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04 Jan 2013 03:25 AM PST
Com lojas um pouco por todo o país, a empresa decide pagar sem aviso prévio
apenas 25% do valor do subsídio de Natal. Quem critica, é mudado de
loja.
Além de 25% do subsídio de Natal e outros valores, os trabalhadores queixaram-se ao Tugaleaks de pressões dentro da empresa. Quem não está “satisfeito”, é despedido ou enviado para outra loja, nos limites legais contratados para recolocação de pessoal, por forma a incentivar o próprio trabalhador a despedir-se. O Tugaleaks tentou contactar a Moviflor mas recebeu apenas silêncio. No entanto, e-mails disponíveis na Internet há poucos dias através do site AnonFiles e enviados ao Tugaleaks, mostram e comprovam a aparente grave situação económica que a Moviflor quer passar aos trabalhadores e ao mesmo tempo o lucro que advém de algumas caixas a nível nacional. Link dos e-mailsSão cerca de 23 lojas e 1200 trabalhadores afetados. Embora o sindicato já esteja informado, ninguém ousa dar a cara com medo de represálias ou despedimentos. Para outro trabalhador contactado por nós, existem outros problemas como “os investimentos que estão a ser feitos em Angola e Moçambique; negocios através do BPN; depositos em contas particulares; má gestão dos recursos da empresa”. A empresa está de boa saúde, mas não em Portugal e não para os trabalhadores, afirma a nossa fonte. Blog na Internet denunciaExiste um blog na Internet feito por trabalhadores da Moviflor que pretendem ficar anónimos e que denuncia toda a situação. O blog Não Nos Calamos permite entender um pouco melhor o porquê do aparente pagamento dos 25% do subsídio e do fecho de várias lojas, apontando muitas das vezes o dedo à Diretora-Geral da Moviflor, Teresa Albuquerque.Sindicado informadoO Sindicado dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) foi contactado pelo Tugaleaks. Embora não exista uma resposta oficial, o sindicato informou-nos por telefone de que já teriam existido vários plenários e que tinham pelo menos em duas lojas, de Lisboa e Setúbal, pedido a investigação e inspeção laboral.Conteúdo do “leak” de e-mailsO conteúdo do link divulgado na Internet mostra não só e-mails a comprovar toda a situação como talões de depósito em caixa, alguns com mais de 3 mil euros (o valor é diário). Para onde vai todo este dinheiro? Não parece ir para os trabalhadores.A 23 de Novembro a Moviflor enviou um e-mail a indicar que seria pago o subsídio de Natal até dia 15 de Dezembro. No entanto, em e-mail enviado a 20 de Dezembro mudava essa informação e dizia que iria ser pago apenas 25% do valor. O que foi feito ao dinheiro e á dignididade dos trabalhadores? |
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