quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Pôr na ordem os higieno-fascistas

Posted: 10 Jan 2012 07:49 AM PST

.Ninguém no seu perfeito juízo pode andar a pagar ordenados e outros custos para uns tantos higieno-fascistas afogarem as suas frustrações em leis e projectos fundamentalistas que são atentados às liberdades, como é o caso das revisão da lei do tabaco.
Há políticos, com o ministro da Saúde à cabeça, que alinham no jogo desses higieno-fascistas e tentam dessa maneira ficar na fotografia como meninos fundamentalistas muito bem-comportados, politicamente correctos e macaquinhos de imitação de toda a idiotice que nasce nos Estados Unidos e rapidamente atinge esta pobre Europa decadente.

Vir agora, neste ano desgraçado de 2012, falar numa revisão da lei do tabaco com o objectivo de impedir o fumo em todos os espaços fechados é, mais do que um atentado à inteligência, um atentado à economia e ao emprego.

Uma senhora, nomeada por Paulo Macedo para esta tarefa patriótica, confessa que o seu modelo é o de Nova Iorque e a seguir o irlandês. No primeiro impede-se o fumo em parques e jardins públicos, no segundo só os doentes mentais e os presos podem fumar em espaços fechados.

Este texto de António Ribeiro Ferreira, no "Jornal i", expressa bem o fascismo normativo da nossa sociedade.

O Estado não tem o direito de dizer o que devemos comer, beber ou fumar, porque faz parte da liberdade individual de cada um. Isto claro, a partir do momento que as nossas acções não prejudiquem terceiros.

É com base no chamado "interesse público" que o Estado se permite invadir o direito de propriedade de um restaurante privado, alegando falsamente que seu espaço é público. Esse restaurante, bar ou discoteca deveria poder decidir se autoriza que se possa fumar no seu estabelecimento, sendo que os não-fumadores têm a liberdade de não o frequentar. Da mesma forma os fumadores podem não frequentar os estabelecimentos onde não poderão fumar. Casos há em que ambos poderão conviver se assim o desejarem.

Estas campanhas agressivas de limitação e normalização dos direitos individuais, apresentadas como leis justas que promovem o bem estar, é mais um passo. Já se fala em proibição de fumar na rua em frente a um restaurante, depois será nos nossos próprios caro e virá o dia em que seremos inspeccionados nas nossas casas onde também será proibido fumar.

Após este balão de ensaio, o Estado, sempre em nome do nosso bem-estar, irá legislar sobre a nossa alimentação, os nossos gostos, os nossos passatempos, a nossa rede de amigos,...


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