sábado, 4 de agosto de 2012

A UE é a culpada da má gestão dos que nos desgovernam. Oferece dinheiro para investir... sem instruções!!!!

Posted: 02 Aug 2012 01:22 AM PDT

Os responsáveis, mas impunes, pela construção irresponsável, ruinosa e inútil que se espalhou pelo país, desculpam-se que a culpa foi da UE pois incentivou a construção e disponibilizou fundos para esse efeito.!!?? Argumento brilhante...
Ora se alguém usa mal o dinheiro que lhe dão, a culpa é de quem o deu, não de quem o usou mal? Se alguém dá dinheiro para desenvolver um país e esse dinheiro é usado para causar mais despesismo e monstros inúteis, a culpa é de quem o deu, porque devia ter dado instruções de uso!!! "Como rentabilizar investimentos?" ... É o livro que a UE deve oferecer aos nossos pseudo gestores da "treta", sempre que lhes passa dinheiro para a mão e os manda investir.

Paulo Campos, a ser investigado, por lesar o estado em muitos milhões, usou esta mesma desculpa...
A UE é que mandou construir... defende-se, quando lhe perguntam se não achou ruinoso tanta construção no meio de uma grave crise:
Mas não terá sido uma aventura avançar com novas concessões no meio de uma grave crise?
"Sabíamos que teriam impacto financeiro, mas os ganhos que introduzimos no sistema eram superiores a esse sobrecusto", sustenta Campos, defendendo a governação com as "orientações e decisões recebidas da União Europeia": "naquela altura [dizia a UE] devia ser colocado no terreno investimento público para substituir o falhanço do investimento privado". Público

Já um autarca, citado no artigo em baixo, usa a mesma desculpa:
"Domingos Torrão garante que a culpa de tantas obras é de Bruxelas: “Agora é fácil apontar o dedo aos autarcas, mas há uns anos éramos empurrados pela União Europeia para que fizéssemos determinados investimentos”, recorda."

Estes senhores esquecem é que a UE disponibilizou fundos e incentivou a construção para promover determinados sectores da economia e colmatar falhas no sector social.
Talvez a UE nunca esperasse que o dinheiro fosse usado de forma inútil e despesista.
A UE nunca supôs que estivessem pessoas irresponsáveis e incompetentes, a decidir o que era prioritário e o que era inútil. Pessoas que optaram por investir em Obras que não trouxeram benefícios ao povo carecido de infraestruturas que os apoiem, em vez de infraestruturas megalómanas e descontextualizadas.
Citando uma autarca ainda no artigo em baixo... não se deve construir um campo de futebol se não temos pessoas para a equipa.
Não se deve construir centros de lazer e cultura quando as pessoas precisam de escolas, lares, creches, casas sociais, e incentivos para aumentar a competitividade da economia local , assim como outras infraestruturas de necessidades básicas.
O mesmo se passou com o nosso Alberto João Jardim, brindou a ilha, de gente pobre e carenciada, com infraestruturas de ricos... Inclusive a Madeira já foi citada além fronteiras, como um mau exemplo da aplicação dos fundos estruturais europeus, pois naquela região as verbas «serviram para construir túneis e auto-estradas, mas não para aumentar a competitividade».

A LISTA DA INUTILIDADE E DESPESISMO
Os 10 municípios mais endividados do país perderam, nos últimos dez anos, quase 7 mil habitantes. Todos os autarcas ouvidos pelos i concordam que a construção de equipamentos pode ter melhorado a qualidade de vida dos munícipes, mas não foi suficiente para travar a fuga de população para outras zonas do país. Alguns admitem mesmo que se gastou demasiado em algumas obras, agora difíceis de rentabilizar. “Construíram-se edifícios magníficos, recorrendo a fundos comunitários, sem que se tenha tido a noção (entenda-se competência) de que a sua manutenção viria a custar dinheiro”, concorda José Junqueiro, ex-secretário de Estado da Administração Local.

