César das Neves "A maior parte dos pensionistas não são pobres, fingem"
João César das Neves defendeu, em
entrevista ao Diário de Notícias, os cortes nos salários e nas pensões,
sublinhando que em Portugal há muita gente que fala em nome da classe baixa mas
que, na realidade, não são pobres e “querem defender o seu”. O colunista
declara, também, que baixar a idade da reforma seria
“suicida”.
DR
“Uma das piores coisas que estão a acontecer em Portugal é haver
uma data de gente a falar de pobres que não são pobres e que, em nome dos
pobres, querem defender o seu. (…) A maior parte dos pensionistas não são pobres
e estão a fingir que são pobres. E dos verdadeiros pobres ninguém fala ou,
quando fala, é para dar direitos a todos os outros”, declarou João César das
Neves ao Diário de Notícias.
O antigo assessor económico de Cavaco Silva começou por descrever a crise demográfica, que entende existir por razões nacionais e culturais e não por razões económicas. César das Neves acredita que a economia tem a capacidade de se ajustar e que o que precisar realmente de ser mudado é o actual sistema demográfico.
“As pessoas vivem mais tempo e vivem com melhores condições (…). Só serão piores se nós mantivermos regras que estão desajustadas. E se as pessoas vivem mais tempo, em melhores condições, é estúpido baixar a idade da reforma, é suicida”, explica o professor.
César das Neves defendeu que o Estado Social tem que se ajustas às novas condições porque é onde está maior parte do dinheiro gasto pelo Estado e acrescentou que os cortes nos salários e nas pensões são o caminho.
“O Estado andou a brincar com isto durante muito tempo. (…) Só em 2011 é que começamos a fazer um ajustamento sério quando a crise é de 2008. (…) Neste momento, não há muitas alternativas. Basta olhar para as contas: 40% da despesa pública são pensões, mais 30% são salários”, afirmou o economista, sublinhando que é nesta área que os cortes farão a diferença.
O antigo assessor económico de Cavaco Silva começou por descrever a crise demográfica, que entende existir por razões nacionais e culturais e não por razões económicas. César das Neves acredita que a economia tem a capacidade de se ajustar e que o que precisar realmente de ser mudado é o actual sistema demográfico.
“As pessoas vivem mais tempo e vivem com melhores condições (…). Só serão piores se nós mantivermos regras que estão desajustadas. E se as pessoas vivem mais tempo, em melhores condições, é estúpido baixar a idade da reforma, é suicida”, explica o professor.
César das Neves defendeu que o Estado Social tem que se ajustas às novas condições porque é onde está maior parte do dinheiro gasto pelo Estado e acrescentou que os cortes nos salários e nas pensões são o caminho.
“O Estado andou a brincar com isto durante muito tempo. (…) Só em 2011 é que começamos a fazer um ajustamento sério quando a crise é de 2008. (…) Neste momento, não há muitas alternativas. Basta olhar para as contas: 40% da despesa pública são pensões, mais 30% são salários”, afirmou o economista, sublinhando que é nesta área que os cortes farão a diferença.
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