Arquivado processo do médico que espiava em WC
Por Redação O Ministério Público mandou arquivar o processo do médico luso-brasileiro que confessou ter instalado uma microcâmera no WC do serviço de Neurocirurgia do Hospital de Viseu.
Com esta decisão, neurocirurgião Guilherme Machado, de 36 anos, não vai a tribunal para ser julgado, saindo impune do caso, depois de já confessado que tinha colocado uma parte do equipamento no local.
O suspeito estava indiciado pelo crime de devassa da vida privada por meio informático, punível com pena de prisão até um ano ou multa até 240 dias. Mas não irá cumprir qualquer pena.
Em julho de 2011, foi descoberta uma pequena câmara numa casa de banho do hospital de Viseu. O funcionário que encontrou o material suspeitou de um engenho explosivo e a PSP foi chamada ao local, acabando por apreender a máquina.
Pouco depois, o médico confessou que tinha colocado a câmera no WC e foi constituído arguido a 31 de agosto. O MP arquiva agora o caso, porque segundo os exames da Unidade de Telecomunicações e Informática (UTI) da PJ «não se apurou que o arguido tenha captado ou gravado imagens de qualquer pessoa ou do espaço íntimo onde foi encontrado o equipamento apreendido».
Tendo em conta a análise do material, o MP considerou que não se verificou «a consumação do crime de devassa de vida privada por meio de informática, que exige a existência de um ficheiro automatizado».
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