sábado, 30 de março de 2013

Posted: 28 Mar 2013 08:40 PM PDT

Enviado por André Ishikawa
Correspondente do Japão

O líder do hermético regime da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ordenou o posicionamento técnico de "mísseis estratégicos" para atacar a "qualquer momento" alvos dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, informou a agência norte-coreana "KCNA".

O jovem líder ordenou que os mísseis "estejam preparados para disparar e golpear a qualquer momento o território dos EUA, suas bases militares no Pacífico, inclusive Havaí e Guam, e as da Coreia do Sul", detalhou o comunicado.

A medida foi tomada horas depois de Washington enviar dois bombardeiros B-2 Spirit, com tecnologia furtiva para penetrar defesas antiaéreas e descarregar bombas convencionais e nucleares, para os exercícios militares que faz com os sul-coreanos desde o início do mês.

Neste sentido, o líder norte-coreano ordenou que o Exército esteja preparado para "reagir perante a chantagem nuclear dos EUA com um ataque atômico sem piedade e uma guerra sem quartel".

Além disso, o escritório revela que Kim Jong-un tomou estas decisões "em vista da trágica situação" e após ter realizado na primeira hora de hoje uma reunião urgente com as Forças de Mísseis Estratégicos do país comunista perante a presença do estado maior do Exército.

As novas ameaças acontecem depois que nesta mesma semana a Coreia do Norte anunciou a suspensão da única linha de comunicação militar que mantinha com a Coreia do Sul e que administra o acesso ao complexo industrial comum de Kaesong, no meio de uma escalada de tensão entre os dois países.

O corte de todas as comunicações com o Sul se inscreve na campanha de ameaças belicistas que a Coreia do Norte dirige ao Sul e aos EUA desde que no último dia 7 de março a ONU anunciou novas sanções ao regime de Kim Jong-un por seu último teste nuclear de fevereiro.

Dentro desta dinâmica, a Coreia do Norte anunciou ontem que seus mísseis e unidades de artilharia se encontram "em posição de combate" apontando para alvos dos EUA e da Coreia do Sul, o que representa o grau máximo de alerta militar.

Via: EFE-Tóquio

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