quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A DEMOCRACIA A FUNCIONAR
Venezuela

Chávez promete o caos se não ganhar as eleições

por Luís Manuel Cabral com France PressHoje

Hugo Chávez, presdiente da Venezuela
Hugo Chávez, presdiente da Venezuela Fotografia © Reuters

Com as sondagens mais recentes a indicar uma mudança na intenção de voto dos eleitores, Hugo Chávez ameaça os venezuelanos com a hipótese de uma "guerra civil".

A cerca de um mês das eleições presidenciais de 7 de outubro, Hugo Chávez ameaça com a possibilidade de "uma guerra civil" em caso de derrota nas eleições, uma mudança de tom que, segundo os analistas, traduz a vontade do atual presidente do país em convencer os numerosos indecisos a votar em si nas próximas eleições presidenciais.

No poder desde 1999, Hugo Chávez continua a ser o favorito nas sondagens, que lhe atribuem entre 10 a 20 pontos de avanço perante o seu principal concorrente, Henrique Capriles Radonski, representante de uma coligação de partidos da oposição.

Mas esta margem encurtou no final do mês, e as mesmas sondagens apontam para que uma percentagem considerável de indecisos estejam a pensar em mudar a sua intenção de voto. Segundo os observadores, este contexto de maior incerteza, levou Chávez a voltar a acenar com o espectro da "desestabilização do país", e a assumir-se como garante da estabilidade.

Hugo Chávez tenta assim capitalizar votos, dizendo aos venezuelanos que a chegada de um governo de direita ao poder será "a sentença de morte dos programas sociais no país" destinados à habitação, saúde ou alimentação, que tem financiado graças às rendas petrolíferas.

Esta segunda-feira, Hugo Chávez afirmou a uma radio local que a oposição prepara um "programa neoliberal oculto" que "nos remeterá para uma Venezuela sem capacidade de resistência", o que será, segundo o presidente, "um cenário desastroso, que lançará o país numa grande instabilidade, que poderá redundar até numa guerra civil"

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