terça-feira, 5 de novembro de 2013


Socialismo induz desespero, suicídios e revoltas de camponeses 

Policiais em ação para confiscar casas e terras de camponeses em Zhuguosi Policiais em ação para confiscar casas e terras de camponeses em Zhuguosi Dirigindo numa movimentada estrada, Tang Huiqing mostrou o terreno onde ficava a oficina de sua irmã. Quatro anos atrás, funcionários do governo informaram à irmã de Tang que Chengdu estava se expandindo em direção ao campo e que sua aldeia precisava ceder espaço à cidade, noticiou o “The New York Times”. Agricultora que já havia passado pela transição para o trabalho industrial, a irmã de Tang construiu uma pequena oficina para trabalhar com o marido. Os funcionários a informaram de que a estrutura seria demolida. “Minha irmã subiu no telhado da oficina e disse: ‘Se quiserem, podem demolir’”, conta Tang. A voz dela fraqueja quando ela descreve como a irmã despejou óleo diesel nas roupas e, depois de apelar à equipe de demolição que fosse embora, ateou fogo às vestes. Locais onde aconteceram recentemente suicídios de camponeses Locais onde aconteceram recentemente suicídios de camponeses Ela morreu 16 dias mais tarde. Nos últimos cinco anos, pelo menos 39 agricultores chineses recorreram a essa forma drástica de protesto. Os números, computados com base em reportagens da imprensa e dados de organizações de defesa dos direitos humanos, são um lembrete sombrio de como a nova onda de urbanização planificada na China envolve leva o marxismo a atropelar os agricultores. O projeto é conduzido de cima para baixo que difere bastante da migração, no geral voluntária, de camponeses para as cidades nos anos 1980, 1990 e 2000. Além dos suicídios por imolação, agricultores se mataram de outras maneiras para protestar contra a desapropriação de terras. Uma organização não governamental chinesa, a Civil Rights and Livelihood Watch, reportou que, além dos seis suicídios por imolação no ano passado, houve outros 15 suicídios entre agricultores. Camponeses montam guarda para defender sua aldeia em Zhuguosi, suloeste da China Camponeses montam guarda para defender sua aldeia em Zhuguosi, suloeste da China Outros camponeses morrem quando se recusam a deixar suas propriedades. No ano passado, um agricultor de Changsha que não cedeu às exigências das autoridades foi atropelado por um rolo compressor. No mês passado, uma menina de quatro anos de idade foi atropelada por uma escavadeira e morreu. As políticas do governo parecem causar dezenas de milhares de episódios de inquietação registrados pelas autoridades a cada ano. Pesquisadores chineses estimaram que, em 2010, o país teve 180 mil protestos, a maioria dos quais relacionados a disputas por terra. Postado por Luis Dufaur às 05:30

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