sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Triplo homicídio em Beja

Suspeito de triplo homicídio morreu enforcado com lençóis na prisão

Francisco Esperança foi encontrado morto na madrugada de sexta-feira. O suspeito tinha sido apresentado ao Tribunal de Beja na quarta-feira e transferido para Lisboa na quinta-feira. Francisco Esperança foi encontrado morto na madrugada de sexta-feira. O suspeito tinha sido apresentado ao Tribunal de Beja na quarta-feira e transferido para Lisboa na quinta-feira. Imagem: LUSA/NUNO VEIGA

O homem suspeito de ter assassinado a mulher, a filha e a neta, em Beja, foi hoje encontrado morto na cela onde estava detido no Estabelecimento Prisional de Lisboa, disse à agência Lusa fonte da PSP.

Segundo a mesma fonte, o homem “enforcou-se com os lençóis da sua cela entre as 22h00 [de quinta-feira] e a 01h00 [de hoje]”.
Fonte da PSP indicou igualmente que o homem foi encontrado morto já perto das 02h00.

Francisco Esperança, um antigo bancário de Beja de 59 anos, foi detido por suspeita de ter assassinado à catanada a mulher, a neta e a filha e mantido os corpos em casa durante uma semana.

Detido em Beja, foi transferido na quinta-feira para uma prisão de Lisboa, porque as autoridades tinham receio de que os outros detidos se vingassem.
O homem, que já tinha cumprido pena de prisão por um desfalque no banco onde trabalhou, incorria numa pena entre 12 e 25 anos de prisão por cada um dos três crimes de homicídio.

Em cúmulo jurídico, o alegado homicida nunca poderia ser condenado a pena que ultrapasse os 25 anos de prisão.

O alegado homicida foi detido na segunda-feira à noite na sua casa, em Beja, sem oferecer resistência.

Após a detenção, elementos da PSP entraram na casa, na rua de Moçambique, onde encontraram os cadáveres da mulher, de 53 anos, da filha, de 28, e da neta, de quatro, cujos funerais foram realizados na quarta-feira.

Fontes policiais avançaram que os crimes terão sido cometidos há cerca de uma semana e que o alegado autor do triplo homicídio também "matou todos os animais" domésticos que tinha em casa, nomeadamente um cão e um gato.

As fontes confirmaram à Lusa que as vítimas foram degoladas com "golpes profundos" na zona do pescoço.

Segundo as mesmas fontes, após ter cometido os crimes, o homem terá feito aparentemente "uma vida normal", uma vez que foi visto várias vezes nas ruas da cidade.

Advogada oficiosa pediu dispensa

Na quinta-feira, a advogada oficiosa nomeada para defender o homem de 59 anos pediu a dispensa de exercer a defesa do alegado homicida. Gabriela Prazeres não adiantou os motivos para a sua decisão, justificou a opção com "razões sigilosas e que estão ao abrigo do segredo profissional".

A advogada assistiu na quarta-feira ao interrogatório do suspeito pelo juiz de instrução criminal, no Tribunal de Beja, que lhe decretou a prisão preventiva.

Notícia em atualização

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