sexta-feira, 10 de junho de 2011


SECÇÃO: Opinião

De Onde Viemos, Quem Somos e Para Onde Vamos
A Ponte de Salazar

A Companhia Portuguesa de Caminhos-de-Ferro, CP, foi uma empresa, do tamanho de Portugal.
Depois do 25 de Abril, todo o bicho careta virou olho vivo, começaram a maltratá-la dividindo-a em fracções, cognominando-as com nomes diversos ao sabor dos cangalheiros, e já nãom parece a mesma.
Aparentemente, se por um lado foi um modo de dividir para reinar, por outro, terá sido uma maneira de arranjar empregos bem remunerados e sem muito trabalho para uns tantos, quantas vezes, substituindo os bons pelos maus.
Um sistema, que não é inédito em Portugal, como forma de fazer esquecer a memória daqueles que no passado atribuíam às criações os nomes dos seus criadores, ou à memória de quem anteriormente o tenha merecido.
A primeira patada, e o maior absurdo, foi mudar o nome à ponte de Salazar, para “Ponte 25 de Abril”, sem se saber com que direito, e sem o aval do povo português.
A ponte foi inaugurada em 1966. O 25 de Abri, foi em 1974; que relação existiu entre uma coisa e a outra? Que motivo para lhe dar o nome de uma efeméride que viria a acontecer cerca de oito anos depois?
Só em Portugal!
Trabalhei na empresa durante 41 anos. Confesso que não fui um funcionário brilhante, nem posso dizer que não cometi erros, mas, dentro do possível, procurei sempre pôr ao serviço da empresa e de Portugal todo o meu saber e a humildade de bem servir, desafiando muitas vezes situações transcendentes à condição humana. A CP pagava-me para a servir, e não para dela me servir!
Para além do mais, a grandeza da empresa era grandeza dos ferroviários; parecia-nos que todo o mundo girava à volta dos Caminhos-de - Ferro, cá dentro e lá fora. Os Caminhos-de-Ferro, foram um sonho vivo, que se tornou realidade no mundo inteiro.
Foi uma vida de sacrifícios: meses de trinta dias sem descanso, dias e dias fora de casa e da família, trabalhos ora de dia ora de noite, refeições fora de horas, sonos tantas vezes passados em locais sem o mínimo de conforto, verdadeiras geladeiras no inverno e ardentes fornos no verão, sempre acompanhados da reca, - uma cama usada por muitos, feita com quatro ripas de madeira, umas cordas e um colchão de palha, - que, embora desconfortável para quem naquela época andava de lado em lado, era prática e funcional.
Claro que nem de perto nem de longe fui um herói, mas apenas um dos muitos que viveram e trabalharam nas mesmas condições, tiveram a mesma dedicação e como eu sofreram os mesmos revezes, quando a sorte nos era madrasta. Era uma vida dura e ao mesmo tempo aliciante: A vida sem sacrifícios, é o retrato da monotonia e não tem sabor.
Nem sempre a minha dedicação foi reconhecida. Porém, bastava-me o reconhecimento de mim próprio pelo dever cumprido, sem direito a qualquer outro benefício, que não fosse a garantia de um emprego, um salário no fim de cada mês e a garantia de uma pensão de reforma para os últimos anos de vida.
Embora me não tenham dado aquilo que por lei me era devido, passei à situação de reforma com a convicção de que os meus tormentos tinham acabado, e a esperança de uma vida estável e um descanso merecido começava.
Porém, agora, quando os anos já pesam e o corpo começa a sentir as mossas dos estilhaços, já não temos a certeza de nada, restando-nos a nostalgia dum passado glorioso que o charlatanismo ignóbil assaltou e destruiu. Só na região de Trás-os-montes e Alto Douro, 363 quilómetros de linhas foram encerrados. Após a sarrabulhada do 25 de Abri de 74, (de que o seu principal artífice já se arrependeu, ao dizer que se na ocasião soubesse o que sabe hoje não o teria feito), todo o sarrafaçal acorreu para tomar parte no banquete, pelo direito a um pedaço da carcaça dum leão agonizante.
Como nos Caminhos-de-Ferro, o mesmo acontece um pouco por todo o lado e em tudo onde a pobreza política põe as mãos. Actualmente, os assaltantes inventam o que não é preciso, não fazem o que nos faz falta, menosprezam o que se fez no passado, dizem o que não sentem, e esmurram-se para esconderem do povo que lhes serve de pódio, a incompetência que têm demonstrado, ao longo dos últimos 37 anos.
Como não têm capacidade para criar fontes de rendimento, vingam-se nos impostos, nem que apertem o pescoço a quem já não ganha para levar a vida com dignidade

Por José Guerra 17-04-11

PORTUGAL.....SEMPRE


Bairro 6 maio

PRESIDENCIA DA REPUBLICA

45 000€, por dia. É obra.


Ó meus Amigos,
o ‘Zé’ Mário Branco cantava, faz uns anitos já, assim – “Qual é a tua ó meu?...” E já agora… qual é a ‘vossa’?... Então fiquem-se lá com a ‘dele’… (a do senhor Silva…! [Jardim dixit ])

Fiquem bem… se for caso disso…




45 mil euros por dia para a Presidência da República.


As contas do Palácio de Belém


O DN descobriu que a Presidência da República custa 16 milhões de euros por ano

(163 vezes mais do que custava Ramalho Eanes), ou seja, 1,5 euros a cada português.
Dinheiro que, para além de pagar o salário de Cavaco, sustenta ainda os seus
12 assessores e 24 consultores,
bem como o restante pessoal que garante o funcionamento da Presidência da República.
A juntar a estas despesas, há ainda cerca de um milhão de euros de dinheiro dos contribuintes que todos os anos serve para pagar pensões e benefícios aos antigos presidentes.

