segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Renegociação das PPP, um sucesso... para os donos de Portugal.

HÁ FAMÍLIAS QUE TODOS OS ANOS, LEVAM, PARA CASA, GARANTIDAMENTE UMA BELA FATIA DO ORÇAMENTO DE ESTADO - AS FAMÍLIAS DAS PPP’S
No século XIX, Portugal, estava nas mãos dos proprietários da terra e dos Banqueiros credores da Coroa. Acumulavam títulos políticos, títulos de nobreza e rendas do Estado, com as concessões.
Em pleno século XXI, Portugal está nas mãos dos proprietários de PPP’s e dos Banqueiros credores do Estado. Acumulam títulos políticos, títulos universitários e rendas do Estado, com as concessões.
Nota: para quem quiser confirmar os encargos previstos no OE 2013, no link em baixo (pág. 56, Quadro II.3.5.)  - Quadro II.3.5. Previsão dos encargos plurianuais com as PPP
Citação de parte desse relatório:
"Os encargos líquidos estimados atualizados à data da elaboração do Orçamento do Estado de 2012 para os contratos de PPP rodoviárias, apontavam para um valor estimado de 9.218 M€, resultante dum total estimado de 19.992 M€ de encargos brutos atualizados e 10.774 M€ dos proveitos previstos correspondentes.
A esta data, e considerando o efeito da redução expectável nos encargos brutos, no valor mínimo de 250 M€ no ano de 2013, (...)"
Ou seja, num abrir e fechar de olhos se negociaram as PPP de modo a distribuir, por um punhado de esfomeados, 9.218 M€ dos nossos impostos... 
Num abrir e fechar de olhos se renegociaram novamente as PPP, para distribuir mais 600 milhões, pelas concessionárias, que clamavam por mais e mais... 
De um dia para o outro, concessões rodoviárias, que custavam nicles ao tesouro público, passaram a custar 600 milhões. Quem saiu beneficiado? Uma empresa do universo Mota-Engil, essa entidade omnipresente.
De um momento para o outro, o governo do eng. Sócrates e do dr. Paulo Campos mudou a lei para beneficiar objectivamente uma construtora em total prejuízo do nosso dinheiro público.  Como explica Marques Mendes neste vídeo... 

Foi fácil, claro, entre os verdadeiros lesados, ninguém soube, ninguém foi consultado e mudaram a lei para agilizar a coisa, e aí está... 600 milhões para somar ás offshores dos lordes. 
Entretanto o escândalo expôs o abuso. Como se relata neste artigo... 
O governo é pressionado pela Troika, a acabar com a roubalheira descarada, e todos ficamos esperançados que, os cortes nas rendas das concessionárias, iriam finalmente, ser justos e favoráveis ao interesse nacional.
Mas dos muitos mil milhões que se disponibilizam para as rendas das concessionárias, o governo mais uma vez não mostrou ser eficaz, nem justo ou corajoso, conseguiu apenas propor aos chefões cortar uns míseros 250 milhões!!!!!
Estamos ou não estamos impressionados??? É ou não é mais uma situação ao estilo das nossas adoradas fundações? Cómica?  A troika obriga... , o governo finge que corta nas fundações nas PPP, nos boys, mas apenas finge, no entanto quando se trata de cortar aos cidadãos, aí não finge, corta a eito, e até corta mais do que o exigido pela troika. 
Mas ainda não ficamos por aqui... não se iludam, os 250 milhões que eles esperam cortar... sairão do lombo dos portugueses.
Pois as concessionárias apenas contribuirão para a meta dos 250 milhões, com 4%, e em contrapartida, a manutenção e limpeza das estradas dos senhores lordes, passam a ser pagas e realizadas pelo estado, ou seja não cortaram, e talvez ainda fiquem a ganhar, pois não se sabe quanto custarão esses serviços que passam a ser pagos por todos nós.
Além disso a maior fatia para chegar aos 250 milhões, ou seja 40%, resulta de um aumento de receitas com portagens com a introdução de 15 novos pontos de cobrança em dez lanços de ex-Scut e outras concessões... mas há mais... Queira continuar a descobrir o que eles tramaram na famosa e tão esperada renegociação das PPP, o artigo completo, aqui.

DIGAM LÁ QUE NÃO DÁ GOSTO VIVER GOVERNADO POR ESCUMALHA???? Principalmente quando ainda é o povo roubado e enganado que lhes dá o poder, o dinheiro e a liberdade para continuarem.
A cobardia do governo, em todo o seu esplendor
- Educação: "Governo corta o triplo do que a troika mandou. "
- SNS: "A ‘troika’ mandou cortar 550 milhões e o Governo cortou mais 650 milhões e este ano vai cortar mais”, sublinhou.
- Baixar TSU foi iniciativa do Governo, não da troika, diz chefe de missão do FMI." fonte
- Portugal reduziu em mais de 5% dos funcionários públicos entre dezembro de 2011 e setembro de 2012. Superando, assim, em mais do dobro a meta anual imposta pelo memorando da troika.

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