18 de outubro 2013
Os responsáveis pela crise continuam a ser os mais protegidos da crise. O Orçamento de Estado, uma afronta que mostra que o governo perdeu a vergonha e o medo: --Aumenta as despesas com as Funções de Soberania do Estado e reduzem as despesas com a Saúde e a Educação? OE prevê menos 500 milhões para o ensino básico e secundário fonte Ensino superior com corte de 4% fonte SNS vai ter menos 300,4 milhões de euros no próximo ano. fonte --Alivia a carga fiscal dos rendimentos mais altos e prevê cortes em rendimentos de 600 euros?
"A proposta de Orçamento do Estado para 2014 (OE2014) prevê um alívio da
carga fiscal para os contribuintes com rendimentos acima de 80 mil euros" fonte
--Reduz o IRC das Grandes Empresas e aumenta a contribuição das PME? "Reforma do IRC "não estimula economia, estimula lucro das grandes empresas" FONTE -- Aumenta o desemprego, a dívida e o deficit estão descontrolados e continua a aumentar a despesa com juros, SWAPs e PPPs?
Custos com PPP duplicam para 1645 milhões em 2014. fonte
Fraco com os fortes... O novo pacote de austeridade anunciado na sexta-feira chega a ser uma agonia. Mais uma vez, o governo fustiga os trabalhadores e pensionistas e poupa os grandes grupos económicos. As medidas para reequilibrar as contas públicas em cerca de 1500 milhões de euros por ano poderiam ser outras, bem diversas. Em primeiro lugar e de uma vez por todas, o governo tem de baixar drasticamente as rendas das parcerias público-privadas (PPP). O eventual ganho anual para as Finanças com as medidas agora anunciadas pelo primeiro-ministro pouco excede o que foi pago a mais, só num ano, em 2011, nas PPP rodoviárias. Nos últimos quatro anos, os encargos líquidos com as PPP quadruplicaram, atingindo por ano montantes da ordem de dois mil milhões de euros. Basta! Baixem as rendas ou, em alternativa, expropriem as PPP pelo seu justo valor. Em segundo lugar, o governo poderia ainda conseguir poupar nos juros da dívida pública. Não é aceitável que o estado consigne ao pagamento de juros 14% dos impostos pagos por todos os cidadãos e empresas. Em 2013, à semelhança de anos anteriores, o estado pagará em juros mais do que gasta em saúde, educação ou qualquer outra atividade. Para baixar o custo do serviço da dívida, é necessário colocar parte da dívida no mercado interno a juros bem mais favoráveis, renegociar os contratos com juros mais elevados e obter períodos de carência nos pagamentos. Não podemos ter um estado refém da sua dívida pública. Foi aliás para evitar esta situação que tivemos um resgate! Também ao nível da receita o governo tem margem para atuar. Poderia aumentar a coleta se tributasse todos os cidadãos e não isentasse de impostos os fundos imobiliários fechados. Os maiores beneficiários da especulação imobiliária estão isentos de IMI ou IMT. Uma tributação deste património com taxas de 1% poderia representar um ganho superior a mil milhões de euros. Claro que para tomar medidas deste tipo e outras afins há que ter coragem para enfrentar o fortíssimo "lobby" financeiro que se alimenta da dívida pública portuguesa e suga os recursos do orçamento de estado. Mas é este o nível mínimo de coragem que se exige ao chefe do governo de Portugal. Paulo Morais Medina Carreira explica a falta de coragem do governo... não teve coragem de avançar com as medidas que protegeriam o povo, preferiu proteger os ricos e os amigos. Depois acaba por ter que cortar onde é mais fácil... nos indefesos. Vai haver mais cortes nas reformas pois vai, garante Medina.Medina explica ainda onde é que o governo deveria ter cortado, se fosse justo e se cumprisse o que a Troika exige. Paulo Morais publica na sua página hoje... "A ministra Maria Luís fez um longo discurso de apresentação do orçamento de estado 2014. Mas poderia ter resumido e seria assim: “Portugueses, temos de gastar mais dinheiro em parcerias público-privadas em 2014, milhares de milhões. Por isso, temos de baixar os salários da função pública, reduzir pensões e reformas e aumentar os impostos a todos. Aguentem!” Encargos com PPP vão aumentar 52% em 2014. Este aumento foi acordado e assinado entre 2007 e 2011. fonte Neste video Passos Coelho gaba-se dos cortes que fez para proteger os portugueses. Uns míseros cortes nas PPP... inferiores aos aumentos? Mas esses cortes são apenas uma gota de água para enganar os mais distraídos.
E sabemos que tudo o que se está a passar na sombra apenas será revelado
daqui a alguns anos - ou nunca será.
Das privatizações às futuras concessões depois da refundação, tudo passou e
continuará a passar pelos dedos sujos desta gente.
Dos interesses angolanos às empresas da rede de amigos, passando
pelos confrades maçónicos e
pelos escritórios
de advogados que estão a ganhar milhões com a emissão de pareceres e o
acompanhamento dos negócios do Governo (pelo lado do Estado e pelo lado dos
privados), nada escapará, e no final teremos um Estado a ser alimentado por
impostos altíssimos a servir apenas alguns e a contribuir para o aprofundamento
das desigualdades sociais e da pobreza.
Não, este Governo não morreu, este Governo está mais vivo do que nunca. Subestima-o quem acha o contrário. Porque os bandidos não têm honra nem ética, e só saem do poder se forem apeados à força. Enquanto isso não acontece, vão tratando da sua vida e da dos seus. Com o alto patrocínio de sua excelência Cavaco Silva, o pai espiritual desta canalha. |
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