Terça-feira, 3 de Dezembro de 2013
POLÍTICA, PODER E CAMBALACHOS
...se o futuro ex-ministro Aguiar Branco não irá um dia ser escolhido para fazer parte de uma board qualquer da Martifer.
Antes de agir, deverá sempre ter em conta o péssimo exemplo do sr.
Jorge Coelho.
Não é que algo de gravoso tenha sucedido ao colaborador do
sr. Sócrates - quem se mete com eles, leva! - , pois os portugueses
estão habituados a este tipo de encaixes regimentais do conhecido
esquema vigente. Mas que essa board parecerá mal, lá isso parecerá.
Este caso não pode ficar por aqui, não
pode parecer "esquisito" e dada a actual volatilidade dos ânimos, poderá
servir de rastilho para algo de imprevisível. Se o governo não consegue
ver o problema, há então que endereçar a advertência a quem de direito.
Embora certa gente ande em oportunista berreiro e
gulosamente procure preencher o horário noticioso, mantenhamos então uma
certa calma e digamos com displicência, um bem sonoro olha quem fala!
Há que ter em boa nota aquilo que este regime - todo ele, desde o PC e intersindicais,
até ao PS, PSD e CDS - fez à construção naval portuguesa, aliás, a toda
a indústria pré-existente ao fatídico ano de 1986: os nomes Lisnave e Setenave
são apenas dois entre muitas dezenas, sendo obrigatório não esquecermos
todas as outras empresas subsidiárias que serviam este essencial sector
da nossa indústria. Aos poucos, os portugueses têm dado conta do
catastrófico sistema que nos foi imposto, descontando já o calamitoso
bambúrrio pretensamente revolucionário dos anos setenta.
O que importa agora, é contabilizarmos
as nossas perdas desde o início das "negociações de adesão" à então CEE,
disto informando os nossos vinte e tal parceiros além Guadiana. Desta
forma eles ficarão a saber que nós sabemos que eles sabem. Em Portugal
conhecem-se os irresponsabilizados responsáveis pelo desastre.
Não se iludam, por cá ficará tudo na mesma. Isto é tão certo como a soma de um mais um, perfazer dois.
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