Rússia, “Pussy Riot” e Vladimir, esse dilecto filho...
Vladimir Vladimirovich, o asqueroso traste que tomou conta do poder na Rússia, lugar de que vai dispondo há já muitos anos seguidos, mesmo quando teve que sentar no seu lugar (por uns tempos) o pau-mandado Medvedev a fazer de conta que era presidente, até poder voltar fisicamente à cadeira... este Vladimir, como dizia, é o único bandido (que eu saiba) a quem se pode chamar “filho de Putin”, sem medo de errar. Ou do pai ou da mãe há-de ele ter herdado o apelido que lhe assenta como uma luva.
Putin gosta de mostrar o seu poder... nem que seja em patéticas fotografias de “macho alfa”, em tronco nu e espingarda de caçador nas mãos. Este episódio com as “Pussy Riot” serve apenas, para infelicidade delas, como uma espécie de gigantesco cartaz de propaganda/ameaça, mostrando o que pode acontecer a quem quer que seja que se lhe oponha... mesmo contando com o episódio hipócrita do "pedido de clemência".
Posto isto, fico a magicar sobre que tipo de cobarde é preciso ser, para se sentir mais “seguro”, encarcerando numa prisão, por dois anos, entre reais gangsters e assassinos(as), três jovens mulheres (Nadejda Tolokonnikova, de 22 anos, Ekaterina Samoutsevitch, de 29, e Maria Alekhina, de 24), acusadas de “hooliganismo” por causa de uma canção inconveniente cantada dentro de uma igreja.
Mais: fico igualmente a magicar sobre que tipo Igreja que se diz “cristã”, por mais ortodoxa que seja, alinha nesta canalhice, incentivando as autoridades à condenação pesada das (segundo eles) «satânicas» manifestantes... não mexendo uma palha para refrear os instintos assassinos de alguns dos seus fanáticos fiéis, que vociferam nas ruas, babando os habituais castigos "divinos", querer «que as “Pussy” e aqueles que as apoiam ardam no inferno».
A brincar, direi que foi uma rara oportunidade para me verem lado a lado, numa “causa” (mesmo não apreciando a música “punk”), com Paul McCartney, Madonna, Elton John, Sting, Yoko Ono, entre tantos outros...
A sério, direi que se era para isto, se era para colocar no poder – pelos vistos, eternamente – este tipo de dirigentes, plutocratas e demais ladrões, se era para fazer renascer esta “santa Rússia”, francamente... no dia em que decidiram abraçar o sacrossanto capitalismo e a triste caricatura de “democracia” que normalmente faz parte do seu pesado caderno de encargos... bem podiam ter ido lamber sabão!
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