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25 Apr 2014 03:28 PM PDT
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Porque a memória é curta... O Estado Novo esforço-se para consercar a mulher no seu posto tradicional: mãe, dona-de casa e submissa ao marido. - O marido era o "chefe" de família. - As mulheres (na sua maioria) não tinha direito a voto. - A mulher não tinha direito ao exercício de qualquer cargo político. - A lei atribuía à mulher casada os trabalhos domésticos como obrigação. - O divórcio era proibido, devido ao acordo estabelecido com a Igreja Católica na Concordata de 1944, pelo que todas as crianças nascidas de uma nova relação, posterior ao primeiro casamento, eram consideradas ilegítimas. E havia duas alternativas no acto do registo: a mulher ou dava à criança o nome do marido anterior ou assumia o estatuto de "mãe incógnita". O que não podia era dar o seu nome e o do marido actual. - As mulheres não tinham o direito ao exercício de certas profissões, reservadas aos homens, como a magistratura, a diplomacia ou a política. - As enfermeiras não podiam casar, e as as professoras só podiam casar com um homem que tivesse um vencimento superior ao delas e tinham de ter a autorização publicada no Diário da República. - Uma mulher casada tinha de ter a autorização do marido para se deslocar ao estrangeiro. - O marido está autorizado pela leia a abrira correspondência da sua mulher. - O marido podia chegar a uma empresa ou estabelecimento público e dizer: eu não autorizo a minha esposa a trabalhar. E ela tinha que vir embora, tinha que ser despedida. - A falta de virgindade da mulher ao tempo do casamento era considerada motivo para anulabilidade do casamento. O marido poderia até matar a mulher em flagrante adultério, ou a filha em flagrante corrupção, tendo como pena o desterro de 6 meses para fora da comarca. - Os espaços públicos, como cafés, eram destinados aos homens, e recusavam-se a servir uma mulher que não estivesse acompanhada por alguém do sexo masculino. - Nos livros escolares estava explícito que à mulher competia-lhe os cuidados domésticos, educação dos filhos e prestar ao marido os deveres conjugais e a submissão que lhe eram devidos como chefe de família. - Em 1970 havia cerca de 31% de mulheres analfabetas contra 19,7% de homens analfabetos. . |
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