domingo, 22 de setembro de 2013



Legitimidade Imoral | Uma Página Numa Rede Social
 
 
António Mexia, presidente da EDP, veio, recentemente, dizer que, se o Tribunal Constitucional não parar de chumbar as medidas do Governo, isso poderá forçar o segundo resgate.

Portanto, para António Mexia, o Tribunal Constitucional está errado ao aplicar a lei e o Governo está certo quando tentar violar a lei fundamental do país.

Continua a luta pela suspensão temporária da democracia. Sim, porque é isso que estas pessoas querem: suspender a democracia até a dívida ficar paga.
Já agora, como se chamam aqueles regimes em que a Constituição nada vale, e em que a vontade de uns poucos se sobrepõe à vontade do povo? Essa treta tem um nome, não tem? É um daqueles "ismos" que se vão sussurrando por aí.

Mas voltemos ao Sr. Mexia. Curiosamente, são sempre os que mais têm que recomendam sacrifícios a todos os outros.
Então não é que o Sr. Mexia aufere o simpático salário de 3,1 milhões de euros por ano?

Eis uma curiosidade: o salário do Sr. Mexia é superior ao que ganhava Steve Jobs, o histórico fundador da Apple.
Porém, Steve Jobs já não mexe, mas Mexia ainda mexe - e de que maneira!

Outro paralelo fofo entre o mexido Mexia e a Apple: ambas as empresas usam esquemas de fuga aos impostos, que lhes permitem poupar milhares de milhões de euros, que são, depois, distribuídos em dividendos pelos seus accionistas, em vez de contribuírem com esse dinheiro para os cofres do Estado de cada um dos seus respectivos países.
A EDP, através da EDP Finance, usa uma caixa postal na Holanda, fazendo desse endereço a sede fiscal da empresa. Dessa forma, e com mais algumas artimanhas fiscais, a EDP paga a maioria dos seus impostos na Holanda.

E o que acontece aos impostos que a EDP não paga em Portugal? Temos de pagá-los nós, os contribuintes comuns, que não temos caixas postais na Holanda, nem forma de fugir aos impostos.

Ainda assim, o mexido Mexia, do alto pedestal que os seus 3,1 milhões de euros anuais podem comprar, recomenda mais sacrifícios ao povo português, dizendo ainda que temos de abdicar dos nossos direitos para pagar uma qualquer dívida aos bancos.

Fofo, não é?

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