sexta-feira, 8 de março de 2013




Posted: 07 Mar 2013 04:14 AM PST
O presidente do BES foi perdoado em vários milhões por “esquecimento”. O mesmo não acontece com António Ogando, um simples cidadão.
António Ogando era proprietário de um veículo que incendiou em 2004. Chamou, na altura, os bombeiros para tratarem da situação bem como foi dado conhecimento à PSP. António nunca mais se preocupou com o assunto.
Há cerca de poucos meses, as Finanças vieram exitir o Imposto Únicos de Circulação de 2008. Além de solicitado cinco anos depois (provavelmente, o tempo que as Finanças tem de atraso nas suas verificações) suscitou algumas dúvidas ao antigo dono do veículo.
Acontece que desde 2008 que o imposto automóvel deixou de ser por circulação – algo que um carro incendiado não podia fazer – mas sim por posse. O Imposto Único de Circulação, com a respectiva legislação, tornou mais rentável a cobrança de impostos para o estado.
O carro não existe, não tem inspecção, não tem seguro mas está em nome do António, e provavelmente é o que acontece com muitos outros portugueses.
Reatório dos Bombeiros
Aquilo que podia ter sido um erro foi então explicado às finanças anexando cópias de documentos. Em resposta, de uma  intolerância extrema para com um, aparentemente, erro de informação, indicaram-lhe que teria que fazer o pagamento do imposto e das respectivas coimas.
O António pode ainda recorrer, inclusive para os meios judiciais, mas é certo que se verifica uma má vontade comparada com outros “casos” que passam nos media, a juntar pela resposta das finanças:




Presidente do BES perdoado

Em comparação com o caso anterior, temos Ricardo Salgado que foi perdoado três vezes pelo fisco, ou seja, a mesma entidade que se recusa a considerar as provas apresentadas da destruição do carro que António não pode possuir. Para alguns, existe uma “cidadania superior”.

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