Posted:
25 Sep 2014 03:54 PM PDT
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Está-se a tornar uma "rotina", mais um
decapitado, pelo chamado "Estado Islâmico", só que desta vez trata-se de um
cidadão francês, um simples montanhista na Argélia.
A rotina das decapitações.
O vídeo divulgado, sempre pelas mesmas fontes,
desta vez é mais convincente: uma única câmara, um som mais "tosco". Já não
temos a paisagem idílica do deserto e agora já temos vários intervenientes. Está
melhor.
No entanto, a suposta vítima continua, como as
outras, continua serena.
De notar que um dos "carrascos" durante toda a
cena, não tem mais nada que fazer do que se absorver a ler um papel (guião?) até
ao acto final.
Depois, mesma cena, quebra de imagem e
visualização da cabeça do decapitado em cima da barriga do degolado,
decididamente um fetiche.
Um mal global.
É importante estender o "Estado Islâmico" a
outras regiões, o mesmo é dizer que se está a alastrar e que em breve ninguém
estará seguro em qualquer lugar do mundo.
Basta conhecer o mapa petrolífero e as posições
estratégicas que ocupam os países para saber onde os Estados Unidos e a Europa
querem instalar as suas bases militares.
Não se trata de lutar contra o terrorismo, esse
faz parte da estratégia americana. O terrorismo não incomoda nada os Estados
Unidos. Terroristas com mandados de captura por atentados contra civis estão
neste momento em Miami sob a protecção dos americanos.
Considero a Argélia um país que irá ser punido porque não deixou que as
suas riquezas ficassem totalmente nas mãos das multinacionais.
Tradicionalmente, as potências imperialistas tentam apoderar-se das
riquezas dos países do terceiro mundo com simples pressões, colocando no poder
presidentes servidores dos seus interesses. Quando esses seus interesses não são
concretizados, não olham aos meios para os alcançar: chantagem, assassinatos
encomendados, desencadeamento de guerras civis ou ataque puro e simples dos
países não-dóceis.
Um plano a longo prazo.
Uma verdadeira alteração do xadrez geopolítico está a acontecer no norte de
África.
Após as "primaveras árabes" do Egipto, da Líbia e da Tunísia, o que está em
causa são os dois últimos países ainda não tocados: Marrocos e Argélia.
Marrocos, a mais velha monarquia do mundo, encontra-se relativamente
estável devido ao seu desenvolvimento e a mão de ferro do seu monarca. A
situação da Argélia é bem diferente: um ditador doente, um país nas mãos das
forças armadas desde há 50 anos e sobretudo um país cobiçado pelos seus recursos
naturais.
Nota: Este blogue não defende, nem nunca
defenderá, qualquer acção violenta e condenará sempre este grupo terrorista que
não é representativo de qualquer ideologia muçulmana.
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