quarta-feira, 9 de abril de 2014

Europa: maiores economias querem partilha de informação bancária

Objetivo é angariar os milhões de euros em impostos que todos os anos não são cobrados

Por: tvi24    |   2013-04-12 20:15
As seis maiores economias da União Europeia estão a unir esforços para angariar os milhões de euros em impostos que todos os anos não são cobrados, criando um sistema de partilha de informação bancária comum.

Os ministros das Finanças da Alemanha, de França, do Reino Unido, de Itália, de Espanha e da Polónia, reunidos em Dublin a propósito do Eurogrupo, debateram o assunto, numa altura em que o combate à evasão fiscal está no centro da agenda europeia.

O ministro das Finanças francês, Pierre Moscovici, disse aos jornalistas que o objetivo era criar «um efeito bola de neve» que pudesse afastar obstáculos ao levantamento do sigilo bancário, escreve a Lusa.

A Áustria é um dos países da União Europeia (UE) que está mais na mira da iniciativa, por ser visto como o último paraíso fiscal da UE, depois do Luxemburgo, outro país que bloqueou a legislação nesta área há vários anos, mas que se mostrou preparado para levantar algumas barreiras ao sigilo bancário a partir de 2015.

Inspirando-se numa lei norte-americana de 2010 que exige um reporte automático da informação das contas bancárias às autoridades, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Espanha acordaram trabalhar num mecanismo multilateral de troca de informação que esperam que sirva como exemplo para um sistema mais amplo.

Entretanto, a Polónia também se juntou ao grupo e escreveu à Comissão Europeia para pedir apoio nesta matéria a nível europeu, adiantou o ministro francês.

A luta contra a evasão fiscal vai estar na agenda da próxima cimeira europeia, a 22 de maio, anunciou hoje o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.

«Decidi colocar a evasão fiscal na agenda do próximo Conselho Europeu. Temos de aproveitar o momento político atual», afirmou Van Rompuy na sua conta no Twitter e num vídeo.

«Quer ser claro: é antes de tudo responsabilidade dos Estados membros agir, mas os países da União Europeia não podem agir eficazmente de forma isolada», alertou ainda Van Rompuy, acrescentando que este «problema transfronteiriço precisa de soluções transfronteiriças na Europa e no mundo».

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