sexta-feira, 2 de março de 2012

02 de Março de 2012, 07:46

  • ESTA PAÍS NÃO É PARA VELHOS

Saúde

Mortes em excesso "por todas as causas" ultrapassaram as seis mil em duas semanas

A mortalidade em excesso "por todas as causas" atingiu na semana passada os 3.080 óbitos, aumentando para 6.110 os números das duas últimas semanas, revelam dados oficiais.

mortalidade em excesso "por todas as causas" atingiu principalmente os idosos com 75 ou mais anos. O número de mortes fixou-se nos 3.080 na semana de 20 a 26 de fevereiro. Imagem: AFP/Pascal Pavani

Em declarações à agência Lusa, Baltazar Nunes, técnico do Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), disse que na última semana, de 20 a 26 de fevereiro, a mortalidade "por todas as causas", manteve valores acima do esperado. Entre idosos com 75 ou mais anos, fixou-se nos 3.080 óbitos.

Na semana anterior, de 13 a 19 de fevereiro, o número de mortes, em idênticas circunstâncias, situou-se nos 3.030, fundamentalmente entre idosos, adiantou a fonte, ressalvando que os dados estão sujeitos a constantes alterações, uma vez que são atualizados permanentemente.

Semanalmente, todas as quintas-feiras, o INSA divulga no seu portal o boletim da gripe, com estatísticas sobre a mortalidade "por todas as causas", com valor acima do esperado.

De acordo com os dados publicados na quinta-feira, a atividade gripal passou, na semana passada, de moderada para alta, com tendência crescente.

Segundo o boletim, foram identificados, entre 20 e 26 de fevereiro, 24 casos onde foi detetado o vírus gripal do tipo A, 16 dos quais do subtipo H3. A taxa de incidência mais elevada registou-se nos idosos com 65 ou mais anos.

Na segunda-feira, o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge anunciou, em comunicado, uma investigação "em profundidade" aos motivos associados ao excesso de mortalidade, em articulação com a Direção-Geral da Saúde.

Muito embora, admitiu que o aumento da mortalidade "está muito possivelmente associado ao período de frio e à circulação de agentes infeciosos respiratórios que ocorreu em simultâneo".

O período para o "apuramento epidemiológico e estatístico mais exaustivo" dos óbitos registados é estimado pelo INSA em pelo menos seis meses, por estar "condicionado à disponibilidade da mortalidade por causa específica".

O diretor-geral da Saúde, Francisco George, informou na quinta-feira que está a ser investigada uma eventual mutação do vírus da gripe que possa explicar o aumento recente da mortalidade.

Para o responsável, os atuais valores de mortalidade são muito semelhantes àqueles que se verificaram nas épocas gripais de 2008/2009 e de 1998/1999.

Para setembro de 2012 está prometido o início do registo on-line dos óbitos, permitindo o seu rápido e permanente acompanhamento, bem como das suas causas, adiantou.

Agência Lusa

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

Comentários

· ZE LIDUINO

VIVA PASSOS ESUA AUSTERIDADE OS mortes sao grande fonte receita para oestado menos reformas ainda mais valias para os que ca ficam

Comentário enviado em 2012-03-02 às 10:59:02

· pt

O sr. diretor-geral da Saúde, Francisco George, deixe lá as investigações, todos sabemos explicar o aumento recente da mortalidade! Não gastem mais dinheiro mal gasto!

Comentário enviado em 2012-03-02 às 10:59:00

· Isa

Talvez a falta de meios, médicos e de acesso á saúde por parte das pessoas esteja na origem deste problema! Não existem médicos de saúde que possam diagnosticar e prevenir certos problemas de saúde que poderiam previnir muitas mortes!

Comentário enviado em 2012-03-02 às 10:56:15

· Tigershark283

Bom, visto a frio á que eliminar alguns reformados e alguns doentes "mais dispendiosos". Como? sem parecer mal...fecho de Hospitais, falta de medicamentos, fora com horas extras dos medicos, logo listas de espera longas para doentes sem tempo. etc

Comentário enviado em 2012-03-02 às 10:55:24

· JP.

Ó Guru e quem é que em seis anos de governo aumentou a divida Portuguesa em setenta mil milhões de euros , não foi o sr. que está em Paris a estudar á sua conta e que se chama Socrates

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