quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O salazarento, o cunhalento e o soarento 31 Outubro, 2012


– 09:44 Não deixa de ser curioso fenómeno que no meio da discussão sobre receitas e despesas em que vivemos mergulhados no último ano se invoque Salazar ou melhor dizendo se use o termo “salazarento” para exprimir não se sabe ao certo o quê sobre a matéria da despesa versus receita. Com tanta invocação de Salazar ainda alguém descobrirá que o próprio é responsável involuntário pelo actual estado das finanças públicas à semelhança do que aconteceu com Manuel Loff que agora descobriu que Salazar foi cúmplice “involuntário” do Holocausto. Mas pese haver pessoas como o deputado Galamba que tendo morrido Salazar em 1970 e não governando ele desde Setembro de 1968 não conseguem viver em 2012 sem invocar Salazar no meio duma intervenção creio ser chegado o momento de acrescentarmos outros ”entos” ao nosso vocabulário. Eu por exemplo dada a carga fiscal acho o orçamento mais cunhalento que salazarento. E ao salazarento e cunhalento ainda teremos de acescentar o soarento que tanto inebria o partido do deputado Galamba e que em linhas gerais funciona como o Rui aqui descreve: o próximo governo de maioria absoluta do Partido Socialista municiará os seus ministérios de fotocopiadores de última geração, com os quais fabricará os euros necessários para pagar as reformas dos pensionistas, os salários da função pública, os encargos com o Serviço Nacional de Saúde, as Universidades e os Politécnicos, as reformas do património do estado, a construção de novas escolas, tribunais e esquadras da polícia, os custos com as Forças Armadas, e, claro está, as subvenções à Fundação Mário Soares que, nessa altura, espera-se terem já igualado, ou desejavelmente ultrapassado, os valores anteriores aos do orçamento de 2013.

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