quarta-feira, 16 de novembro de 2011


SÓ PORTUGAL ESTÁ EM RECESSÃO


Portugal é o único país europeu em recessão técnica, apresentando já quatro trimestres consecutivos em queda, de acordo com dados ontem divulgados.

Segundo o gabinete de estatísticas da União Europeia (Eurostat), o produto interno bruto (PIB) português desce desde o último trimestre de 2010 (-0,5 por cento), tendência mantida nos 1.º (-0,6) e 2.º (-0,1) trimestres deste ano.

Para o 3.º trimestre de 2011, o Eurostat estima uma variação negativa de 0,4 por cento do PIB.
Nos restantes países para os quais existem dados, com excepção da Grécia, nenhum apresenta variações em cadeia do PIB negativas nos 2.º e 3.º trimestres do ano, pelo que mais nenhuma economia se encontra em recessão técnica.

Na semana passada, Bruxelas estimou, nas suas previsões de Outono, que Portugal registe uma recessão de três por cento do PIB em 2012, um cenário mais pessimista do que o do Governo, que aponta para -2,8 por cento, bem como uma descida do PIB de 1,9 por cento este ano


PJ investiga autarca de Matosinhos

Narciso Miranda de novo suspeito de desviar dinheiro





PJ investiga autarca de Matosinhos

Narciso Miranda de novo suspeito de desviar dinheiro

31.10.2011 - 11:07 Por Mariana Oliveira

O vereador de Matosinhos está a ser investigado pela PJ (Nuno Ferreira Santos)

Narciso Miranda, ex-presidente da Câmara de Matosinhos e actual vereador sem pelouro da mesma autarquia, está a ser investigado pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeita de ter usado esquemas para se apropriar ilicitamente de milhares de euros da Associação de Socorros Mútuos de São Mamede de Infesta (ASM), à qual presidiu até Março passado.


No final de Fevereiro, o autarca foi confrontado com irregularidades detectadas por membros da sua direcção, que incluíam a realização de despesas sem o conhecimento da restante administração, o uso do cartão da associação para pagar despesas particulares, a entrega de negócios a empresas em que era sócio-gerente ou que eram detidas por familiares directos (omitindo estas ligações aos colegas) e a alteração de actas das reuniões.

Isso mesmo consta da acta de uma reunião a que o PÚBLICO teve acesso e que originou a demissão de Narciso e, mais tarde, em Maio, uma denúncia à PJ. Oficialmente, porém, Narciso Miranda justificou o seu afastamento pelo "envolvimento noutros projectos" e por questões de "ordem pessoal". Em Setembro, já depois de iniciada uma auditoria, ainda não concluída, foi feita uma participação-crime ao Ministério Público de Matosinhos por burla, visando Narciso Miranda, uma das suas filhas e um empresário amigo e apoiante político.

Neste momento a associação ainda está a fazer o levantamento de eventuais ilegalidades, prevendo apresentar nos próximos meses mais participações-crime contra o autarca. "Toda a gente tem direito à sua defesa, mas nunca apresentei uma participação criminal contra alguém sem acreditar no seu teor", sublinha o advogado da associação, Pedro Tabuada. O representante faz questão de explicar que foi candidato à presidência de uma junta de freguesia de Matosinhos nas últimas autárquicas nas listas do movimento liderado por Narciso Miranda, mas diz-se desiludido e enganado pelo autarca.

Uma das situações participadas à polícia diz respeito a milhares de requisições de exames médicos (vulgarmente conhecidas como P1) facturados à associação, que detém convenções com a Administração Regional de Saúde do Norte, mas que não foram realizados naquela instituição. "São de cidadãos que os fizeram em outras empresas/instituições/clínicas", lê-se numa carta enviada pela associação pedindo responsabilidades a Narciso Miranda. E acrescenta-se: "Desconhecemos completamente e duvidamos da legalidade desta actuação, que tememos seja violadora das convenções que temos com a administração regional de saúde". Tal foi feito por intermédio de uma empresa, a Egusalis, administrada por um amigo e apoiantes de Narciso, que fizera um contrato de prestação de serviços na área da medicina com a ASM, disponibilizando equipamentos e funcionário à mutualista que, assim, alargava a oferta de serviços. A empresa ficava com 95% do valor cobrado pelos exames aos utentes e à ARS Norte e pagava uma renda de 750 euros mensais pelo espaço ocupado na sede da mutualista e ainda dava 5% do volume de facturação à associação.

Confrontado com este esquema, Narciso Miranda - que o PÚBLICO tentou ontem contactar sem sucesso - negou numa carta desconhecê-lo e alguma vez o ter autorizado.

Em Junho deste ano, a PJ fez buscas na casa de Narciso Miranda e na sede de uma associação, criada em 2008, para disputar a presidência da Câmara de Matosinhos (que liderou durante 29 anos). Neste caso, a PJ suspeita de que Narciso se apropriou ilicitamente de 30 mil euros, facto que o visado nega. Esta investigação prossegue actualmente.

