quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Abusos
Predador da TVI fez pelo menos 12 vítimas
Toda a história do homem suspeito de abusar de 12 crianças.
Por:Tânia Laranjo/ Ana Isabel Fonseca/ Francisco Manuel
Henrique Jales, de 42 anos, tinha um lado que ninguém conhecia. Quando estava ao computador, o funcionário da Direcção Comercial da TVI abordava as menores, seduzia-as e levava-as a enviarem-lhe fotos e vídeos de cariz sexual. Depois vinham os encontros forçados, que acabavam sempre em violação. É suspeito de ter abusado de pelo menos dez meninas na zona de Lisboa, que conheceu no Facebook – e que se juntam a dois casos já conhecidos no Norte do País. A maioria das vítimas tem entre 11 e 13 anos.
O suspeito, detido em Junho do ano passado, já foi formalmente acusado pelo Ministério Público de Santa Maria da Feira pelos crimes que cometeu no Norte: o último ocorreu em Abril de 2011 e levou à sua prisão. Para os restantes abusos, cujas denúncias surgiram apenas após a detenção do predador ser anunciada pela PJ, foram extraídas certidões. A maioria dos crimes deverá ser julgada em Oeiras, localidade onde o predador residia e onde terá cometido a maioria dos abusos.
O processo principal está neste momento nas mãos do juiz de Santa Maria da Feira, mas ainda não há data para o início do julgamento, uma vez que Henrique Jales pediu uma alteração da medida de coacção.
O predador foi detido após ter abusado de uma menina de 13 anos, em Santa Maria da Feira. Conheceu-a em Abril do ano passado, disse ser mais novo e começou a seduzi-la. Entre longas conversas no Facebook, convenceu-a a despir-se para a câmara e filmou tudo. Depois, viajou até à cidade onde a menina residia e forçou-a a contactos sexuais, sob a ameaça de que iria divulgar o vídeo. Os abusos duraram três meses, e apenas cessaram depois de a mãe da menor ter encontrado mensagens do predador sexual no telemóvel da filha.
A PJ suspeitou de imediato de que deveria haver mais vítimas, uma vez que no computador Henrique Jales tinha várias fotografias de meninas despidas. As queixas começaram a chegar à PJ nas semanas seguintes.
Muitas das meninas apenas conseguiram identificar o predador quando o caso foi noticiado. Perceberam que tinham sido alvo exactamente do mesmo tipo esquema.
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