sábado, 5 de janeiro de 2013




Posted: 04 Jan 2013 03:25 AM PST
Com lojas um pouco por todo o país, a empresa decide pagar sem aviso prévio apenas 25% do valor do subsídio de Natal. Quem critica, é mudado de loja.



Além de 25% do subsídio de Natal e outros valores, os trabalhadores queixaram-se ao Tugaleaks de pressões dentro da empresa. Quem não está “satisfeito”, é despedido ou enviado para outra loja, nos limites legais contratados para recolocação de pessoal, por forma a incentivar o próprio trabalhador a despedir-se.
O Tugaleaks tentou contactar a Moviflor mas recebeu apenas silêncio. No entanto, e-mails disponíveis na Internet há poucos dias através do site AnonFiles e enviados ao Tugaleaks, mostram e comprovam a aparente grave situação económica que a Moviflor quer passar aos trabalhadores e ao mesmo tempo o lucro que advém de algumas caixas a nível nacional.

Link dos e-mails



São cerca de 23 lojas e 1200 trabalhadores afetados. Embora o sindicato já esteja informado, ninguém ousa dar a cara com medo de represálias ou despedimentos.
Para outro trabalhador contactado por nós, existem outros problemas como “os investimentos que estão a ser feitos em Angola e Moçambique; negocios através do BPN; depositos em contas particulares; má gestão dos recursos da empresa”. A empresa está de boa saúde, mas não em Portugal e não para os trabalhadores, afirma a nossa fonte.

Blog na Internet denuncia

Existe um blog na Internet feito por trabalhadores da Moviflor que pretendem ficar anónimos e que denuncia toda a situação. O blog Não Nos Calamos permite entender um pouco melhor o porquê do aparente pagamento dos 25% do subsídio e do fecho de várias lojas, apontando muitas das vezes o dedo à Diretora-Geral da Moviflor, Teresa Albuquerque.

Sindicado informado

O Sindicado dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) foi contactado pelo Tugaleaks. Embora não exista uma resposta oficial, o sindicato informou-nos por telefone de que já teriam existido vários plenários e que tinham pelo menos em duas lojas, de Lisboa e Setúbal, pedido a investigação e inspeção laboral.

Conteúdo do “leak” de e-mails

O conteúdo do link divulgado na Internet mostra não só e-mails a comprovar toda a situação como talões de depósito em caixa, alguns com mais de 3 mil euros (o valor é diário). Para onde vai todo este dinheiro? Não parece ir para os trabalhadores.




A 23 de Novembro a Moviflor enviou um e-mail a indicar que seria pago o subsídio de Natal até dia 15 de Dezembro. No entanto, em e-mail enviado a 20 de Dezembro mudava essa informação e dizia que iria ser pago apenas 25% do valor.

O que foi feito ao dinheiro e á dignididade dos trabalhadores?

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