NESTE PAIS JÁ NÃO HÁ VERGONHA
"Vergonha é o que não falta Nunca é demais repetir. E espero que alguns leitores partilhem o assunto. Algum modo há de existir para que certas coisas não continuem. E se não houver modo, pelo menos os responsáveis hão de ler por todo lado comentários críticos que retratam a vergonha que deviam ter. A questão é a seguinte: Jorge Barreto Xavier, secretário de Estado da Cultura, departamento que não tem dinheiro para mandar cantar um cego, vai cortar 15 milhões de euros em despesas com pessoal, recrutou um 'boy' do PSD para o seu gabinete a quem vai pagar como adjunto. Ou seja, mais de três mil euros, mais do que ganha um diretor de serviços, ou, como escreve no Expresso João Garcia, "mais que juiz, o mesmo que coronel, o dobro de professor'. Fernanda Cachão ironiza que "afinal há dinheiro" desde que seja "money for the boys". Mas o melhor, o melhor mesmo é o currículo do adjunto. Tem 24 anos, três workshops no centro de formação de Jornalistas, Cenjor, fez o estágio na Rádio Renascença onde trabalhou oito meses e foi durante cinco meses consultor de comunicação do... PSD! Uau!! Acresce que Barreto Xavier, antes desta contratação já tinha três adjuntos, sete técnicos especialistas, duas secretárias pessoais, chefe de gabinete, dez técnicos administrativos, três técnicos auxiliares e três motoristas. Falta dinheiro (salvo para os boys) mas há excesso de descaramento.Digamos que se há algo que não falta é vergonha. Henrique Monteiro "O "técnico especialista, Mestre João Filipe Vintém Póvoas", tem 24 anos e apresenta como qualificação profissional três workshops no Centro Protocolar de Formação Profissional para Jornalistas (Cenjor), um de Edição de Vídeo e Áudio Digital, outro em Apresentação de Diretos em Televisão e o terceiro em Atelier de Programas Televisivos." FONTE Estranho também o caso de Ana Margarida Soares Heitor de Bellegarde Machado, licenciatura em Prótese Dentária, num gabinete do Ministério da Cultura? fonte
Gabinete do Secretário de Estado da
Cultura
Mais tachos sem fim
Mas o governo prossegue na sua imoralidade. Alguém poderá explicar como é que ainda há quem acredite que vivemos numa democracia, quando os políticos insistem em proteger uns sacrificando outros? É democracia enriquecer e proteger os mais fortes com dinheiro e sacrifícios dos mais fracos e desprotegidos? (A citação é do PS. Mas agradeço coerência. Antes de deduzir que esta citação pretende defender o PS ou que eu sou do PS, leia a coluna ao lado direito do blog, para perceber que para mim, a verdade é que pesa e não os partidos. Apenas cito este srº por ser um facto bem real, o que ele afirma e não por acreditar que ele não pertence a um partido corrupto, como todos sabemos tanto o PS como o PSD são corruptos, mas é importante saber discernir quando existe verdade e extrai-la. Por um elemento do PS dizer a verdade, não significa que é honesto, apenas quer dizer que, neste momento, está na oposição.) “É imoral, não tem precedentes no momento tão difícil que vivemos e tratar os portugueses de forma diferente. O Governo protege os seus e corta a todos os outros”, disse o deputado José Junqueiro, em declarações aos jornalistas na sede do PS, em Lisboa. (...)confirmou a notícia hoje avançada pelo Diário de Notícias, segundo a qual um total de 1454 pessoas nomeadas para gabinetes do Governo e cargos na Administração Pública receberam subsídio de férias em 2012. Os números foram dados pelo próprio Governo ao PS, na resposta a uma questão colocada por escrito pelos deputados socialistas ao Executivo, que justifica o pagamento destes subsídios por corresponderem a férias de 2011. Para José Junqueiro, “não há nenhuma boa explicação”: “E os que trabalharam uma vida inteira? E os que trabalharam durante 40, 30, 20 anos não têm essa interpretação da lei porquê?”, questionou. “Há apenas uma habilidade imoral, absolutamente imoral”, sublinhou, dizendo que é um “pagamento baseado numa interpretação da lei que não foi feita para todos os outros 10 milhões de portugueses, apenas para aqueles que foram nomeados pelo Governo”, para as "nomeações políticas". Para o deputado do PS, “caiu a máscara” e o Governo “perdeu legitimidade moral e política para exigir mais qualquer outro sacrifício”, lembrando que o Executivo além de cortar subsídios a muitos portugueses, cortou reformas e pensões e vai diminuir em 6% os subsídios de desemprego e em 5% os de doença. “Os portugueses podem agora avaliar a imoralidade do Governo, do primeiro-ministro e do ministro das Finanças”, afirmou. FONTE E para que o PS não se fique a rir, eis este desplante: 05 abril 2011 - "Governo demissionário nomeia militantes do partido Socialista de norte a sul de Portugal. Segundo o "Correio da Manhã", entre as 120 nomeações e promoções do Governo que foram publicadas no Diário da República desde 23 de Março, o dia em que entrou em gestão, contam-se diversos militantes do PS, de norte a sul do país. FONTE |
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