domingo, 8 de julho de 2012


Manuel Amaro Bernardo.



Pátria que fui incumbido de defender

Aditamento de Manuel Amaro Bernardo (Cor. Ref. N.º Mec 514 030 11)


1.Este oficial general da Marinha tem toda a razão quando diz que “uns são filhos e outros enteados”.

Então como se pode explicar que outros profissionais do Estado não vejam os seus subsídios de Natal e de Férias cortados, como é o caso dos funcionários do Banco de Portugal?

Os elementos desta instituição responsável (ou co-responsável) pela falta de controle da dívida pública e das contas do Estado que levou à deprimente situação actual de Portugal ainda recebem esse bónus pela incompetência manifestada?

Parece que Sua Ex.ª o Presidente da República tem algum complexo por ser pensionista de tal organismo…

2.Eu pertenço a uma geração de militares (72/80 anos de idade) que fez toda a guerra de África durante 14 anos (1961-74), cumprindo quatro comissões por escala (imposição) de dois anos cada. Assim a saúde depauperada resultante de tal experiência passa a fazer-se sentir. Ainda na semana passada acompanhei os funerais de quatro amigos oficiais ex-combatentes (3 do QP e um miliciano) na maioria DFA (Deficientes das Forças Armadas)…

Mas não é o “apertar do cinto”, com todas estas medidas restritivas impostas que afectam sobremaneira os militares profissionais, habituados a enfrentar períodos críticos e difíceis. O que mais os escandaliza são as injustiças praticadas com a implementação de tais excepções a determinados grupos ou instituições, como o referido em 1. Em países da União Europeia têm-se visto os responsáveis políticos darem o exemplo em relação a tais medidas incómodas. Espero que aqui aconteça o mesmo e que não permitam qualquer tipo de excepções, seja a quem for. Julgo que ainda estão a tempo de corrigirem os erros cometidos…

Aliás foram as injustiças então existentes e a resolução do conflito ultramarino que levou a instituição militar a montar uma democracia em Portugal em 1974/75 (plena a partir de 1982) e, de acordo com a Constituição, lembra-se que essas FAs são, em situação de crise extrema, os responsáveis por manter o “regular funcionamento das instituições democráticas”

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