sexta-feira, 9 de novembro de 2012



Não são necessários quaisquer conhecimentos de economia para perceber que nos Estados Unidos, apenas cinco bancos controlam o equivalente a metade da economia desse país. 


JP Morgan Chase, Bank of America, Citigroup, Wells Fargo e Goldman Sachs Group  possuem   8 500 mil milhões de dólares, o equivalente a 56% da economia dos Estados Unidos.




Intocáveis...


A crise tornou estes bancos mais poderosos do que nunca. O próprio governo dos USA tornou-os "intocáveis" por serem demasiado grandes para um dia poderem ser hipoteticamente resgatados. Tornarem-se assim demasiado "grandes" para serem resgatados, esses bancos vão poder continuar a "ariscar" no mercado, sabendo que se as coisas correm mal serão sempre resgatados.


Esses banco vão poder continuar assim a apostar nas bolhas financeiras, na especulação e na compra de dívida financeira de países em crise sem qualquer risco.


Quando o poder político fala em "mercados financeiros" na realidade está a falar destas super-entidades financeiras que controlam os ditos mercados que dominam a economia mundial.


Especulam quanto à capacidade de países sob ajuda financeira poderem pagar a suas dívidas, cada vez maior, baixando através das suas agências financeiras as suas nota através das agências de rating.


As sucessivas mediadas de austeridade, impostas a esses países resgatados, servem apenas esses mesmos mercados, trata-se de facto de um terrorismo financeiro para restaurar a chamada confiança dos mercados.



"Um governo" supra-nacional.


Em dezembro de 2011, Roger Altman, antigo secretário de Estado das Finanças do governo Clinton, afirmou num artigo publicado no Financial Times, que "os mercados financeiros actuavam como um supra-governo mundial. Dizia que os regimes políticos nada podiam fazer, os mercados forçam a austeridade e o resgate da banca, a sua actuação é semelhante às impostas pelo FMI, tornaram-se as forças mais poderosas do planeta".


Quando falamos em "mercado de livre-troca", estamos a falar de economia verdadeira, legítima e legal, quando falamos de tráfico de droga falamos em "mercado ilegal" gerido por cartéis. Os cartéis são instituições totalitárias onde o poder se exerce de cima para baixo, os cartéis das grandes empresas multinacionais ou os bancos, funcionam da mesma maneira, controlam regiões e nações.


Este método funciona, não só par os  bancos, mas também para as grandes empresa multinacionais da agropecuária, industria, farmacêutica, militare ou da simples gestão da água.


Estes cartéis da banca, praticam actividades criminais, manipulando as taxas de cambio, faz o branqueamento de dinheiro sujo, é palco de uma vasta corrupção, e no entanto, recebem milhares de dólares para o seu resgate quando necessário.


Os países que recusam por em prática programas de austeridade estão sujeitos a uma desvalorização da sua credibilidade, através das agência de rating, dos quais fazem parte, o que mergulha o país resgatado numa crise muito maior. Em qualquer destes casos, este cenário é o de terrorismo dos grupos bancários, na vida diária chamaria-mos a isso: extorsão.


Os países, e as pessoas desses países, encontram-se assim confrontados a pagar uma dívida injusta a uma "super-entidade" composta por um cartel da banca mundial, o mesmo que pratica o branqueamento de capitais, branqueamento do dinheiro proveniente da droga, e que constituem no fundo um "governo mundial".


As pessoas que compõem estes cartéis escondem a sua riqueza nos números paraísos fiscais. Calcula-se que mais de 30 000 mil milhões de dólares estão depositados nos paraísos fiscais para fugir aos impostos, leu bem, 31 000 000 000 000 dólares! Mais do que o PIB dos Estados Unidos.


As 92 000  pessoas mais ricas do mundo possuem 10 000 mil milhões de dólares em paraísos fiscais! Em muitos dos casos esse valor excede de longe as dívidas dos países resgatados. Essas pessoas representam 0,001% da população mundial.


Os 10 bancos mais ricos do mundo têm 6 400 mil milhões de dólares em conta offshore.




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