domingo, 29 de julho de 2012

A ideologia dominante e a venda do pavilhão Atlântico

A notícia da venda do pavilhão Atlântico por 21,2 milhões de euros (tinha custado 50 milhões) voltou a revelar não apenas a conhecida iliteracia económica, que caracteriza a sociedade portuguesa e é particularmente marcada entre os estratos mais letrados, mas também a profunda desconfiança para com os empreendedores que têm a audácia (o desplante?) de pretender lucrar com os seus investimentos.

O João Miranda imputa este fenómeno ao que designa por "
Falta de capacidade de julgamento" e procura desmontar o raciocínio falacioso segundo o qual, pelo facto de a estrutura ter custado 50 milhões, vendê-la agora por pouco mais de 21 milhões "só pode ser um negócio ruinoso" para o Estado (e, por arrasto, para "todos nós"). Puro engano. "[N]ote-se que o que foi ruinoso não foi a venda do Pavilhão Atlântico. Ruinosa foi a decisão de o construir."

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