O alcoviteiro da corda

(separados à nascença)









Paula Teixeira da Cruz está há quatro meses no Governo e já demonstrou bem que quer transformar a justiça que temos numa Justiça a sério.

Esta atitude suscita naturalmente resistências, incompreensões e bloqueios, as mais das vezes decorrentes de interesses instalados que singram no clima de descontrolo e de laissez faire que até agora se viveu também no sector da Justiça.

O que se não sabia é que o imperativo reformista da ministra podia também gerar reacções javardas, boçais e torpes.

Percebo bem que a muitos não interesse a reorganização do mapa judiciário, a revisão das regras sobre prescrição, a limitação dos recursos, a simplificação do processo cível, a limitação do exagerado número de testemunhas, e por aí fora. O que já não percebo é como é que pode um sujeito que exerce as funções de bastonário da Ordem dos Advogados, insultar a ministra da Justiça, chamando-a de “peixeira”, e fazer alcovitices de saiote, para mais falsas, sobre a sua vida privada, assim enlameando a própria associação profissional que deveria representar, quando nenhuma – repito, nenhuma – declaração desta (ver caixa) poderia legitimar tal reacção.

É claro que a determinação de Paula Teixeira da Cruz em por cobro aos abusos do sistema e, em particular, às irregularidades que grassam actualmente no apoio judiciário, que custa anualmente aos contribuintes mais de 50 milhões de euros e se processa sem qualquer controlo, para já não referir a sua intenção de acabar com o caso único e injustificado do financiamento de uma ordem profissional com verbas subtraídas às taxas (de justiça) pagas pelos cidadãos (o que, só em 2010, rendeu ao dr. marinho 1,7 milhões de euros), mexe bem com quem se habituou a abusar do desvio de dinheiros públicos e até se faz pagar com estes.

Dito isto, já que Marinho Pinto resolveu uma vez mais abrir a cloaca, que diria o energúmeno se lhe chamassem desbocado, labrego, grosseiro, patife, calhordas, burro, otário, pançudo, azeiteiro, indrominado, mentiroso, pacóvio, chincheiro, esfoçador, palerma, safardana, patego, safado, caifaz, trapaceiro, aldruba, estafermo, bronco, palonso, idiota, pateta, imbecil, nódoa, borra-botas, bode, taberneiro, estúpido, peixeiro, bacoco, artista, coxo, pataroco, chéché, paloio, esponja, bimbo, aborto, parlapatão, copofone, jacobino, chalado, choné, fagulheiro, nhurro, piteiro, má rolha, vendido, zaragateiro, carunfa, bronco, chibato, destabado, camelo, matreco, biltre, foleiro, enfim, canalha?

INUNDAÇÕES NA TAILÂNDIA: RECOMENDA-SE A LEITURA DO INSERIDO A SEGUIR

Les Uns et les Autres

As cheias têm dominado e ocupado quer as notícias quer as cabeças de todos no país com especial foco em Bangkok

A NOVA CP: "CLARO QUE TEM DE HAVER LUGARES PARA OS "AMIGOS"



O jornalista escreve o artigo abaixo do tracejado, de forma inteligente mas não isenta.
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Começa por apontar as tropelias dos boys nas administrações destas empresas públicas (o que é totalmente verdade !), mas escamoteia muito bem as mordomias e os altos salarios que os sindicatos conseguiram para a totalidade dos trabalhadores. O seu salário médio mensal é de 3.500 euros!!!
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A solução será mesmo uma varridela de cima a baixo, como faria um investidor privado que comprasse hoje estas empresas falidas.



Os trabalhadores da CP têm vencimentos anuais muito acima da média portuguesa.

Inúmeras más despesas públicas na CP

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A «Nova CP» Claro que tem de haver lugares para os "amigos".....
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* Por Henrique Custódio, jornalista*
* O Ferroviário, boletim do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF), consultou as fontes da própria CP (designadas «Balanços Sociais da CP, REFER e EMEF») e apresentou resultados comparados entre 1992 (último ano da existência da CP como empresa pública) e 2008 (onde a CP está desmembrada e semi-privatizada em três empresas, CP+REFER+EMEF).*

*As comparações são chocantes.*

* Em termos de efectivos globais, desde 1992 até 2008 o número de trabalhadores diminuiu 10.218 em todas as áreas, à excepção do núcleo dirigente, onde houve um aumento de 11 gestores e 502 quadros superiores.*

* Daqui resultou que a relação trabalhador/quadro superior, que em 1992 era de 35 para 1, passou em 2008 a ser de 9 para 1... *


*O SNTSF não hesita em assinalar que, na actual CP semi-privatizada e desmembrada, «reduz-se na área da produção para dar lugar, em muitos casos, aos "boys" dos diversos governos».*


* Quanto às despesas com pessoal, as assimetrias tornaram-se também abissais: entre 1992 e 2008 os custos com gestores cresceram 110%, enquanto com os restantes trabalhadores (onde se incluem os quadros superiores) cresceram apenas 23%. *

* «Por isso as assimetrias se acentuam e os trabalhadores vêem as injustiças a crescer», frisa o Sindicato.*