Os 16 milhões de euros que são gastos anualmente pela Presidência da República colocam Cavaco Silva


entre os chefes de Estado que mais gastam em toda a Europa,


gastando o dobro do Rei Juan Carlos de Espanha (oito milhões de euros)


sendo apenas ultrapassado pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy (112 milhões de euros)


e pela Rainha de Inglaterra, Isabel II, que ‘custa’ 46,6 milhões de euros anuais.



E tem o senhor Aníbal Cavaco Silva,

a desfaçatez de nos vir dizer que –

“os sacrifícios são para ser ‘distribuídos’ por todos os portugueses”…


… ‘Atão’ tá bem ó meu! ...


(…? E não se pode ‘privatizar’ a Presidência da República ?...)





















O NOSSO JULGAMENTO E O PODER DE LIMPAR PORTUGAL!

Assumindo eu a posição de promover a responsabilização dos políticos eleitos, pelos resultados negativos da governação e pelas condutas contrárias ao dever de servir o Bem comum, proponho que se usem os actuais instrumentos eleitorais, disponibilizados pelo regime partidocrático dos directórios elitistas!

Portugal, desde 1974, foi criando uma dívida pública a um ritmo constante, sobretudo acelerada com o uso dos fundos europeus, que serviu essencialmente para estabelecer uma nova burguesia política, controlada pelos aparelhos partidários governativos e instalada no Estado e instituições semi-públicas, entretanto criadas para alojar os chamados "boys" do regime, de modo a agilizar-se a canalização dos impostos para os grupos construtores das obras públicas!

Os directórios governativos alternantes criaram um autêntico sistema de lavagem do dinheiro público, extorquido ao povo eleitor, para alimentar uma classe corrupta de gananciosos, escandalosamente pagos, deixando-nos endividar irreversivelmente, por terem transmitido a ideia que estávamos a viver num oásis financeiro!

Nada fizeram para impedir o endividamento dos privados, a um nível superior ao do endividamento público, porque estavam entretidos na corrupção político-económica, exercitada pelo roubo e furto, para acumularem riqueza em grupos e pessoas escolhidas!

Resultado, temos uma dívida externa de mais de 500 000 000 000 de Euros, uma dívida pública de mais de 150 000 000 000 de Euros, as reservas de ouro do BdPortugal baixaram de 860 toneladas para 350 toneladas e só conseguimos produzir uma riqueza bruta anual de cerca de 160 000 000 000 de Euros (as estatísticas nacionais dão-nos um PIB = 164 000 000 000 de euros, mas as estatísticas internacionais dão-nos o valor de cerca de 247 000 000 000 de euros e representa o valor do rendimento nacional - salários e lucros)!

Quando já não podíamos fazer obra com os recursos financeiros do Estado, desenvolveram a estratégia das parcerias público-privadas, iniciada no mandato de Cavaco e Silva e que o actual governo usou em larga escala; resultado, os privados financiavam a construção e recebiam uma comparticipação pública anual na exploração da obra, calculada com base em utilizações muito acima das reais. Ou seja, um grupo económico constrói uma estrada ou um hospital e passa a receber do Estado por uma utilização que nunca acontecerá, mas garante um lucro dilatado! Os tais arranjos entre "boys" políticos e grupos económicos privilegiados, onde têm lugar os governantes que lhes deram a ganhar as parcerias!

A comunicação social, instrumentalizada por esses grupos económicos, convence os eleitores de que devem abster-se, para que os actuais partidos da governação só se confrontem com os votos dos eleitores que favoreceram com uma obra, um subsídio, ou um emprego; ou seja, está garantido o nível de votos religiosos e os que não se sentem favorecidos abstêm-se, para não influenciar os resultados das eleições!

Portanto, a posição esclarecida e o dever de informar os justos e sérios, conduz-me a aconselhar os eleitores insatisfeitos, que partilham do ideal de mudança para a democracia, a votarem massivamente nestas próximas eleições legislativas, para fazermos justiça popular contra a imoralidade, a corrupção e a desonestidade da elite dirigente. Pedimos o especial favor de serem mais espertos do que os imbecis que dirigem o País!

Votem e muito nas alternativas ao poder actual do triunvirato governativo de Portugal, que nos conduziram ao pior desastre governativo nacional, desde sempre! Mesmo que tenham de votar em ideologias contrárias ao vosso ideal, votem útil e inteligente, para higienizarmos o regime por um mandato e obrigarmos à regeneração ideológica dos partidos em que se acreditou; porque estão sempre a tempo de substituírem os que não se portarem correctamente com o povo que os sustenta!

Democracia é o poder do povo, das bases que elegem, contratam e pagam as cúpulas académicas, que só têm de respeitar os seus patrões e os verdadeiros accionistas de Portugal, que são os contribuintes e dão sentido à existência de um Estado servidor do povo. Logo, os funcionários públicos, onde se incluem políticos, só podem existir, enquanto respeitarem os interesses lícitos e comuns dos contribuintes privados!

Se não actuarem agora vão contribuir para o desastre final de Portugal, quando tivermos de pagar o terceiro financiamento de resgate internacional! Votem, pela purga do Estado, ou calem-se para sempre e sejam julgados pelos vossos filhos e netos, como cúmplices do estado do País que vão deixar-lhes e como obreiros da miséria a que os estão a condenar!