terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Concentração para angariar moedas para Cavaco Silva

Imagem: PAULO CORDEIRO/LUSA

A ação, que segundo os promotores – os blogues Arrastão e Jugular, além de Paulo Querido, a nível individual – pretendia ser uma ‘Flash Mob’ (mobilização espontânea), está marcada para às 17:30. “É uma iniciativa que tem a ver com as palavras do Presidente da República acerca das suas reformas e da sua pretensa insolvência e incapacidade de se sustentar ou de pagar as suas contas”, disse Pedro Vieira, do blogue Arrastão, à Agência Lusa.

O Presidente da República, Cavaco Silva, disse na sexta-feira no Porto que aquilo que vai receber como reformas “quase de certeza que não chegar para pagar” as suas despesas, valendo-lhe as poupanças que fez, com a mulher, ao longo da vida.

Classificando tais declarações como “indignas”, Pedro Vieira defende uma resposta num registo diferente, que se pretende criativo e satírico.

“Pedimos às pessoas que cada um traga a sua moeda, independente do valor, para ajudarmos o Presidente da República”, continuou, lembrando que o povo português tem uma tradição solidária, tendo ao longo da História sabido unir-se em favor dos outros.

As moedas recolhidas serão, segundo Pedro Vieira, dadas em mão a alguém da Casa Civil do Presidente ou, em alternativa, entregues a um guarda da GNR de serviço à porta do palácio.

Para o caso de nenhuma possibilidade funcionar, resta ao promotores abrir uma conta na Caixa Geral de Depósitos em nome de Aníbal Cavaco Silva, referiu Vieira, admitindo que, numa outra fase, os portugueses venham ainda a vestir-se de branco pelo Presidente da República.

“Aníbal Cavaco Silva precisa claramente de ser ajudado em termos económicos e de raciocínio e de comunicação, porque de facto para uma pessoa que ocupa o primeiro cargo da Nação parece estar a atravessar algumas dificuldades”, adiantou à Agência Lusa.

O Presidente da República esclareceu hoje à Agência Lusa que, com as declarações que proferiu sobre as suas pensões, apenas quis ilustrar que acompanha a situação dos portugueses que atravessam dificuldades, não tendo sido seu propósito eximir-se dos sacrifícios.

“Não foi obviamente meu propósito eximir-me aos sacrifícios que os portugueses estão a fazer nos dias de hoje, tendo mesmo insistido que o meu caso pessoal não estava em questão”, refere o chefe de Estado numa declaração escrita à Agência Lusa, em resposta às questões colocadas sobre as declarações que proferiu na sexta-feira acerca das suas pensões.

Lusa

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