terça-feira, 15 de abril de 2014

*A mulher, que estava no quarto, gritou:*
*- Não, João Carlos, não acendas a luz que eu estou a morrer de dor de cabeça.*
*E antes que ele pudesse dar mais um passo, ela gritou ainda mais:*
*- Pelo amor de Deus, não acendas a luz, que tou com uma enxaqueca das grandes!*
*Ele tirou a roupa mesmo às escuras, enquanto a mulher gemia e gritava:*
*- Não acendas a luz, que me irrita os olhos e a dor de cabeça ainda piora!*
*E o pobre marido ficou com pena da mulher, tornou a vestir-se, no escuro, e correu para a farmácia da esquina, que estava de serviço.*
*O farmacêutico, que via o homem passando por ali, reconheceu-o e disse:*
*-Oiça, o senhor não é bombeiro?*
*-Sou...*
*-E o que é que está a fazer com essa farda da PSP?*



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