«Há cerca de um ano houve uma chamada feita para a polícia, de uma senhora que hoje morreu, a dizer que andava a ser ameaçada de morte com arma pelo suspeito», contou a fonte à Lusa.
De acordo com a mesma fonte, «nesse dia, a polícia foi à zona, conseguiu encontrar o suspeito, revistou o carro, o suspeito autorizou também uma busca à casa e não foi encontrada arma nenhuma». A fonte disse ainda que as «ameaças a esta senhora tiveram início há cerca de dois anos», tendo a vítima contratado um segurança privado «que a acompanhava sempre há cerca de um ano» e que acabou também por ser uma das vítimas mortais.
Na origem do triplo homicídio estarão quezílias sobre heranças e partilhas, indicou.
Segundo vários moradores no local, o suspeito morava no mesmo prédio de uma das vítimas e é cunhado dela.
Vários moradores adiantaram também à Lusa que o que provocou o homicídio terá a ver com questões de heranças relativas a duas clínicas: uma de fisioterapia e uma de análises clínicas, propriedade da família.
Em declarações à Lusa, um dos funcionários de uma das clínicas afirmou que pediu anonimato «o suspeito foi sócio-gerente das duas clínicas mas desavenças com a sócia levaram-no a ser destituído do cargo de gerente, deixando de auferir o ordenado. Ele estava impedido pelo tribunal de entrar nas clínicas».
Por seu lado, o morador do prédio Anderson Alves disse à Agência Lusa ter percebido vários gritos e barulho dentro do elevador, seguido de um incêndio e terá alertado os bombeiros por volta das 6h30.
«Ouvi um barulho dentro do elevador e os gritos das pessoas. Pensava que era só um incêndio e chamei os bombeiros a essa hora», contou Anderson Alves.
O fogo causou a morte de três pessoas - um homem de meia-idade e duas mulheres, mãe e filha - e o alegado homicida entregou-se na esquadra da Mina, Amadora, de acordo com fontes dos bombeiros e da PSP.
Vários moradores adiantaram ainda que os implicados – o alegado criminoso e as vítimas - viviam no mesmo prédio, sendo que o suspeito era familiar das mulheres, enquanto o homem que morreu era o segurança contratado.
Chamados cerca das 7 horas, os bombeiros encontraram os três cadáveres dentro do elevador, depois de extinto o fogo, tendo já sido chamada a Polícia Judiciária para iniciar as investigações.
Às 11h45 ainda se encontravam no local vários bombeiros e polícias, assim como duas viaturas do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
Dentro do edifício estão dois técnicos forenses e a Polícia Judiciária a investigar o triplo homicídio.
Lusa/SOL
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