segunda-feira, 11 de julho de 2011

Governo português quer análise exaustiva de nomeações dos últimos anos
Executivo de Pedro Passos Coelho deu ordens para que se saiba quem são, onde estão e a utilidade dos nomeados desde que José Sócrates foi para o Governo.
Da Redação

Passos Coelho quer passar nomeações a pente fino.
Lisboa - O Governo português pretende fazer uma análise exaustiva às nomeações dos últimos anos para cargos no Estado. O assunto foi tema de debate num dos primeiros conselhos de ministros de Pedro Passos Coelho e segundo a edição de hoje do jornal "i" estarão em causa "milhares de nomeações". O mesmo jornal diz tratar-se de uma caça a lugares no Estado ocupados por militantes ou simpatizantes do Partido Socialista. Embora a análise que o Governo quer fazer não vá incidir sobre as preferências partidárias dos nomeados, o objectivo será o de verificar quais as necessidades efectivas do Estado em relação a todos os cargos que serão avaliados. Num dos primeiros Conselhos de Ministros deste executivo, foram dadas indicações precisas para que todos os ministérios fizessem o levantamento de todas as nomeações socialistas, desde o início do primeiro governo de José Sócrates (2005), refere o "i". A radiografia completa engloba toda a orgânica do executivo: ministérios, secretarias de Estado, direcções-gerais e regionais, institutos, gabinetes e departamentos. Quem, onde trabalha, o que faz e se é útil nas funções que desempenha. São estas as questões às quais os ministérios vão ter de dar respostas sobre todas as nomeações desde 2005 e, preferencialmente, até ao final desta semana.Esta iniciativa está em linha com as promessas eleitorais de Passos Coelho e Paulo Portas (líder do CDS, parceiro de coligação, e agora ministro dos Negócios Estrangeiros), no sentido de acabar com o "clientelismo" e as vagas de nomeações para cargos do Estado conhecidas como "jobs for the boys".
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