O Negócio da doença
O Hospital Garcia de Orta confirmou a existência de uma circular para que sejam emitidas 17 altas por dia em diversas especialidades, distribuídas da seguinte forma: 10 para o serviço de medicina, uma para o serviço de pneumologia, uma para o serviço de gastrenterologia, uma para o de nefrologia, duas para neurologia, uma para oncologia e uma para o serviço de cardiologia.
«O hospital admite que se trata de um lapso que vai ser corrigido, pois esta é uma circular informativa e não normativa. «O que se pretende é optimizar a resposta do serviço de urgência. Um doente que entra na urgência e se chega à conclusão que vai ficar internado, se não tiver cama, fica na urgência, prejudicando o seu funcionamento».
A circular em si já é uma vergonha, a explicação ainda a agrava mais. O problema está na falta de camas e se não derem 17 altas não têm camas disponíveis para as novas emergências. Bem pode o hospital falar que tudo não passa de um lapso, mas se é um lapso então é um lapso que é consequência da forma como o Serviço Nacional de Saúde está a ser desvirtuado e transformado num sistema para pobres sabendo-se que muitos dos que mandam neste país os desprezam e consideram descartáveis. As afirmações da Manuela Ferreira Leite sobre os hemofílicos com mais de 70 anos terem de pagar o seu tratamento, (cerca de 2000 euros mensais), ou de quem questiona se valerá a pena gastar dinheiro a operar idosos com 80 ou 90 anos é disso uma boa amostra. Reduzem-se em quantidade e qualidade a saúde pública para os que pouco ou nada têm, deixando para os bancos o negócio dos seguros e o da saúde para os grupos privado de hospitais. Ganhar dinheiro com a doença é um negócio que garante sempre muita clientela.
«O hospital admite que se trata de um lapso que vai ser corrigido, pois esta é uma circular informativa e não normativa. «O que se pretende é optimizar a resposta do serviço de urgência. Um doente que entra na urgência e se chega à conclusão que vai ficar internado, se não tiver cama, fica na urgência, prejudicando o seu funcionamento».
A circular em si já é uma vergonha, a explicação ainda a agrava mais. O problema está na falta de camas e se não derem 17 altas não têm camas disponíveis para as novas emergências. Bem pode o hospital falar que tudo não passa de um lapso, mas se é um lapso então é um lapso que é consequência da forma como o Serviço Nacional de Saúde está a ser desvirtuado e transformado num sistema para pobres sabendo-se que muitos dos que mandam neste país os desprezam e consideram descartáveis. As afirmações da Manuela Ferreira Leite sobre os hemofílicos com mais de 70 anos terem de pagar o seu tratamento, (cerca de 2000 euros mensais), ou de quem questiona se valerá a pena gastar dinheiro a operar idosos com 80 ou 90 anos é disso uma boa amostra. Reduzem-se em quantidade e qualidade a saúde pública para os que pouco ou nada têm, deixando para os bancos o negócio dos seguros e o da saúde para os grupos privado de hospitais. Ganhar dinheiro com a doença é um negócio que garante sempre muita clientela.
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