* Mas o pior de tudo é que, ao contrário do que prometeram, os resultados não melhoraram, antes pelo contrário: *

* Hoje, as empresas divididas custam muito mais ao erário público do que em 1992, quando a CP era única no sector. *

* Os números não enganam e são arrasadores: *

* Em 1992, a CP tinha um défice acumulado de 178.048.602,87 euros (cerca de 178 milhões de euros); em 2008, o conjunto das três empresas (CP+REFER+EMEF) atingiram o défice acumulado de 433.202.416,46 euros (cerca de 433 milhões de euros), ou seja, entre 1992 e 2008 a CP aumentou quase duas vezes e meia o seu défice acumulado.*

* Todos nos lembramos da argumentação expendida pelos governantes da altura (como sempre, do PS ou do
PSD/CDS), para justificar o desmembramento da CP em três empresas e decorrente entrega aos privados dos segmentos lucrativos: era imprescindível reduzir o défice da CP, a par de rentabilizar e agilizar o transporte ferroviário em Portugal. *

* O resultado está à vista:*
* O défice da CP passou, em 15 anos, para quase o triplo, o transporte ferroviário degradou-se, «encurtando» com a supressão regular de linhas e ramais, deixou de servir populações inteiras e vastas regiões porque a sua componente «privada» passou a privilegiar as linhas imediatamente rentáveis e a subalternizar ou a abandonar o que fosse «apenas» estratégico e de interesse público, tanto para as pessoas como para a economia e o desenvolvimento nacional - enfim, o transporte ferroviário, por definição mais económico, sustentado e ecológico foi sendo paulatinamente substituído pelo transporte rodoviário, muito mais caro e poluente.*

* A componente pública que se manteve na «nova CP» - fragmentada e semi-privatizada - tem servido para três coisas:*


* Para canalizar os dinheiros públicos, que por sua vez irão cobrir todos os défices, desmandos e investimentos necessários às explorações rentáveis e entregues de mão beijada aos privados e, finalmente, para alimentar a multidão de «amigos» dos sucessivos governos e governantes, por ali acomodados entre uma tão crescente legião de «gestores e quadros superiores» que, actualmente, o rácio já é de um desses quadros por nove trabalhadores... »*

Banca

Milhões desviados para andares de luxo

Presidente do Banco Espírito Santo Angola, Álvaro Sobrinho, foi interrogado pelo juiz Carlos Alexandre e constituído arguido. É suspeito de burla e branqueamento de capitais


Por:Tânia Laranjo/ Miguel Alexandre Ganhão com S.T.




Golpes de Estado na Grécia e na Itália

Posted: 15 Nov 2011 03:41 AM PST

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bém é membro d
Golpe de Estado: tomada inesperada do poder governamental pela força e sem a participação do povo. (Dicionário Houaiss)




A banca no poder, ou o poder da banca.


As substituições de Georges Papandreou por Lucas Papademos e de Berlusconi por Mario Monti foram na realidade dois golpes de estado de um um novo género, sem tiros, sem sangue, orquestrados pelos mercados financeiros.


O método é simples: criar uma enorme pressão sobre as taxas de juros das dívidas dos países visados, o que desencadeia uma enorme instabilidade política e por fim, apresentar um tecnocrata para tomar conta dos destinos do país.


Estes golpes de estado não são perpetrados por um grupo político ou pelas forças armadas. As mudanças de chefias políticas são apresentadas como uma necessidade em consequência da engrenagem da desconfiança dos mercados sobre a capacidade de certos países em pagas as dívidas.


Ultrapassando as instâncias democráticas dos respectivos países, são então instalados no poder pessoas ligadas aos grandes grupos financeiros mundiais. Mario Monti está ligado ao Goldman Sachs, assim como Mario Draghi recentemente eleito presidente do Banco Central Europeu. Lucas Papademos foi governador do Banco da Grécia durante a falsificação da dívida grega pelo Golman Sachs. Todos são membros da Comissão Trilateral ou do clube de Bilderberg.


Actualmente, os lugares-chave do poder na Europa estão nas mãos do Goldman Sachs. Como chegaram a esses cargos? Com que meios e com que fim? Salvar os Estados Unidos à custa dos europeus?



E Portugal?


Em Portugal, daqui por umas semanas ou meses, pode muito bem vir a acontecer o mesmo. Perante a fraca liderança de Passos Coelho e a fraca alternativa política de António José Seguro, e com o crescente agravamento da crise financeira portuguesa, pode vir a ser imposto a Portugal um homem de confiança da banca.


Esse homem poderá ser António Borges. Tem todos os requisitos: para além de ter sido vice-governador do Banco de Portugal, é actualmente director do Departamento Europeu do Fundo Monetário Internacional e sobretudo foi vice-presidente do Conselho de Administração do Banco Goldman Sachs International em Londres, entre 2000 e 2008.

António Borges é membro do clube de Bilderberg, tendo participado nas reuniões de 1997 e de 2002. Tama Comissão Trilateral.