que colocou o dispositivo, que poderá ter filmado as pessoas a fazerem as suas necessidades. Uma bomba! Terá sido isso que pensou uma funcionária da limpeza do Hospital de São Teotónio de Viseu quando encontrou um dispositivo de peque nas dimensões com diversos fios, que estava colado com fita adesiva junto a uma das sanitas de uma das casas-de-banho daquela unidade de saúde.
Alertada a Polícia de Segurança Pública de Viseu, foi envia do para o local a Equipa de Inactivação de Engenhos Explosivos, cujos elementos fizeram uma descoberta inesperada. Em vez de um engenho explosivo artesanal, os agentes encontraram aquilo que aparentava ser uma câmara de filmar, além de uma unidade de armazenamento, com ambos os aparelhos ligados através de fios, que também terão permitido descarregar as imagens para um computador ou outro tipo de dispositivo. O material foi todo apreendido.

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