1-Fornos de Algodres, concelho com menos de 5 mil habitantes, liderava em 2009 o ranking das câmaras mais endividadas do país e nos últimos dez anos perdeu quase 700 moradores. Nos últimos anos, a pequena vila construiu
um novo palácio da justiça,
um centro de saúde,
uma central de camionagem,
um novo quartel da GNR,
um estádio de futebol,
um quartel dos bombeiros e,
um centro escolar.
uma biblioteca. (arrancou mas a obra foi adiada porque o empreiteiro faliu).
Possui ainda dois espaços destinados à cultura, já tinha um cine-auditório, construído para uma associação local, mas mesmo assim a câmara “mandou fazer um novo centro cultural, inaugurado há cerca de quatro anos e que tem servido apenas para albergar um espaço internet”.
2-Alfândega da Fé, está em 4º lugar no ranking do endividamento. Em 2008 inaugura um Centro de Formação Desportiva que custou 1,7 milhões de euros. E a presidente da câmara, Berta Nunes, é a primeira a reconhecer que o investimento pode ter sido “excessivo”. construíram equipamentos “necessários, mas não prioritários” e sem que se tenha avaliado os custos futuros: “Durante muito tempo, tivemos a mania de que éramos ricos”, diz.
3-Ourique, 6º lugar no endividamento, o Cine-teatro inaugurado em 2009, representou um investimento de mais de 1,5 milhões de euros. Quase três anos depois, só passa cinema de 15 em 15 dias. O presidente da câmara, Pedro do Carmo, concorda que o uso do edifício “não é o esperado”, mas garante que não se arrepende do investimento: (Nem precisa de se arrepender, ninguém lhe vai pedir justificações nem o vai responsabilizar) “Hoje vive-se melhor no interior do que nas grandes cidades”. Também construiu um centro de convívio que custou 1,2 milhões e uma biblioteca em que se gastou perto de 1 milhão de euros. Já o pavilhão municipal, que é usado apenas seis vezes por ano, custou 581 mil euros.
4-Sardoal, 16.º lugar no ranking do endividamento, no distrito de Santarém, perdeu quase 200 habitantes na última década. A câmara mandou erguer o Centro Cultural Gil Vicente, uma obra que custou 3 milhões de euros, comparticipada em 75%. O espaço foi inaugurado em 2004 (no mesmo dia em que abriu uma piscina coberta que custou mais de meio milhão de euros), mas no ano passado só projectou 13 filmes.
5-Penamacor, onde já só restam menos de seis mil habitantes, construíram-se piscinas aquecidas, orçadas em 1,35 milhões. Apesar de fecharem aos fins-de-semana, o presidente da autarquia, Domingos Torrão, diz que a obra tem servido para “atrair visitantes de Espanha”. O autarca reconhece, no entanto, que será difícil “rentabilizar o projecto”, mas defende que as populações do Interior “devem ter direito às mesmas infra-estruturas que existem no litoral”.
Domingos Torrão garante que a culpa de tantas obras é de Bruxelas: “Agora é fácil apontar o dedo aos autarcas, mas há uns anos éramos empurrados pela União Europeia para que fizéssemos determinados investimentos”, recorda.
6-Portalegre perdeu mais de mil habitantes.Apesar do despesismo.
O centro de congressos, custou 7,4 milhões de euros.
O museu de 1,7 milhões
o centro de espectáculos 8,7 milhões
7-Seia a que mais habitantes perdeu entre 2001 e 2010, construíram-se dois museus e um centro de interpretação. Três obras que o actual presidente, Carlos Camelo, admite serem “particularmente difíceis de rentabilizar”.
8-São Romão no mesmo município, um gimnodesportivo custou 1,9 milhões de euros. Uma obra que se justifica, garante o autarca, “porque não havia nada do género no concelho”.
9-Torre de Moncorvo gastaram-se 1,3 milhões de euros numa ecopista para “amantes de caminhadas”. O autarca Fernando Ferreira garante que o projecto, apesar de ter custado “muito dinheiro”, é um “verdadeiro caso de sucesso”. Primeiro, porque tem tido “muita utilização”. E depois “porque não implica custos de manutenção avultados”.
Na sede do município transmontano ainda há cinema uma vez por semana, no cine-teatro inaugurado em 2005 e que custou cerca de 700 mil euros. No entanto, no último sábado a sessão contou com pouco mais de 20 espectadores. Fernando Ferreira garante que mesmo assim não se arrepende de nenhuma das obras que construiu, embora admita que não devesse ter feito alguns investimentos. A câmara facultou, a dada altura, miniautocarros para que os munícipes se pudessem deslocar no centro histórico. “Fizemos isso porque 12,5% da nossa população tem mais de 75 anos, mas tivemos de cortar em 2010 porque não tínhamos dinheiro”, recorda.
10-Nisa, que perdeu mais de 1100 habitantes, também está na lista dos municípios mais endividados. Culpa, diz a presidente, da construção de um complexo termal que custou 10 milhões de euros, comparticipados em 25% pela autarquia e que obrigou à contracção de um empréstimo. Quase três anos depois da inauguração, Maria Tsukamoto admite que o retorno não tem sido “o esperado”, essencialmente por causa da “crise que o país atravessa”. Quando chegou ao município, a actual autarca já tinha obra feita: o seu antecessor mandou construir as piscinas e a biblioteca municipal. Mas o essencial estava por fazer: “A rede de águas e de saneamento estava completamente obsoleta e com problemas gravíssimos”, recorda Maria Tsukamoto, que diz não querer repetir o erro do anterior executivo. “É preciso avaliar quais são os equipamentos mais importantes. As pessoas têm de entender que antes de se construir um campo de futebol é preciso, primeiro, pessoas para constituir uma equipa.”
11-Fundão, 9ª no ranking do endividamento, perdeu mais de 2 mil habitantes na última década. Em 2005, a autarquia inaugurou uma biblioteca que custou 2,5 milhões de euros. No ano seguinte, ficou concluído o espaço cultural “A Moagem”, que custou 5 milhões. Em 2007, apareceu um novo museu que custou 750 mil euros. Em 2009 foi recuperado o Palácio do Picadeiro, cujas obras estavam orçadas em 2,1 milhões de euros. ionline.

CONTINUAÇÃO DO DESPESISMO

O caso da piscina de Braga.
O caso dos candeeiros do Siza Vieira
O caso do pombal escolar
O caso da casa de cinema
O caso do pavilhão de Viana
O caso das pistas para carros (de brincar)
O auditório de Viana
As piscinas da Azambuja
O caso da Parque escolar
Etc.....

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