terça-feira, 10 de setembro de 2013


Posted: 09 Sep 2013 01:24 AM PDT
Candidatura independente apresentou queixa à CNE por “destruição do material de campanha eleitoral”. A Câmara foi convidada a pronunciar-se, mas não o fez.
O Movimento de Cidadãos Independentes Novo Rumo já não é novidade no Tugaleaks. Em Julho deste ano o Tugaleaks tinha noticiado que o Partido Socialista (PS) tinha alegadamente copiado o logótipo e as cores do Novo Rumo. Dizemos novamente, pois anteriormente, na época de Mário Soares, tinha feito exactamente o mesmo. Podendo-se tratar de um erro ou de uma simples falta de originalidade, na altura o Tugaleaks contactou o PS e tentou apurar o que teria acontecido. Não obtivemos resposta.

As faixas. antes de ser removidas

Segundo o ofício da Comissão Nacional de Eleições (CNE) ao qual o Tugaleaks teve acesso, de 31 de Agosto para 1 de Setembro, o movimento independente “constatou que as suas faixas, presas entre candeeiros, na zona dos mercados de Olhão, foram subtraídas por funcionários da Câmara Municipal”. Curiosamente, “enquanto a poucos metros dois gigantescos cartazes do candidato do Partido Socialista à câmara municipal cobrem parcialmente a fachada de um dos edifícios históricos mais emblemáticos de Olhão, o edifício da antiga alfândega”.
Relata ainda o movimento que o PS “aparentemente estará a investir centenas de milhares de euros na sua campanha, quase parecendo que o saco do dinheiro não terá fundo, o roubo de uma única faixa do Movimento de Cidadãos Independentes Novo Rumo, para além de ser um acto ilegal e moralmente desprezível, tem sérias implicações para o movimento”.

Este movimento identificou ainda um funcionário da Câmara de Olhão, Luís Rocha, por, após ter sido informado que estava a cometer um crime, ter alegadamente efectuado a remoção da propaganda eleitoral.

O ofício foi enviado no dia 4 de Setembro e tinha um prazo de resposta de 24 horas. A 5 de Setembro o Tugaleaks tentou obter declarações da Câmara Municipal face ao alegado roubo de material da campanha eleitoral deste grupo de cidadãos, que é crime, podendo chegar à pena de prisão durante um ano ou a uma multa de 120 dias. Não recebemos qualquer resposta ao nosso pedido.
A CNE afirmava que “não obstante o prazo para se pronunciar”, tinha plenos poderes para decidir e assegurar a igualdade de oportunidades de todos os cidadãos.

Visualização do ofício completo


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