quarta-feira, 1 de maio de 2013

MÁRIO SOARES: "MAIS COBRAS E LAGARTOS"


Quarta-feira, 1 de Maio de 2013

Algumas Verdades Inconvenientes Sobre Mário Soares...

Tal como António Marinho e Pinto, também eu não tenho quaisquer simpatias, sejam pessoais, sejam políticas, em relação a Mário Soares. Mário Soares para mim representa o pior que há na política portuguesa, pelas razões que passo a explicar. 

Mário Soares define-se a si próprio como socialista, republicano e laico. Ora eu sou precisamente o oposto. Sou conservador/liberal, monárquico e católico. Logo aí estamos em campos opostos. 

Apesar de achar que o meu País se encontra à deriva, mal governado e entregue a uma cáfila de incompetentes que só se sabem governar a si próprios, em amo o meu País, que também é a minha Pátria. Ao invés, Mário Soares, despreza e trai a sua Pátria.

Mário Soares foi um opositor do Estado Novo. Nada a dizer. Só que Mário Soares, enquanto "oposicionista", esteve ligado a grupos subversivos que planearam e executaram atentados terroristas em Portugal, financiando esses mesmos grupos. Mário Soares também financiou os movimentos ditos de libertação das Províncias Ultramarinas de Portugal, que empreendiam uma luta armada contra Portugal. 
Ao financiar e apoiar os movimentos ditos de libertação do Ultramar Português, que estavam em guerra com Portugal, e que mataram para além dos nossos soldados e marinheiros, muitos civis inocentes, incluindo mulheres e crianças, Mário Soares, ao colocar-se ao lado dos inimigos de Portugal e a apoiar esses mesmos inimigos, estava a trair o seu País.

Aquando de uma visita de Marcello Caetano a Londres, em 1973, Mário Soares, liderando um grupo de oposicionistas portugueses que protestavam contra a visita do Presidente do Conselho ao Reino Unido, pisou e cuspiu na Bandeira Nacional. Ora quem comete tão infamante acto, não tem nível, nem perfil, nem prestígio, nem autoridade para desempenhar cargos governativos e de representação do País. Mas Mário Soares foi Ministro, Primeiro-Ministro e Eurodeputado. E mais. Foi também Presidente da República. Por aqui se vê o nível da República.

É também por a República ter representantes pessoas como Mário Soares que sou assumidamente, e cada vez mais Monárquico, pois os nossos Reis e Rainhas não tiveram os comportamentos indignos e infamantes para com o seu País como teve Mário Soares.
 
Francisco Sá Carneiro também foi oposicionista do Estado Novo, e não tomou para com o seu País as atitudes indecorosas que foram tomadas por Mário Soares. 
Mário Soares está também relacionado a um dos mais funestos acontecimentos da História de Portugal, que foi a descolonização do Ultramar, que ele teve a ousadia e o atrevimento de chamar de exemplar.

Os movimentos ditos de libertação surgem em pleno período da Guerra Fria, em que o Mundo era dominado pelos EUA e pela URSS, sendo que as Provinciais Ultramarinas de Portugal despertavam a cobiça e o interesse de americanos e de soviéticos. Foi então que os EUA organizaram e financiaram a UNITA em Angola, a RENAMO em Moçambique e a UDT em Timor Leste, e a URSS o MPLA em Angola, a FRELIMO em Moçambique, o PAIGC na Guiné Bissau e a FRETILIM em Timor Leste.

Mais do que lutarem contra Portugal, os movimentos de libertação lutavam entre si, e contra si, como aconteceu em Angola, em Moçambique e em Timor Leste. Pelo que proceder-se à descolonização imediata das antigas Províncias Ultramarinas de Portugal, conforme pretendia o MFA, seria um erro político gravíssimo, com consequências nefastas.

Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, o poder político daí saído, no qual Mário Soares era Ministro dos Negócios Estrangeiros, em vez de preparar os povos das Províncias Ultramarinas para uma autodeterminação e autonomia progressivas, promovendo a paz e criando as condições para que as populações locais se pronunciassem em referendo sobre que tipo de autodeterminação é que pretendiam, entregaram de mão beijada o poder aos movimentos de cariz pró-marxista e pró-soviético.

Os resultados estão à vista. Milhares e milhares de compatriotas nossos que há várias gerações se encontravam radicadas no Ultramar a terem que regressar à pressa à Metrópole apenas com a roupa que tinham no corpo, e perdendo tudo aquilo que amealharam ao longo de toda uma vida de trabalho. Guerras civis em Angola, Moçambique e Timor Leste, com milhares e milhares de mortos e feridos. Instabilidade política na Guiné Bissau, com Golpes de Estado a um ritmo alucinante.
 
 Mário Soares não teve a humildade sequer de pedir perdão ao Povo Português pelos atrocidades que lhes infligiu com a descolonização que ele denominou de exemplar. Pela simples razão que Mário Soares é tudo menos humilde. Se a descolonização foi de exemplar, conforme Mário Soares denomina, então foi-o pela negativa.

Claro que António Marinho e Pinto não faz referência a estes episódios, porque António Marinho e Pinto é um homem de esquerda, e estes temas são caros à esquerda. Mas os mesmos têm que ser falados, para que a caracterização de Mário Soares seja completa, e não apenas pela metade.

Miguel C. Marques,  
Advogado  
3 de Fevereiro de 2010

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