segunda-feira, 13 de agosto de 2012

PORTUGAL DE HOJE
13 de Agosto, 2012
Uma das vítimas do triplo homicídio que ocorreu esta manhã em Queluz (Amadora) já tinha sido ameaçada de morte pelo suspeito do crime e andava há cerca de um ano com um segurança privado, disse hoje fonte da PSP.

«Há cerca de um ano houve uma chamada feita para a polícia, de uma senhora que hoje morreu, a dizer que andava a ser ameaçada de morte com arma pelo suspeito», contou a fonte à Lusa.

De acordo com a mesma fonte, «nesse dia, a polícia foi à zona, conseguiu encontrar o suspeito, revistou o carro, o suspeito autorizou também uma busca à casa e não foi encontrada arma nenhuma». A fonte disse ainda que as «ameaças a esta senhora tiveram início há cerca de dois anos», tendo a vítima contratado um segurança privado «que a acompanhava sempre há cerca de um ano» e que acabou também por ser uma das vítimas mortais.

Na origem do triplo homicídio estarão quezílias sobre heranças e partilhas, indicou.

Segundo vários moradores no local, o suspeito morava no mesmo prédio de uma das vítimas e é cunhado dela.

Vários moradores adiantaram também à Lusa que o que provocou o homicídio terá a ver com questões de heranças relativas a duas clínicas: uma de fisioterapia e uma de análises clínicas, propriedade da família.

Em declarações à Lusa, um dos funcionários de uma das clínicas afirmou que pediu anonimato «o suspeito foi sócio-gerente das duas clínicas mas desavenças com a sócia levaram-no a ser destituído do cargo de gerente, deixando de auferir o ordenado. Ele estava impedido pelo tribunal de entrar nas clínicas».

Por seu lado, o morador do prédio Anderson Alves disse à Agência Lusa ter percebido vários gritos e barulho dentro do elevador, seguido de um incêndio e terá alertado os bombeiros por volta das 6h30.

«Ouvi um barulho dentro do elevador e os gritos das pessoas. Pensava que era só um incêndio e chamei os bombeiros a essa hora», contou Anderson Alves.

O fogo causou a morte de três pessoas - um homem de meia-idade e duas mulheres, mãe e filha - e o alegado homicida entregou-se na esquadra da Mina, Amadora, de acordo com fontes dos bombeiros e da PSP.

Vários moradores adiantaram ainda que os implicados – o alegado criminoso e as vítimas - viviam no mesmo prédio, sendo que o suspeito era familiar das mulheres, enquanto o homem que morreu era o segurança contratado.

Chamados cerca das 7 horas, os bombeiros encontraram os três cadáveres dentro do elevador, depois de extinto o fogo, tendo já sido chamada a Polícia Judiciária para iniciar as investigações.

Às 11h45 ainda se encontravam no local vários bombeiros e polícias, assim como duas viaturas do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

Dentro do edifício estão dois técnicos forenses e a Polícia Judiciária a investigar o triplo homicídio.

Lusa/SOL

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