terça-feira, 18 de setembro de 2012


O governo usa os impostos para incentivar incêndios?

Posted: 17 Sep 2012 04:45 AM PDT

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A incompetência sai cara
Combater fogos é algo muito peculiar e ambíguo, em Portugal, situação gerada pela facilidade com que se desbarata dinheiro público sem olhar a quem e com que consequências.
Neste caso, Paulo Morais, alerta para a forma pouco eficaz com que se combatem os incêndios... Critica os "incentivos" que há em Portugal não para evitar os fogos mas para os provocar.
Desafiamos a lei da natureza deixando as matas ao abandono e desafiamos e lei da lógica, pagando à hora aos que combatem os fogos. Temos assim o quadro ideal para incendiar Portugal!?

Supostamente deveríamos apagar fogos... mas andamos
"A pagar fogos"
"Os incêndios florestais repetem-se em cada Verão, destroem uma das nossas maiores riquezas, ceifam vidas, representam um prejuízo de largos milhões de euros. Os fogos têm origem muitas vezes em acções criminosas de incendiários. Mas a sua principal causa é outra: um não menos criminoso abandono do território, em particular da floresta, por parte do Estado português.
A falta de prevenção, a ausência de um programa de manutenção das matas públicas, o abandono dos baldios transformam o território rural num potencial de combustão que deflagra ao mínimo rastilho. A incúria, o descuido e períodos de calor extremo fazem o resto.
Há, no entanto, excepções, florestas onde raramente há incêndios. É o caso do Pinhal de Leiria ou das zonas sob a protecção da Portucel que se destinam à produção de pasta de papel; também não consta que haja problemas nos terrenos detidos por fundos de investimento imobiliário florestal; são ainda escassos os fogos em zonas de produção de cortiça.
Os privados gerem estes largos milhares de hectares de floresta apostando mais na precaução e não tanto em meios de combate a incêndios. Já a nível da gestão pública, a incompetência domina. Falta um cadastro florestal, não há prevenção, não se procede à limpeza sistemática das matas. Falta investimento em centrais de biomassa, que poderiam servir, em simultâneo, os propósitos de rentabilidade e de manutenção das florestas.
Entretanto, morrem bombeiros. Gastam-se fortunas num combate a incêndios desprovido dos meios necessários, descoordenado e ineficaz. Desperdiçam-se os muitos milhões de euros que seriam gerados directamente pela actividade florestal. E degrada-se o ecossistema. Só será possível debelar esta série de calamidades com uma efectiva política de prevenção, que deveria envolver as forças armadas e de segurança, bem como os serviços do inútil Ministério da Agricultura.
Claro que, em primeira instância, a gestão destes processos competiria aos corpos de bombeiros, cujo desempenho seria avaliado e remunerado em função das áreas que mantivessem livres de incêndios e nunca, como hoje, pelo número de horas de combate. Em vez de andar a pagar fogos, o Estado deveria, pelo contrário, premiar a sua inexistência. fonte

"Força Aérea pode assumir em 2012 combate aéreo aos incêndios o recurso aos militares no combate aos fogos seria uma opção mais barata, conclui um estudo da Força Aérea que está a ser avaliado pelos ministérios da Defesa e da Administração Interna. Apesar do investimento inicial, o documento conclui que esta seria rapidamente uma solução mais barata do que a actual, em que helicópteros e aviões são geridos por uma empresa pública.
Para isso é preciso extinguir a EMA - Empresa de Meios Aéreos, numa solução que baixaria os custos das operações já em 2012. Os meios desta empresa pública passariam para a tutela da Força Aérea. Entre eles, os helicópteros pesados, Khamov, mas também outras aeronaves mais pequenas. tsf.

"Governo quer poupar 28 milhões de euros de 2013 a 2018.
Mais aeronaves vão custar menos dinheiro, garantiu ontem o ministro Miguel Macedo.
O novo modelo de contratação, manutenção e aluguer de meios aéreos vai permitir a fixação em Portugal de 50 aeronaves nos próximos cinco anos e com uma poupança total de cerca de 28 milhões de euros. O modelo foi apresentado ontem no Ministério da Administração Interna (MAI) e vai assentar num concurso público internacional para a aquisição e locação de meios aéreos, sazonais e permanentes, tutelado conjuntamente pelo MAI e pelo Ministério da Saúde (MS).
No total, o governo espera poupar mais de cinco milhões de euros por ano, entre 2013 e 2018. A reestruturação e a partilha de meios entre os dois ministérios gerará uma poupança de dois milhões no INEM e de oito milhões no MAI.
Contudo, e como serão alugadas no Verão mais aeronaves – um total de 41 – os custos aumentam em dois milhões de euros.
COMO VAI FUNCIONAR
As actuais nove aeronaves do Estado manter-se-ão na sua posse, mas a sua operação e manutenção será entregue a privados, explicou o ministro da Administração Interna. A este corte na despesa vai somar-se ainda a extinção da Empresa de Meios Aéreos (EMA). Miguel Macedo sublinhou que o concurso prevê que os adjudicatários integrem os 60 funcionários da empresa, mantendo os postos de trabalho, escalões de antiguidade e salários. No total, os nove meios aéreos do Estado passarão a custar menos oito milhões de euros por ano.
A pedido do MAI e do MS, o júri do concurso internacional será liderado por um procurador do Ministério Público nomeado por Pinto Monteiro." ionline.

"O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, disse hoje que as corporações de bombeiros envolvidas directamente no combate ao incêndio que deflagrou no Algarve receberam, em conjunto, cerca de 154 mil euros a título de adiantamento." /sol.sapo

Ouvi as declarações do ministro da defesa afirmando que vai cumprir os contratos (privados) com EMA - Empresa de Meios Aéreos ....... até 2018!!!!!!!!! Então até 2018 tem que haver sempre grandes incêndios.Bom, mesmo que não haja, se arder tudo antes do fim do contrato, deve estar qualquer coisa no contrato que assegura uma compensação.
"Enquanto houver dinheiro para os privados, haverá fogos gigantescos. Ponham a FA a combater incêndios e verão se não diminuem drasticamente!"

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